quinta-feira, 6 de março de 2014

Salve Geral

Salve Geral (Brasil, 2009) – Nota 7
Direção – Sergio Rezende
Elenco – Andrea Beltrão, Denise Weinberg, Lee Thalor, Eucir de Souza, Kiko Mascarenhas, Michel Gomes, Giulio Lopes, Guilherme Santana, Taiguara Nazareth, Bruno Perillo, Chris Couto, Luciano Chirolli, Pascoal da Conceição.

No Dia das Mães de 2006, o grupo criminoso que comanda os presídios em São Paulo deflagrou diversas rebeliões por todo o Estado e dezenas de ataques nas ruas a policiais, bancos e ônibus, em retaliação a transferência de seus líderes para presídios de segurança máxima no interior de São Paulo. A ação do grupo parou São Paulo, assustou a população e mostrou toda a fraqueza do governo. 

Partindo deste fato real, o diretor Sergio Rezende criou uma trama de ficção protagonizada pela professora de piano Lúcia (Andréa Beltrão), que após a morte do marido é obrigada a mudar para periferia com o filho Rafa (Lee Thalor), que não se conforma com a nova situação. A vida que já estava complicada, se transforma num inferno quando  Rafa se envolve numa briga e mata uma pessoa. O jovem é condenado e enviado para um presídio que é dominado pelo grupo criminoso.

Durante uma visita ao filho, Lúcia cruza o caminho da advogada conhecida como Ruiva (Denise Weinberg), que trabalha para a organização. Precisando de dinheiro para sobreviver e ajudar o filho, aos poucos Lúcia passa a fazer pequenos trabalhos para a advogada, inclusive visitando presos para passar mensagens. Numa destas visitas, Lúcia conhece o Professor (Bruno Perillo), um dos líderes do grupo, sujeito com quem ela se envolve sexualmente. 

A crítica detonou o filme, por este motivo eu esperava algo bem pior, no estilo confuso de “400 Contra 1”, porém mesmo com um roteiro com muitos personagens e várias pequenas tramas, o longa prende a atenção pela boa narrativa e principalmente por mostrar o que realmente deve ter ocorrido nos bastidores do confronto entre bandidos versus polícia e governo. 

As retaliações dos dois lados, a negociação da trégua que foi negada pelo governo, mas que claramente ocorreu e até a emboscada dentro do galpão, são versões de fatos obscuros ocorridos na época. 

Algumas escolhas do diretor como o caso entre a personagem de Andréa Beltrão e o chefão atrás das grades tiram pontos do filme, porém o objetivo de fazer uma crítica ao sistema foi alcançado, ao mostrar que a corrupção é um mal que tomou conta de todos os níveis no pais.  

2 comentários:

Pedrita disse...

eu gostei desse filme. não chega a ser incrível, mas é um bom filme. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Os críticos foram duros demais, o filme é interessante.

Bjos