Catch-22 (Catch-22, EUA, 2019) – Nota 7,5
Direção – George Clooney, Grant Heslov & Ellen Kuras
Elenco – Christopher Abbott, Kyle Chandler, Daniel David
Stewart, Rafi Gravon, Graham Patrick Martin, Kevin J. O’Connor, Austin Stowell,
Jon Rudnistky, Gerran Howell, Teresa Ferrer, Lewis Pullman, Grant Heslov,
George Clooney, Jay Paulson, Pico Alexander, Giancarlo Gianini, Hugh Laurie,
Julie Ann Emery.
Ilha Pianosa, Itália, Segunda Guerra Mundial. John
“Yo-Yo” Yossarian (Christopher Abbott) faz parte de um batalhão da Força Aérea
Americana responsável por bombardear alvos nazistas no interior do país.
Intercalando momentos de calmaria ao lado dos companheiros, geralmente
aproveitando para nadar no mar, com o desespero das missões em que seu avião se
torna alvo das baterias antiaéreas nazistas, Yossarian na verdade deseja voltar
para casa.
Sempre que ele está chegando perto de completar o número de missões
combinadas, o coronel Cathcart (Kyle Chandler) aumenta o desafio. Desesperado
para fugir da guerra, Yossarian toma pequenas atitudes que geram consequências,
quase sempre trágicas para seus companheiros.
Baseado em um famoso romance de
Joseph Heller, esta minissérie em seis episódios explora uma mistura de drama e
humor negro para criticar a guerra e também mostrar que pessoas comuns estavam
arriscando sua vida para salvar o mundo da ameaça nazista. Os vários personagens
que passam pela tela demonstram o lado complicado do ser humano. Mesmo tendo um
bom coração, o protagonista é um covarde que deseja salvar a própria pele.
Temos ainda o soldado negociador (Daniel David Stewart) que utiliza a guerra
para ganhar dinheiro comprando e vendendo todo tipo de produto, o coronel que sabe
apenas gritar (Kyle Chandler), o soldador apaixonado por uma prostituta (Austin
Stowell), o major que foge das responsabilidades (Lewis Pullman), o general
canalha (George Clooney), entre vários outros.
É engraçado que o roteiro passa a mensagem de que tudo que o protagonista tentar fazer dará errado e que
ele jamais conseguirá escapar da guerra antes do final, como se estivesse em um
looping eterno.
Como curiosidade, o “Catch-22” do título se
refere a um artigo do regulamento das forças armadas que cita que para um soldado
ser considerado louco ele precisa aceitar as missões suicidas, se ele se negar
a participar seria considerado traidor e não maluco, ou seja, o artigo é uma
pegadinha para impedir o soldado de ser dispensado.
Esta minissérie é um exemplo de uma nova versão que é muito melhor do que o longa original.
Ardil 22
(Catch-22, EUA, 1970) – Nota 6,5
Direção – Mike Nichols
Elenco –
Alan Arkin, Martin Balsam, Jon Voight, Martin Sheen, Jack Gilford, Orson
Welles, Paula Prentiss, Anthony Perkins, Buck Henry, Arthur Garfunkel, Bob
Newhart, Richard Benjamin, Charles Grodin, Bob Balaban, Norman Fell.
Ilha Pianosa, Itália, Segunda Guerra Mundial. Após ver um
companheiro morrer durante uma missão aérea, John Yossarian (Alan Arkin) decide
fazer de tudo para ser enviado de volta para casa, inclusive fingir que está
maluco. O problema é que enquanto ele tenta escapar do inferno da guerra, seus
superiores pensam apenas em lucrar e não estão nem aí com o sofrimento dos
soldados.
Esta versão do livro de Joseph Heller foca mais na crítica ao absurdo
da guerra utilizando um estilo comum do cinema dos anos sessenta. O filme não
segue uma ordem cronológica, o diretor Mike Nichols preferiu intercalar
sequências em flashback através do ponto de vista de Yossarian, inclusive
algumas que beiram o surreal.
Vendo hoje o filme se mostra estranho e irregular, com poucas sequências engraçadas. O destaque fica para o elenco recheado de
astros da época.
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