Para Sempre Alice (Still Alice, EUA / França, 2014) – Nota 7,5
Direção – Richard Glatzer & Wash Westmoreland
Elenco – Julianne Moore, Alec Baldwin, Kristen Stewart, Kate
Bosworth, Hunter Parrish, Shane McRae.
Após completar cinquenta anos de idade, Alice (Julianne
Moore) começa a ter lapsos de memória. Com uma vida intelectual ativa,
trabalhando como palestrante e com uma sólida carreira como professora na
Universidade de Columbia em Nova York, Alice decide procurar um neurologista.
Após alguns exames, Alice é diagnosticada como o Mal de Alzheimer, fato raro
para uma pessoa na sua idade. A partir daí, o roteiro segue os passos da
decadência física e intelectual da protagonista, além de sua relação com os
filhos e com o marido (Alec Baldwin) que é um renomado pesquisador.
Filmes
sobre doenças são sempre depressivos e tem o objetivo de fazer o espectador se
emocionar com a luta de algum personagem, porém este longa, que deu um merecido Oscar
de Melhor Atriz para Julianne Moore, muda um pouco o foco.
O roteiro é quase um
manual sobre as fases do terrível de Mal de Alzheimer. A forma como a doença é
mostrada está muito próxima da realidade. Tenho uma pessoa da família sofrendo
desta doença e passando por situações semelhantes as enfrentadas pela personagem
de Julianne Moore. A luta para lembrar de coisas e palavras, a repetição das
falas e a desorientação dentro da própria casa são fatos comuns nesta situação.
O filme em si é didático e quase episódico. Vemos uma determinada situação e em
seguida o roteiro dá um salto no tempo para chegar na próxima fase da doença.
O
ponto alto é sem dúvida a interpretação de Julianne Moore, que se entrega ao
papel de forma assustadora.
O único momento em que a emoção aflora um pouco
mais, é durante a palestra em que a protagonista fala sobre sua doença.
Como
informação, o diretor Richard Glatzer sofria também de uma doença degenerativa e
por este motivo teve como co-diretor seu parceiro Wash Westmoreland. Glatzer faleceu em
março deste ano.
2 comentários:
O filme tem mesmo essa estrutura pulada, episódica, mas acho que funcionou bem pois deu para perceber a devastação mental sofrida pela protagonista. Uma obra sensível.
Cumps.
Gustavo - Concordo, a escolha do diretor funcionou bem e o retrato do sofrimento da personagem chegou bem próxima da realidade.
Abraço
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