quarta-feira, 8 de maio de 2013

O Impossível

O Impossível (Lo Imposible, Espanha, 2012) – Nota 7,5
Direção – Juan Antonio Bayona
Elenco – Naomi Watts, Ewan McGregor, Tom Holland, Samuel Joslin, Oaklee Pendergast, Marta Etura, Sonke Mohring, Geraldine Chaplin, Ploy Jindachote.

Dezemdro de 2004, a família Bennett viaja de férias para se divertir nas praias da Tailândia. O pai Henry (Ewan McGregor) é um executivo, enquanto a mãe Maria (Naomi Watts) é uma médica que abandonou o trabalho para cuidar dos três filhos. O mais velho é o pré-adolescente Lucas (Tom Holland), seguido de Thomas (Samuel Joslin) e Simon (Oaklee Pendergast). A alegria das férias se transforma em pesadelo quando um tsunami devasta a região e separa a família. A mãe fica muita ferida e tem ajuda apenas de Lucas. Enquanto isso, o pai e os outros dois filhos desaparecem em meio a tragédia. 

O diretor espanhol Juan Antonio Bayona que ficou conhecido com o competente suspense “O Orfanato”, comanda aqui uma grande produção sobre uma das maiores tragédias dos últimos anos, o tsunami que matou centenas de pessoas na Tailândia. Sem dúvida, um dos pontos principais do filme é a assustadora recriação do tsunami, que já havia sido filmado de forma real numa sequência de “Além da Vida” de Clint Eastwood, mas aqui ganha contornos maiores, praticamente jogando o espectador dentro da água junto com mãe e filho, que lutam para sobreviver em meio a força da água e de tudo que ela arrasta pelo caminho. 

A segunda parte da trama foca na busca dos personagens em reencontrar a família e gera alguns bons momentos como a procura de Lucas pelos desaparecidos no hospital e a roda de conversa entre sobreviventes que finaliza com um comovente choro do personagem de Ewan McGregor. 

O roteiro é baseado na incrível história real de uma família espanhola que sobreviveu a tragédia e por ser tão inacreditável, algumas soluções incomodam um pouco. A forma como a família se reencontra é hollywoodiana demais e o final no avião praticamente vazio é de uma insensibilidade enorme com as outras pessoas que sobreviveram. Se realmente estas duas situações ocorreram desta forma, a primeira é de uma sorte gigantesca e a segunda uma total falta de preocupação com o semelhante. Estas falhas no final faz com que o filme perca pelo menos meio ponto no meu conceito.

3 comentários:

Kamila disse...

"O Impossível" é um dos melhores filmes do ano passado, na minha opinião. Gostei muito da forma como Juan Antonio Bayona estruturou a narrativa de seu filme, mostrando como, num momento de puro desespero emocional, se pode encontrar a solidariedade e a compaixão. As atuações do elenco são destaque também, especialmente Naomi Watts, Ewan McGregor e o jovem Tom Holland.

Amanda Aouad disse...

Concordo plenamente com você. A parte final quase estraga o filme. Aquele jogo de gato e rato no hospital, aquele giro antes do grito e abraço. E principalmente o que aconteceu no avião me incomodaram bastante. Ainda assim, a parte inicial e a forma como a tensão é construída principalmente por mãe e filho, é muito boa.

bjs

Hugo disse...

Kamila - A narrativa prende a atenção e o elenco está muito bem, inclusive o menino Tom Holland, mas o final deixou a desejar.

Amanda - Talvez o final tenha sido exigência do produtor, vai saber. A relação de mãe e filho é realmente muita boa, principalmente pelo trabalho do elenco.

Blogueiros - Agradeço pela divulgação do meu blog. Amanhã visitarei o site para conferir.

Abraço a todos