Projeto
Filadélfia (The Philadelphia Experiment, EUA, 1984) – Nota 5
Direção –
Stewart Raffill
Elenco –
Michael Paré, Nancy Allen, Eric Christmas, Bobby Di Cicco, Stephen Tobolowsky.
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, o governo americano
testa um nova tecnologia com o objetivo de fazer um enorme navio de guerra
desaparecer dos radares. O experimento vai além do objetivo, ele cria uma espécie
de buraco negro que faz o navio e os tripulantes desaparecem por alguns
instantes. Quando reaparecem, o navio está destruído e os tripulantes mortos,
com exceção de dois marinheiros (Michael Paré e Bobby Di Cicco) que pularam da embarcação enquanto ela era sugada pela fenda no tempo. Os dois acordam no deserto
de Nevada e descobrem que estão em 1984. Eles tentam conseguir ajuda com uma
jovem (Nancy Allen), ao mesmo tempo em que passam a ser perseguidos por agentes
do governo.
Este longa produzido pelo ótimo John Carpenter peca pelo roteiro
ruim e fraca direção de Stewart Rafill. O material que tem como premissa a
lenda do “Experimento Filadélfia”, que teria ocorrido de forma semelhante ao
início do filme, com o navio sumindo e reaparecendo com todos os tripulantes mortos, era extremamente interessante e nas mãos do próprio Carpenter com
certeza renderia uma marcante ficção B. O desperdício é ainda maior por ter o
canastrão Michael Paré no papel principal, ator que tinha alguma fama na época
após os sucessos de “Eddie – O Ídolo Pop” e “Ruas de Fogo”, mas que não vingou
como astro. Como informação, o governo americano nega que o experimento tenha
ocorrido, ao mesmo tempo em que na internet existem vários versões sobre a
lenda.
Space Camp – Aventuras no
Espaço (SpaceCamp, EUA, 1986) – Nota 5,5
Direção – Harry Winer
Elenco – Kate Capshaw, Lea Thompson, Kelly Preston, Larry B. Scott, Joaquin
Phoenix, Tom Skerritt, Tate Donovan, Terry O’Quinn, Barry Primus, Scott Coffey.
Alguns filmes tem o azar de serem produzidos ao mesmo tempo em que ocorre alguma tragédia semelhante a trama. Este “SpaceCamp” foi produzido com o objetivo de
ser uma propaganda de um projeto da Nasa para lançamento de Space Camps
verdadeiros, que seriam uma espécie de acampamento de férias que ao invés de
levar crianças e adolescentes para o campo, teria como local um laboratório
onde eles aprenderiam sobre o programa espacial americano. Quando o filme
estava para ser lançado, ocorreu a explosão do ônibus espacial Challenger, que
inclusive levava um professora como convidada. A tragédia mostrada ao vivo na
tv comoveu o público e o filme foi engavetado por meses até ser lançado e
fracassar nas bilheterias.
A história é simples, a Nasa convida um grupo de
garotos para conhecer um ônibus espacial e participar de treinamentos
comandados por dois astronautas (Kate Capshaw e Tate Donovan), porém por um
erro o foguete é lançado ao espaço dando início a uma aventura de verdade.O
filme em si é uma sessão da tarde básica, tendo como curiosidade a participação
de futuros rostos conhecidos ainda bem garotos. Kelly Preston, esposa de John
Travolta, era adolescente, assim como Lea Thompson de “De Volta para o Futuro”
e o hoje astro Joaquin Phoenix era uma garotinho que ainda assinava com o nome
de Leaf Phoenix.
Blindado Mortal (Warlords of the 21st Century ou Battletruck,
EUA, 1982) – Nota 4
Direção – Harley Cockeliss
Elenco – Michael Beck, Annie McEnroe, James Wainwright, Bruno Lawrence,
John Ratzenberger.
