quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Agente C - Dupla Identidade

Agente C – Dupla Identidade (Shadow Dancer, Inglaterra / Irlanda, 2012) – Nota 6,5
Direção – James Marsh
Elenco – Clive Owen, Andrea Riseborough, Aidan Gillen, Domhnall Gleeson, Gillian Anderson, David Wilmot, Brid Brennan.

Belfast, capital da Irlanda, 1973, a família da menina Collette sofre quando o filho mais novo morre vítima de uma bala perdida fruto da guerra entre a polícia inglesa e o IRA (Exército Republicano Irlandês). 

Vinte anos depois, Collette (Andrea Riseborough) é presa em Londres quando se preparava para deixar uma bomba em uma estação de trem. Levada para um local secreto, Collette recebe uma proposta do agente Mac (Clive Owen). Em troca da liberdade, ela teria de espionar seus irmãos (Aidan Gillen e Domhnall Gleeson), que também pertencem ao IRA e reportar todos os planos do grupo. Mesmo sabendo que qualquer deslize poderá causar sua morte, Collette aceita a proposta, principalmente porque deseja ficar com seu filho. 

Para o cinéfilo que gosta de política internacional, a trama tem uma premissa extremamente interessante, com o prólogo se passando numa época em que o grupo terrorista irlandês IRA abusava da violência para pressionar os ingleses exigindo a independência do país e a trama correndo nos anos noventa, quando alguns líderes do IRA negociavam um acordo de paz com o governo inglês, mesmo a contragosto da ala radical. 

Infelizmente esta premissa não é aproveitada como deveria, faltou um roteiro mais bem amarrado e principalmente ritmo, a narrativa é fria e com vários momentos mortos. O roteiro falha na confusa passagem do tempo nos anos noventa, o espectador fica sem saber se passaram semanas, meses ou mesmo um ano entre a prisão de Collette e o final da trama. 

Vale destacar como ponto positivo a surpresa final, que deixa claro o sentimento de ódio dos irlandeses separatistas em relação aos ingleses opressores.

2 comentários:

Red Dust disse...

Vi recentemente. É um filme certinho e sem 'pontas soltas'. Concordo contigo, na parte do argumento. Com uma maior ambição, poderíamos ter um filme de top.

Um abraço!!!

Hugo disse...

Red - É uma pena, realmente o argumento é mal desenvolvido.

Abraço