Direção – Franny Armstrong
Elenco – Pete Postlethwaite
Esta produção mistura ficção e documentário para novamente
alertar o público sobre o perigo do aquecimento global. A diretora Franny
Armstrong é uma ativista que comandou esta obra para ser utilizada como propaganda
na luta contra a diminuição da emissão de gases na atmosfera. O documentário
foi lançado pouco tempo antes do Congresso da ONU sobre Mudança de Clima que
seria realizado em Copenhagen na Dinamarca em 2009.
O filme coloca o ator Pete
Postlethwaite (falecido em 2011) em 2055 quando a Terra foi devastada pela
natureza, com seu personagem vivendo num prédio futurista que se tornou um
arquivo mundial com imagens do que foi o planeta antes da tragédia. Ele utiliza
um painel para ver imagens da atualidade que mostram depoimentos de vários
personagens ligados ao meio ambiente, tanto para o bem, quanto para o mal. Neste ponto
surge o documentário real, onde conheceremos os personagens.
O primeiro é um
velho guia turístico francês que vive aos pés do pico Mont Blanc e que vê o
gelo do local diminuir ano após ano. Temos um cientista que perdeu tudo com a
passagem do Furação Katrina por New Orleans e que por ironia do destino, fez toda sua
carreira como funcionário da Shell, umas das petrolíferas que mais prejudicam o
meio ambiente. Conhecemos ainda as ideias distorcidas de um empresário indiano
dono de uma empresa aérea que ele considera popular. Em contrapartida, é triste
ver a luta de um especialista em energia eólica que vê seu sonho de implantar
energia limpa e renovável desmoronar na Inglaterra por culpa de parte da
população de uma região que não quer perder a bela vista, que no pensamento deles
seria estragada pelas hélices e os balões da estrutura do projeto. Além disso,
o documentário foca ainda a vida de crianças iraquianas refugiadas na Jordânia
e a destruição causada pela Shell com a conivência do governo nigeriano no
interior do país.
Para muitos, o documentário pode parecer alarmante e
exagerado, mas analisando com os pés no chão, a apresentação está bem próxima
da realidade, deixando claro que as tragédias pontuais que ocorrem hoje são
culpa do homem e que estas situações podem ocorrer numa escala
maior e bem mais perigosa se a forma como as empresas, os governos e as pessoas
comuns não mudarem hoje o pensamento e as atitudes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário