sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Sacrifício


O Sacrifício (The Wicker Man, EUA / Alemanha / Canadá, 2006) – Nota 5
Direção – Neil LaBute
Elenco – Nicolas Cage, Ellen Burstyn, Kate Beahan, Frances Conroy, Molly Parker, Leelee Sobieski, Diane Delano, Aaron Eckhart, James Franco, Jason Ritter.

O policial Edward Malus (Nicolas Cage) não consegue salvar mãe e filha após um caminhão bater no carro das duas. Traumatizado com o acontecido, Edward recebe em seguida uma carta da ex-noiva (Kate Beahan) que o abandonou há alguns anos. 

Na carta ela diz estar morando num pequena ilha onde vive uma comunidade isolada e que sua filha desapareceu, assim precisando de ajuda para encontrar a menina. Edward resolve ajudá-la e se depara com uma sociedade matriarcal liderada pela irmã Summersile (Ellen Burstyn), onde as mulheres vivem com se estivessem na época da colonização americana e os homens são tratados como inferiores. O obstinado Edward tenta impor sua condição de policial em vão, sendo manipulado por todas até o cruel desfecho. 

Esta nova versão do clássico cult “O Homem de Palha” muda um pouco foco da história e acaba falhando pelo roteiro ruim que abusa de diálogos exagerados e criam sequências de alucinação do personagem de Cage quase sem sentido, deixando muitas situações sem explicação, além das péssimas interpretações, como da atriz Kate Beahan e até da ótima Ellen Burstyn que cria uma vilã caricata. 

No original o líder do local era um homem vivido por Christopher Lee que cultuava a fertilidade e utilizava de um apelo erótico para fragilizar o policial que era um católico fervoroso interpretado por Edward Woodward. Aqui a fertilidade é apenas citada, o que está em jogo é uma disputa dos sexos, onde as mulheres utilizam todas as armas para enlouquecer o personagem de Nicolas Cage. Por sinal este tema é recorrente na filmografia de Neil Labute, que foi muito mais feliz no interessante “Na Companhia de Homens”. 

Como curiosidade, na sequência inicial o ator Aaron Eckhart, figura comum nos filmes de LaBute, faz uma participação que quase passa despercebida. O filme cria ainda uma sequência final onde James Franco e Jason Ritter fazem uma pequena aparição que poderia até ser usada como gancho para uma continuação, caso o longa não tivesse sido um merecido fracasso.

4 comentários:

O Narrador Subjectivo disse...

De início julguei que ia ser uma crítica ao último filme de Tarkovsky xD Nunca vi, nem mesmo o original, mas este supostamente é dos piores filmes já feitos, ainda que de forma algo hilariante, há muitos vídeos a gozar com este filme no youtube :P

http://onarradorsubjectivo.blogspot.com/

sacolé disse...

Adoro que você comenta uma série de filmes ruins por aqui, daí eu sei o que eu tenho que passar longe.

Thomás R. Boeira disse...

Lembro que quando assisti esse filme, achei ele um dos piores que já vi. Ainda não consegui ver o original.

De uns anos pra cá, a cada 5 filmes que Nicolas cage faz, apenas um vale a pena assistir. Uma pena.

Abraço,
Thomás
http://brazilianmovieguy.blogspot.com/

Red Dust disse...

Que 'flopada' do Cage. Parece que o homem, nos últimos anos, tem tido prazer em escolher estes filmes tão rasteirinhos... ;)

Um abraço!!!!!