Após uma guerra mundial que destruiu as nações causada pelo escassez de petróleo, o mundo ficou a mercê
de saqueadores e assassinos que tentam sobreviver a qualquer custo. Neste
cenário apocalíptico, um sujeito chamado Straker (James Wainwright) comanda um
grupo de bandidos e utiliza um veículo blindado para saquear as cidades que restaram e aniquilar
quem surgir no seu caminho. Quando sua filha Corlie (Annie McEnroe) foge após
se negar a participar dos crimes com o pai, ela cruza com o Hunter (Michael
Beck), que a ajuda a encontrar uma comunidade que ainda tenta resistir aos
saqueadores. Quando Straker descobre onde a filha está, decide atacar o local, mas
terá de enfrentar Hunter que utiliza uma potente motocicleta.
Filmado na Nova
Zelândia com um baixo orçamento, este longa reciclava as ideias de “Mad Max” e
tentava transformar em astro o canastrão Michael Beck, porém sem sucesso. A carreira de Beck
começou por cima, ele foi o protagonista do clássico “Warriors – Os Selvagens
da Noite” e ainda trabalhou em filmes interessantes como “Xanadu” e “A História
de Alcatraz”, mas não demorou para sua falta de talento o relegar a papéis em
filmes B e posteriormente em séries de tv, até praticamente encerrar a carreira
em 2004.
Caçador do Espaço: Aventuras na Zona Proibida (Spacehunter: Adventures in the Forbidden Zone, EUA / Canadá,
1983) – Nota 5
Direção – Lamont Johnson
Elenco – Peter Strauss, Molly Ringwald, Ernie Hudson, Andrea Marcovich,
Michael Ironside.
Uma nave com três mulheres
emite um sinal de socorro antes de cair num planeta dominado pelo ditador Overdog
(Michael Ironside), um misto de humano e máquina. O caçador solitário Wolff
(Peter Strauss) recebe o sinal e decide tentar o resgate das mulheres, com
ajuda de sua androide (Andrea Marcovich) e depois de Niki (Molly Ringwald), uma jovem que cruza seu caminho.
Este longa de baixo orçamento foi uma das várias
produções que tentaram lucrar seguindo o estilo de “Guerra nas Estrelas”, tendo aqui Ivan Reitman (antes de "Os Caça-Fantamas") como produtor. Apesar da precariedade, o filme tem algumas boas
sequências de ação e a curiosidade de apresentar Molly Ringwald antes de ficar
famosa pelos filmes com John Hughes.
O Menino e Seu Cachorro (A Boy and His Dog, EUA, 1975) –
Nota 3
Direção – L. Q. Jones
Elenco –
Don Johnson, Susanne Benton, Jason Robards, Tim McIntire, Charles McGraw.
No futuro, após uma nova guerra mundial, os sobreviventes
lutam para conseguir água e comida. Neste contexto, o jovem Vic (Don Johnson)
vive em busca de alimentos e sexo, contando com a ajuda de um cão com quem ele
se comunica de forma telepática. Quando Vic encontra a bela Quilla (Susanne
Benton), esta o leva para conhecer uma civilização que vive nos subterrâneos,
porém o objetivo principal é utilizar o jovem como um reprodutor, já que os
sobreviventes que vivem no local não conseguem engravidar as mulheres.
Este pode ser
considerado um dos filmes mais estranhos de todos os tempos e por isso se
transformou em cult para alguns críticos, mesmo sendo péssimo. Mesmo com a
trama sendo baseada em um livro, pouca coisa se salva no longa, talvez apenas
os diálogos irônicos entre o cão e o personagem de Don Johnson, que ainda era
bem jovem e desconhecido. Os sobreviventes que vivem no abrigo usam uma
ridícula maquiagem e seguem alguns preceitos religiosos malucos misturados com
ciência, uma verdadeira salada. A participação de Jason Robards deve ser
explicada apenas pela amizade com o ator L. Q. Jones, figura conhecida em
westerns que se arriscou na direção desta ficção maluca, que por sinal foi seu
único trabalho no cinema atrás das câmeras.
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