Direção – Juan Antonio Bayona
Elenco –
Naomi Watts, Ewan McGregor, Tom Holland, Samuel Joslin, Oaklee Pendergast,
Marta Etura, Sonke Mohring, Geraldine Chaplin, Ploy Jindachote.
Dezemdro de 2004, a família Bennett viaja de férias para se
divertir nas praias da Tailândia. O pai Henry (Ewan McGregor) é um executivo,
enquanto a mãe Maria (Naomi Watts) é uma médica que abandonou o trabalho para
cuidar dos três filhos. O mais velho é o pré-adolescente Lucas (Tom Holland),
seguido de Thomas (Samuel Joslin) e Simon (Oaklee Pendergast). A alegria das
férias se transforma em pesadelo quando um tsunami devasta a região e separa a
família. A mãe fica muita ferida e tem ajuda apenas de Lucas. Enquanto isso, o
pai e os outros dois filhos desaparecem em meio a tragédia.
O diretor espanhol
Juan Antonio Bayona que ficou conhecido com o competente suspense “O Orfanato”,
comanda aqui uma grande produção sobre uma das maiores tragédias dos últimos
anos, o tsunami que matou centenas de pessoas na Tailândia. Sem dúvida, um dos
pontos principais do filme é a assustadora recriação do tsunami, que já havia
sido filmado de forma real numa sequência de “Além da Vida” de Clint Eastwood,
mas aqui ganha contornos maiores, praticamente jogando o espectador dentro da
água junto com mãe e filho, que lutam para sobreviver em meio a força da água e
de tudo que ela arrasta pelo caminho.
A segunda parte da trama foca na busca
dos personagens em reencontrar a família e gera alguns bons momentos como a
procura de Lucas pelos desaparecidos no hospital e a roda de conversa entre
sobreviventes que finaliza com um comovente choro do personagem de Ewan
McGregor.
O roteiro é baseado na incrível história real de uma família
espanhola que sobreviveu a tragédia e por ser tão inacreditável, algumas
soluções incomodam um pouco. A forma como a família se reencontra é
hollywoodiana demais e o final no avião praticamente vazio é de uma
insensibilidade enorme com as outras pessoas que sobreviveram. Se realmente
estas duas situações ocorreram desta forma, a primeira é de uma sorte gigantesca
e a segunda uma total falta de preocupação com o semelhante. Estas falhas no
final faz com que o filme perca pelo menos meio ponto no meu conceito.
3 comentários:
"O Impossível" é um dos melhores filmes do ano passado, na minha opinião. Gostei muito da forma como Juan Antonio Bayona estruturou a narrativa de seu filme, mostrando como, num momento de puro desespero emocional, se pode encontrar a solidariedade e a compaixão. As atuações do elenco são destaque também, especialmente Naomi Watts, Ewan McGregor e o jovem Tom Holland.
Concordo plenamente com você. A parte final quase estraga o filme. Aquele jogo de gato e rato no hospital, aquele giro antes do grito e abraço. E principalmente o que aconteceu no avião me incomodaram bastante. Ainda assim, a parte inicial e a forma como a tensão é construída principalmente por mãe e filho, é muito boa.
bjs
Kamila - A narrativa prende a atenção e o elenco está muito bem, inclusive o menino Tom Holland, mas o final deixou a desejar.
Amanda - Talvez o final tenha sido exigência do produtor, vai saber. A relação de mãe e filho é realmente muita boa, principalmente pelo trabalho do elenco.
Blogueiros - Agradeço pela divulgação do meu blog. Amanhã visitarei o site para conferir.
Abraço a todos
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