Sem Dor, Sem Ganho (Pain & Gain, EUA, 2013) – Nota 7,5
Direção – Michael Bay
Elenco – Mark Wahlberg, Dwayne Johnson, Anthony Mackie, Tony
Shalhoub, Ed Harris, Rob Corddry, Bar Paly, Rebel Wilson, Ken Jeong, Michael
Rispoli, Emily Rutherfurd, Larry Hankin, Tony Plana, Peter Stormare.
As vezes uma história real é tão absurda que se fosse criada
por um roteirista o filme seria execrado. É o caso da maluca história real
retratada aqui de forma surpreendente pelo diretor Michael Bay.
Tudo começa no
final de 1995, quando o ambicioso personal trainer Daniel Lugo (Mark Wahlberg) assiste
a palestra de um guru picareta (Ken Jeong de “Se Beber, Não Case!) e decide que
para mudar de vida precisará ganhar dinheiro rapidamente. Seu plano é
sequestrar um empresário (Tony Shalhoub, o eterno Monk), sujeito intragável que
é dono de uma famosa lanchonete.
Para aplicar o golpe, Daniel recruta outros
dois marombeiros, ainda mais burros que ele. Os parceiros são o ex-presidiário
Paul (Dwayne Johnson), um cara forte e ao mesmo tempo ingênuo, que se converteu
ao catolicismo e que tenta se livrar das drogas e o idiota Adrian (Anthony
Mackie), que sofre de impotência sexual após anos de uso de anabolizantes.
O
desenrolar da trama é tão inacreditável que sequer vale a pena citar muitos
detalhes, sendo interessante destacar os diversos personagens estúpidos que surgem pelo
caminho, como uma stripper romena (Bar Paly), o canalha dono da academia (Rob Corddry) e o padre pervertido (Larry
Hankin), sem contar a falta de ação da polícia. O único personagem integro é o
detetive interpretado por Ed Harris, que surge na segunda metade do filme e tem
participação importantíssima na trama.
Outro destaque é a direção de Michael
Bay, que desta vez não exagera nas cenas em câmera lenta e nem nos cortes
rápidos, imprimindo um ótimo ritmo na narrativa, de uma forma que a trágica e
absurda história se torne engraçada. É com certeza o melhor filme do diretor
desde “Os Bad Boys” e “A Rocha”, seus dois primeiros trabalhos no cinema.
2 comentários:
Esse filme foi uma surpresa para mim, a direção de Michael Bay acabou mesmo sendo bastante feliz. E a história é tão absurda que eles brincam com isso, colocando uma mensagem depois de determinada cena de que "ainda é um filme baseado na realidade", rs.
bjs
Amanda - Este é um outro acerto de Bay, não levar a absurda trama a sério, fazendo o espectador rir em meio a violência.
Bjos
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