O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel, EUA /
Alemanha / Inglaterra, 2014) – Nota 8,5
Direção – Wes Anderson
Elenco – Ralph Fiennes, Tony Revolori, F. Murray Abraham,
Jude Law, Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey
Keitel, Bill Murray, Edward Norton, Saoirse Ronan, Jason Schwartzman, Léa
Seydoux, Tilda Swinton, Tom Wilkison, Owen Wilson, Larry Pine, Bob Balaban,
Fisher Stevens, Waris Ahluwalia, Wallace Wolodarsky.
Até o ótimo “Moonrise Kingdom”, eu considerava Wes Anderson
apenas um cineasta excêntrico, que gostava de histórias diferentes e personagens
estranhos, mas após este “O Grande Hotel Budapeste” vejo que ele é um dos
diretores mais originais que surgiram na última década. Lembrando um pouco o
estilo visual das obras de Tim Burton, Anderson cria uma espécie de realidade
paralela, em que o espectador que aceitar a ideia verá um ótimo espetáculo.
A trama
se passa em quatro épocas diferentes, começando nos dias atuais com uma
adolescente lendo um livro chamado “O Grande Hotel Budapeste” e prestando uma
homenagem ao autor colocando um determinado objeto na estátua do sujeito . Em
seguida, a trama volta para 1985 e mostra o escritor (Tom Wilkinson) contando
como soube da história do hotel e escreveu o famoso livro.
Após estas duas
passagens rápidas, voltamos a 1964 quando o escritor ainda jovem (agora vivido
por Jude Law) está hospedado no hotel, na época um local decadente e acaba
conhecendo o dono, o Sr. Zero Moustafa (F. Murray Abraham), que o convida para
jantar e conta como se transformou em dono do hotel.
Novamente a trama volta no
tempo e chega em 1932, quando o hotel vivia seu auge e o adolescente Zero
(interpretado por Tony Revolori) é contratado para ser mensageiro e se torna o
protegido de Gustave (Ralph Fiennes), o administrador do local, sujeito que
seduz velhas senhoras ricas. Zero ajudará Gustave numa disputa que
envolverá uma herança e uma famoso quadro.
Além do belíssimo visual e da originalidade, vale
destacar o ótimo roteiro, que em paralelo ao crescimento e posterior decadência
do hotel, apresenta detalhes das transformações na Europa da época, como o
avanço do fascismo e do nazismo e a consequente Segunda Guerra Mundial.
Finalizando, o elenco é um show a parte, destacando ainda Edward Norton como um
oficial do exército, Willem Dafoe como um sinistro assassino, Harvey Keitel
como um presidiário totalmente careca, além da pequena participação de Bill
Murray e o veterano F. Murray Abraham (vencedor do Oscar de Melhor Ator por “Amadeus”)
tendo um raro bom papel depois de anos trabalhando em produções menores.
5 comentários:
eu quero muito ver, mas acho q vou ter q esperar ir para a tv a cabo. estou em uma correria enorme. não li o post em detalhe. qd assistir volto pra ler. beijos, pedrita
Pedrita - É melhor ler depois de assistir mesmo.
Beijos
Uma comédia completa, refinada - e, como vc bem notou, de visual incrível. Se não for indicado ao Oscar de desenho de produção, mandem fechar a Academia.
Gustavo - Com certeza merece um indicação ao Oscar pelo belíssimo visual.
Abraço
é muito genial. eu adorei como inserem os conflitos de guerra na trama. absolutamente inteligente. tudo é genial. não vi moonrise, preciso ver. o elenco todo é fantástico.
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