quinta-feira, 10 de julho de 2014

Duelo de Campeões

Duelo de Campeões (The Game of Their Lives, EUA, 2005) – Nota 6,5
Direção – David Anspaugh
Elenco – Gerard Butler, Wes Bentley, Jay Rodan, Gavin Rossdale, Costas Mandylor, Louis Mandylor, Zachery Ty Bryan, Jimmy Jean Louis, Richard Jenik, Bill Smitrovich, Patrick Stewart, Terry Kinney, John Rhys Davies.

Após doze anos sem a realização da Copa do Mundo de futebol por causa da Segunda Guerra Mundial, foi decidido que o próximo torneio ocorresse no Brasil em 1950. Entre as seleções convidadas, estava a dos Estados Unidos, muito mais por causa da importância do país durante o conflito mundial, do que pelo futebol em si, já que este esporte sequer existia de forma profissional na América.

Para montar uma equipe, o treinador Bill Jeffrey (John Rhys Davies) reuniu alguns atletas que jogavam futebol em universidade e completou o time com cinco trabalhadores descendentes de italianos moradores um pequeno condado em Saint Louis, Missouri. 

O goleiro Frank Borghi (Gerard Butler), Frank “Pee Wee” Wallace (Jay Rodan), Harry Keogh (Zachary Ty Bryan), Gino Pariani e Charlie “Gloves” Colombo (os irmãos Louis e Costas Mandylor) se juntaram ao grupo de jogadores liderados por Walter Bahr (Wes Bentley) e rumaram ao Brasil para representar o país, onde eram esperados para serem goleados.

Quis o destino que o time americano estivesse na mesma chave da seleção da Inglaterra, país que inventou o futebol e um dos favoritos ao título, mas por um milagre típico do futebol, os americanos venceram por um a zero, gol do haitiano Joe Gaetjens (Jimmi Jean Louis), resultando na maior zebra da história das Copas do Mundo. 

Esta fantástica história merecia um filme melhor, mesmo com a direção de David Anspaugh, responsável pelo sensacional e pouco visto “Momentos Decisivos” (leia resenha aqui), emocionante drama sobre um time de basquete, aqui entrega um longa que falta emoção e que tem um roteiro simplista demais. Os pequenos dramas criados na vida pessoal dos jogadores antes de viajarem ao Brasil são rasos e parecem terem sido escritos apenas para preencher o tempo de duração. 

O ponto positivo é sem dúvida a sequência da partida, que dura mais ou menos vinte minutos e recria várias jogadas com competência, principalmente por ser extremamente difícil filmar jogadas de futebol previamente montadas, já que este é um esporte de muito improviso. 

É curioso ver o hoje astro Gerard Butler como goleiro, pelas cenas parece que o ator realmente já brincou em peladas nas Escócia nesta posição. Há pouco tempo vi um entrevista de Butler onde ele falava com empolgação e mostrava conhecimento sobre futebol. 

Como informação, o verdadeiro Joe Gaetjens voltou para o Haiti e acabou assassinado nos anos sessenta pela polícia secreta do ditador Papa Doc. 

O resultado é um filme mediano que vale como registro de um fato histórico e se torna interessante principalmente para quem gosta de futebol.   

2 comentários:

Amanda Aouad disse...

Acho que o filme apela ao construir o confronto quase como se fosse a final da Copa, fica tudo muito solto, como se fosse apenas para preencher espaço enquanto aguardamos a tal partida.

bjs

Hugo disse...

Amanda - É isso mesmo, sem contar que na mesma Copa os Estados Unidos perderam os outros dois jogos para Chile e Espanha e foram desclassificados na primeira fase.

Bjos