sexta-feira, 25 de julho de 2014

Desperation & Vôo Noturno


Em maio desta ano publiquei duas postagens sobre filmes ruins baseados em obras de Stephen King (postagem 1 e postagem 2), porém depois disso encontrei no Youtube outras duas adaptações baseadas em livros do autor que eu não conhecia e resolvi arriscar. Um dos filmes é um suspense razoável, enquanto o outro é uma verdadeira bomba.

Desperation (Desperation, EUA, 2006) – Nota 6,5
Direção – Mick Garris
Elenco – Tom Skerritt, Steven Weber, Annabeth Gish, Ron Perlman, Charles Durning, Matt Frewer, Henry Thomas, Shane Haboucha, Kelli Overton, Sylva Kelegian.

O casal Peter (Henry Thomas) e Mary (Annabeth Gish) viaja por uma estrada no deserto de Nevada quando são parados por um policial (Ron Perlman), que age de forma estranha e encontra um pacote de drogas no porta-malas do carro, produto que ele mesmo colocou no local. O policial leva o casal para a cadeia da pequena cidade de Desperation, com o sinistro detalhe de que existem vários corpos pelo caminho e aparentemente não tem pessoa alguma viva pelas ruas. Na delegacia, outras pessoas comuns estão presas sem saber porque, desesperadas com medo de serem assassinadas. Além disso, um escritor (Tom Skerritt) que viaja em uma motocicleta, seu auxliar (Steven Weber) que dirige um pequeno caminhão e uma caronista (Kelly Overton), também cruzarão o caminho do policial. 

Baseada num conto de Stephen King, esta produção para a tv prende a atenção ao misturar misticismo e religião numa trama repleta de violência. A premissa é bem interessante e a explicação para o ocorrido também não fere a inteligência do espectador, lógico que sendo um filme para a tv, os efeitos especiais não são grande coisa e os cortes no meio de algumas cenas também atrapalham um pouco. O destaque do elenco é o grandalhão Ron Perlman, sujeito estranho perfeito para o papel do policial maluco. 

Como informação, o diretor Mick Garris comandou algumas outras produções baseadas em Stephen King, como “Sonâmbulos”, “Montado na Bala” e a minissérie “A Dança da Morte”, além de uma versão para a tv de “O Iluminado”.

Vôo Noturno (Night Flier, EUA, 1997) – Nota 4
Direção – Mark Pavia
Elenco – Miguel Ferrer, Julie Entwisle, Dan Monahan, Michael H. Moss.

Richard Dees (Miguel Ferrer) trabalha como fotógrafo e repórter para um jornal sensacionalista especializado em mortes, crimes e situações bizarras. Quando uma série de mortes violentas começam a ocorrer em pequenos aeroportos do interior do país, tendo como suspeito um sujeito que pilota um pequeno avião e usa uma capa, o editor do jornal (Dan Monahan) deseja que Richard investigue o ocorrido, porém o egocêntrico repórter não acredita na história. O editor repassa o caso para uma jornalista novata (Julie Entwisle), que após descobrir alguns fatos, desperta no ambicioso Richard a vontade de recuperar a história e que decide sair pelo país em busca do assassino. 

Dentre as diversas adaptações de Stephen King para o cinema, esta com certeza é uma das piores. Não que a premissa seja ruim, mas um dos problemas principais é o péssimo roteiro escrito pelo diretor Mark Pavia, que não explica quase nada e tem mais furos que um tabuleiro de pirulito. 

As atuações também são no mínimo precárias. O protagonista Miguel Ferrer abusa do estilo canalha, enquanto a jovem Julie Entwisle e o editor interpretado por Dan Monahan são verdadeiras piadas atuando. Por sinal, este é o único trabalho desta atriz, já o aposentado Monahan teve alguma fama no início dos anos oitenta quando interpretou o atrapalhado jovem Pee Wee na série de filmes “Porky’s”. 

Como informação, não confunda esta bomba com o bom suspense homônimo dirigido por Wes Craven.

2 comentários:

Bússola do Terror disse...

Apesar de algumas falhas, eu gostei desse filme de vampiro (até falei sobre ele uma vez no meu blog).
Acho que um dos problemas foi a origem do monstro, que só foi explicada através de algumas fotos vistas rapidamente. Ou seja, só é insinuada, e não explicada, né?

Hugo disse...

Léo - Desperdiçaram uma boa premissa. A explicação para o origem do monstro ou vampiro é vaga e não convence.

Abraço