A Morte do
Demônio (Evil Dead, EUA, 1981) – Nota 7,5
Direção –
Sam Raimi
Elenco –
Bruce Campbell, Ellen Sandweiss, Hal Delrich, Betsy Baker, Sarah York.
Cinco
amigos vão passar o final de semana em uma cabana isolada na floresta para se
divertirem. No local, eles encontram um livro antigo intitulado “Livro dos
Mortos” e uma antiga gravação. A curiosidade faz com que os jovens decidam
ouvir a gravação, que se mostra uma tradução do livro que parece escrito em
latim. O que eles imaginavam ser uma brincadeira, na verdade era uma forma de libertar
os espíritos que vivem na floresta e que em seguida passam a possuir um a um os
jovens, dando início ao terror.
Produzido com pouquíssimo dinheiro pelos amigos
Sam Raimi, Bruce Campbell e Robert Tapert, este longa se transformou em cult no
circuito independente e chegou a ser proibido em vários países por causa do
tema e da violência. Aqui no Brasil, o filme chegou apenas em 1987 quando do
lançamento da sequência “Uma Noite Alucinante”, que fez grande sucesso e na
minha opinião é o melhor da série.
O clima assustador, a câmera causando
claustrofobia ao explorar a cabana e as cenas de violência, algumas insanas
que beiram a comédia, são os grandes trunfos do longa. Mesmo sem grandes
recursos, fica claro o talento criativo de Raimi, que seria comprovado em
trabalhos posteriores.
O longa segue a linha de terror B ao estilo de obras como
“O Massacre da Serra da Elétrica” e os trabalhos de Wes Craven, porém praticamente
criou um novo gênero, o de terror em cabanas isoladas.
A Morte do Demônio (Evil Dead, EUA, 2013) – Nota 6
Direção – Fede Alvarez
Elenco – Jane Levy, Shiloh Fernandez, Lou Taylor Pucci,
Jessica Lucas, Elizabeth Blackmore.
Cinco amigos decidem passar alguns dias em uma cabana isolada
com o objetivo de ajudar Mia (Jane Levy), que está tentando abandonar as
drogas. Um dos rapazes encontra um estranho livro, lê algumas passagens e
desperta um demônio que se apossa do corpo do Mia.
Esta refilmagem do clássico cult
de terror B dirigido por Sam Raimi no início dos anos oitenta deixa de lado os
sustos para ir direto ao gore. A obra de Raimi misturava sangue com possessão
demoníaca e claustrofobia ao explorar com a câmera todos os espaços da cabana,
inclusive com pitadas involuntárias de humor a cargo do personagem do canastrão
Bruce Campbell, fato elevado ao quadrado na sequência “Uma Noite Alucinante”,
por sinal o melhor filme da série.
A obra do uruguaio Fede Alvarez foca o
público adolescente atual, que em sua maioria não está interessada em sustos ou
sugestão, preferindo as mutilações e o jorrar de sangue. Acredito que o sangue
na tela precisa estar ligado a uma boa trama, quando reciclam uma história ou
escrevem um roteiro apenas como desculpa para criar cenas violentas e nojentas,
sinto que estou perdendo tempo em frente à tela. Por exemplo, mesmo com muitos
exageros nos roteiros, a série “Jogos Mortais” prendia a atenção pelo carisma
do vilão e as reviravoltas absurdas, enquanto a maioria dos filmes gore focam
no sangue pelo sangue. A nota seis vale pelo ótimo prólogo e a interessante primeira meia hora
enquanto a história não descamba para a carnificina.
2 comentários:
De fato, a versão de Raimi foi pioneira e influente, mas acho-o tosca demais pra ser assustadora. E concordo que o remake seja puro gore, e isso tampouco acho atraente. Em suma, tô de fora do culto dessa marca.
Cumps.
Gustavo - Também não sou fã do gore, mas gosto do original de Raimi, mesmo sendo tosco como vc citou.
Abraço
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