quarta-feira, 23 de junho de 2021

A Sala dos Espelhos & À Procura do Destino

 



A Sala dos Espelhos (WUSA, EUA, 1970) – Nota 5,5
Direção – Stuart Rosenberg
Elenco – Paul Newman, Joanne Woodward, Anthony Perkins, Laurence Harvey, Pat Hingle, Don Gordon, Cloris Leachman, Moses Gunn, Wayne Rogers.

Reinhardt (Paul Newman) é um sujeito cínico e beberrão que consegue um emprego como locutor em uma rádio tradicional. Mesmo não acreditando no trabalho, ele aceita seguir as ordens da chefia. 

Em paralelo, Reinhardt conhece e se envolve com a bela Geraldine (Joanne Woodward) e vai morar em condomínio simples onde ele desconta sua frustração através de diálogos cortantes com o vizinho Rainey (Anthony Perkis), um idealista que trabalha com serviços sociais. 

A tentativa de fazer uma crítica social se perde em meio a discursos vazios e diálogos que se transformam em divagações que não levam a lugar. Desde o início fica claro o papel de cada personagem no roteiro. Newman é o sujeito que não se importa com nada, apenas com ele mesmo, Woodward é a sonhadora que apanhou muito na vida e Perkins o idealista ingênuo que tenta fazer a diferença sem sucesso algum. 

Por mais que o mundo ainda continue com esta briga de ideologias, o filme se mostra datado na narrativa e no formato.

À Procura do Destino (Inside Daisy Clover, EUA, 1965) – Nota 6
Direção – Robert Mulligan
Elenco – Natalie Wood, Robert Redford, Christopher Plummer, Ruth Gordon, Roddy McDowall.

Hollywood, anos trinta. A adolescente Daisy Clover (Natalie Wood) é descoberta por um produtor (Christopher Plummer) e rapidamente se torna estrela. O sonho alcançado aos poucos revela a face obscura do sucesso, como o difícil relacionamento com um astro (Robert Redford) e o lado controlador do produtor, que se considera dono da carreira da jovem. 

Este foi um dos primeiros filmes a mostrar de forma mais aberta os bastidores complicados de Hollywood e a vida pessoal de famosos, mesmo que sem grande aprofundamento. Os contratos quase vitalícios que muitos atores e atrizes eram obrigados a aceitar até o final dos anos sessenta é um destes pontos, em uma época em que os grandes estúdios tinham total poder sobre seus comandados. 

Vemos ainda de forma implícita a questão das jovens atrizes que se envolvem com homens mais velhos e poderosos, o que mesmo tendo os dois lados da moeda, para muitos é uma forma de abuso. A questão principal é que tudo isso perde um pouco a força pela narrativa irregular e o estilo datado, se tornando cansativo. 

Vale destacar o ótimo elenco, que além do trio principal ainda tem a marcante Ruth Gordon vivendo a mãe da protagonista.

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