Daniel (Daniel, EUA, 1983) – Nota 6
Direção – Sidney Lumet
Elenco – Timothy Hutton, Mandy Patinkin, Lindsay Crouse,
Edward Asner, Amanda Plummer, Ian Mitchell Smith, Jena Greco, Ellen Barkin, John
Rubinstein, Tovah Feldshuh, Julie Bovasso.
Em meados dos anos sessenta, Daniel Isaacson (Timothy
Hutton) tenta levar uma vida normal ao lado da esposa (Ellen Barkin) e da filha
bebê, mas sofre pelas crises de sua irmã Susan (Amanda Plummer), que não
conseguiu superar a morte dos pais que foram executados acusados de serem
espiões da União Soviética. Tentando compreender o que realmente aconteceu,
Daniel decide investigar o passado para chegar a uma conclusão da culpa ou não
de seus pais.
Em paralelo, o roteiro volta para o final dos anos quarenta, quando
Paul Isaacson (Mandy Patinkin) e sua esposa Rochelle (Lindsay Crouse) são membros
ativos do partido comunista. Após o casal ser preso, os então adolescentes Daniel
(Ilan Mitchell Smith) e Susan (Jena Greco) são obrigados a viverem com outras
pessoas e sofrem à espera da volta dos pais, o que nunca aconteceu.
Baseado em
um livro de ficção de E. L. Doctorow, que por sua vez utilizou como inspiração
a história real do casal Julius e Ethel Rosenberg, este longa do grande Sidney
Lumet é um dos seus trabalhos mais frios. Assim como a história real dos
Rosenberg que até hoje é nebulosa, o livro adaptado aqui sofre por deixar muita
coisa no ar.
As atitudes do casal Isaacson chegam a ser fantasiosas, inclusive
suas escolhas de defesa, sendo que pouca coisa é explicada sobre o crime que
eles teriam cometido. O ponto principal é o sofrimento dos filhos, que se
tornaram vítimas da ideologia dos pais. A busca pela verdade do personagem de
Timothy Hutton é muito filosófica em alguns momentos, com diálogos teatrais que
não convencem. É uma pena, a polêmica história real tinha potencial para render
um filme muito melhor.
A Traição
do Falcão (The Falcon and the Snowman, EUA / Inglaterra, 1985) – Nota 7
Direção –
John Schlesinger
Elenco –
Timothy Hutton, Sean Penn, Pat Hingle, Lori Singer, David Suchet, Dorian
Harewood, Richard Dysart, Chris Makepeace.
Em meados
dos anos sessenta, Christopher Boyce (Timothy Hutton) abandona a universidade
para trabalhar na CIA através de uma indicação de seu pai (Pat Hingle), um agente
aposentado do FBI. Christopher é colocado em um departamento responsável por
mensagens secretas. Lendo o conteúdo destas mensagens, ele fica inconformado ao
descobrir o envolvimento da CIA em conspirações internacionais, derrubadas de
governo e eleições em outros países. O caso “Watergate” é outro combustível que
alimenta a insatisfação de Christopher.
Ele decide procurar ajuda de um amigo de infância, o hoje traficante Daulton Lee (Sean Lee), que tem contatos
no México e que consegue se aproximar de um diplomata soviético (David Suchet)
para tentar vender as mensagens secretas.
Baseado em uma história real, este
competente longa de espionagem fracassou nas bilheterias, muito provavelmente
pelo tema espinhoso que mexia em segredos sujos do governo americano.
O
falecido diretor inglês John Schlesinger não acertava a mão desde o ótimo
“Maratona da Morte” de 1976. Aqui, apesar do fracasso, este é com certeza seu
melhor filme da última fase da carreira.
Os destaques
aqui ficam para a dupla principal, com a curiosidade de que Timothy Hutton era
o mais promissor, porém Sean Penn foi quem se tornou um grande astro, até mesmo
como diretor. Hutton faz uma carreira digna, mas jamais chegou perto do
que o inicio da carreira demonstrava.
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