Perdão de Sangue (The Forgiveness of Blood, EUA / Albânia /
Dinamarca / Itália, 2011) – Nota 7,5
Direção – Joshua Marston
Elenco – Tristan Halilaj, Refet Abazi, Sindi Lacej, Kol
Zefi.
Em uma pequena cidade no interior da Albânia, Mark (Refet
Abazi) entra em conflito com um antigo inimigo e o sujeito acaba assassinado.
Mark foge, enquanto seu tio que também participou da briga termina preso.
Os
moradores da região seguem um antigo código de ética conhecido com Kanun, que
dá direito de vingança à família da vítima. Enquanto estes familiares não
concederem perdão, os homens da família de Mark são obrigados a ficarem dentro
de casa para respeitar o luto e evitar uma vingança.
O fato transforma a vida
da família. O filho mais velho Nik (Tristan Halilaj) não se conforma com a
situação, enquanto sua irmã Rudina (Sindi Lacej) é obrigada a tomar o lugar do
pai na venda de pães que ele fazia diariamente percorrendo a região. Até mesmo
duas crianças menores são mantidas dentro da casa, enquanto a mãe volta a
trabalhar, mas nada pode fazer para mudar a situação.
O diretor Joshua Marston
volta a se aventurar em tema específico, que foge do lugar comum. Semelhante ao
competente “Maria Cheia de Graça”, aqui temos como protagonistas adolescentes
que precisam enfrentar uma situação terrível por causa de erros dos pais ou de
adultos próximos.
O roteiro escrito por Marston em parceria com o albanês Andamion
Murataj, detalha o beco sem saída para onde estes jovens foram jogados, além de
mostrar como um código arcaico que lembra o “olho por olho, dente por dente”
ainda sobrevive num mundo em que as pessoas tem acesso a celulares,
computadores e games. Esse abismo entre passado e presente se torna inaceitável
para o casal de irmãos.
É uma história bem diferente, com um narrativa lenta,
sem trilha sonora e que faz pensar porque o ser humano ainda se prende a regras
absurdas impostas por religiões ou tradições ultrapassadas.
2 comentários:
vou procurar no You Tube.
Achei interessante.
E deve ter locações diferentes.
Liliane - As locações são diferentes, assim como a história também.
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