sábado, 26 de julho de 2014

Sem Dor, Sem Ganho

Sem Dor, Sem Ganho (Pain & Gain, EUA, 2013) – Nota 7,5
Direção – Michael Bay
Elenco – Mark Wahlberg, Dwayne Johnson, Anthony Mackie, Tony Shalhoub, Ed Harris, Rob Corddry, Bar Paly, Rebel Wilson, Ken Jeong, Michael Rispoli, Emily Rutherfurd, Larry Hankin, Tony Plana, Peter Stormare.

As vezes uma história real é tão absurda que se fosse criada por um roteirista o filme seria execrado. É o caso da maluca história real retratada aqui de forma surpreendente pelo diretor Michael Bay. 

Tudo começa no final de 1995, quando o ambicioso personal trainer Daniel Lugo (Mark Wahlberg) assiste a palestra de um guru picareta (Ken Jeong de “Se Beber, Não Case!) e decide que para mudar de vida precisará ganhar dinheiro rapidamente. Seu plano é sequestrar um empresário (Tony Shalhoub, o eterno Monk), sujeito intragável que é dono de uma famosa lanchonete. 

Para aplicar o golpe, Daniel recruta outros dois marombeiros, ainda mais burros que ele. Os parceiros são o ex-presidiário Paul (Dwayne Johnson), um cara forte e ao mesmo tempo ingênuo, que se converteu ao catolicismo e que tenta se livrar das drogas e o idiota Adrian (Anthony Mackie), que sofre de impotência sexual após anos de uso de anabolizantes. 

O desenrolar da trama é tão inacreditável que sequer vale a pena citar muitos detalhes, sendo interessante destacar os diversos personagens estúpidos que surgem pelo caminho, como uma stripper romena (Bar Paly), o canalha dono da academia (Rob Corddry) e o padre pervertido (Larry Hankin), sem contar a falta de ação da polícia. O único personagem integro é o detetive interpretado por Ed Harris, que surge na segunda metade do filme e tem participação importantíssima na trama. 

Outro destaque é a direção de Michael Bay, que desta vez não exagera nas cenas em câmera lenta e nem nos cortes rápidos, imprimindo um ótimo ritmo na narrativa, de uma forma que a trágica e absurda história se torne engraçada. É com certeza o melhor filme do diretor desde “Os Bad Boys” e “A Rocha”, seus dois primeiros trabalhos no cinema.

2 comentários:

Amanda Aouad disse...

Esse filme foi uma surpresa para mim, a direção de Michael Bay acabou mesmo sendo bastante feliz. E a história é tão absurda que eles brincam com isso, colocando uma mensagem depois de determinada cena de que "ainda é um filme baseado na realidade", rs.

bjs

Hugo disse...

Amanda - Este é um outro acerto de Bay, não levar a absurda trama a sério, fazendo o espectador rir em meio a violência.

Bjos