domingo, 5 de maio de 2013

Bombas - Filmes Ruins Baseados em Obras de Stephen King - Parte Final

Publico agora a parte final da lista de adaptações ruins baseadas em Stephen King.

O amigo Clênio do blog "Um Filme Por Dia" citou que "O Apanhador de Sonhos" merece estar na lista, porém como é este filme foi uma grande produção, com elenco de astros e dirigida por Lawrence Kasdan que tem uma boa carreira, deixarei para comentá-lo em uma postagem posterior.

Meu foco aqui está principalmente em produções B baseadas em King.

Comboio do Terror (Maximum Overdrive, EUA, 1986) – Nota 4
Direção – Stephen King
Elenco – Emilio Estevez, Laura Harrington, Pat Hingle, Yeardley Smith.

Após um cometa passar pela Terra, as máquinas enlouquecem e começam a funcionar sozinhas atacando os seres humanos. Um grupo de pessoas consegue se esconder num mercadinho em um posto de gasolina no meio da estrada, porém além de se defender das máquinas, precisam também conseguir se unir para tentar sobreviver.

Este filme absurdo é provavelmente a pior adaptação de uma história de Stephen King para o cinema, tendo sido ainda a única aventura do escritor na direção e pelo resultado acredito que o próprio King tenha aceitado que o filme é ruim. O roteiro usa como gancho a passagem real do Cometa Haley pelo planeta no mesmo ano da produção, mas isso não ajuda em nada a realização. É curioso ver todo tipo de objeto atacando as pessoas, inclusive alguns caminhões que ficam rodeando o local onde elas estão escondidas. Numa década em que os filmes de terror estavam no auge, este longa ficou marcado apenas pela presença de King na direção.

A Criatura do Cemitério (Graveyard Shift, EUA, 1990) – Nota 4
Direção – Ralph S. Singleton
Elenco – David Andrews, Kelly Wolf, Brad Dourif, Stephen Macht, Andrew Divoff, Vic Polizos.

John (Davei Andrews) é contratado para trabalhar numa decadente tecelagem e logo é obrigado pelo supervisor (Stephen Macht) a fazer hora extra no turno da noite junto com outros funcionários para limpar os porões da fábrica. Assim que os funcionários vão desbravando o abandonado subsolo do local, eles passam a ser atacados por estranhas criaturas. 

Este longa é com certeza uma das mais fracas adaptações de Stephen King, começando pela tradução do título, que no original seria o “Turno da Noite”, porém a distribuidora tentando lucrar na cola de “O Cemitério Maldito”, inseriu um cemitério no título que sequer existe na trama. O início do longa tem até um clima estranho quando os personagens começam a andar pelo subsolo da fábrica, mas logo o roteiro confuso e os personagens pessimamente desenvolvidos colocam tudo a perder. Talvez o único destaque do elenco seja a participação do sinistro Brad Dourif, figura carimbado do cinema de terror, interpretando um exterminador de ratos.

Às Vezes Eles Voltam (Sometimes They Come Back, EUA, 1991) – Nota 6
Direção – Tom McLoughlin
Elenco – Tim Matheson, Brooke Adams, Robert Rusler, Nicholas Sadler, Bentley Mitchum, William Sanderson, Robert Hy Gorman, Chris Demetral.

O professor Jim Norman (Tim Matheson) volta para sua cidade natal com a esposa Sally (Brooke Adams) e um filho pequeno Scott (Robert Hy Gorman) após enfrentar problemas emocionais na escola onde trabalhava em Chicago. Jim acredita que voltando ao local onde passou a infância, ele possa superar o trauma do assassinato do irmão ocorrido quando os dois eram crianças. Trabalhando numa nova escola, a princípio Jim precisa encarar a dificuldade normal de lidar com uma classe de adolescentes, porém sua vida fica ainda mais difícil quando ele começa a ter pesadelos sobre o passado e os assassinos de seu irmão que estavam mortos voltam do além para acertar as contas. 

Esta produção para tv ao mesmo tempo em que cria um interessante clima de suspense e desespero na vida do professor, falha no roteiro que apresenta inúmeros furos e situações mal explicadas. A premissa tinha potencial para um filme melhor, inclusive envolvendo temas como vida após a morte e a defesa da família.

Tommyknockers – Tranquem as Portas (The Tommyknockers, EUA, 1993) – Nota 4
Direção – John Power
Elenco – Jimmy Smits, Marg Helgenberger, John Ashton, Traci Lords, E. G. Marshall, Robert Carradine, Annie Corley, Joanna Cassidy, Cliff De Young, Allyce Beasley

Na pequena cidade de Haven, Roberta (Marg Helgenberger) encontra algo não identificado enterrado em seu quintal e com a ajuda de outras pessoas começa a cavar. Logo, os moradores da cidade passam a agir de forma estranha, sem saber que estão sendo possuídos por uma espécie de entidade. O escritor alcoólatra Jim Gardner (Jimmy Smits) é um dos poucos que não é afetado pelo problema, podendo ser a chave para entender o que está ocorrendo. 

Este suspense produzido para a tv é outra fraquíssima adaptação de Stephen King. Apesar de algumas cenas de suspense bem filmadas e o elenco de rostos conhecidos, o roteiro é pobre, além de estar preso as limitações das produções para tv. 

Sonâmbulos (Sleepwalkers, EUA, 1992) – Nota 5
Direção – Mick Garris
Elenco – Brian Krause, Madchen Amick, Alice Krige, Cindy Pickett, Lyman Ward, Ron Perlman.

Mary (Alice Krige) e seu jovem filho Charles (Brian Krause) são os últimos de uma raça que conseguem se transformar fisicamente quando precisam atacar alguém para conseguir alimentos. Os alimentos são o sangue de garotas virgens. Eles vivem se escondendo e sempre procurando uma próxima vítima. Quando mudam para uma nova cidade, Charles se envolve com a bela Tanya (Madchen Amick) e fica dividido entre utilizar a jovem como alimento ou seguir com o romance, fato que o fará entrar em conflito com sua mãe. 

O longa tem uma história clássica de amor impossível misturada com uma trama de horror, o que é basicamente interessante, porém a realização não é das melhores. O diretor Mick Garris é especialista em trabalhos para tv, tendo inclusive comandando a boa minissérie “A Dança da Morte”, também baseada em King, mas aqui nesta incursão ao cinema a parceria não funcionou. Para piorar, o elenco é muito ruim. Brian Krause e Alice Krige são canastrões e a bela Madchen Amick que apareceu na série “Twin Peaks” também é muito fraca. 

O filme vale apenas por duas curiosidades. A primeira é que Cindy Pickett e Lyman Ward que interpretam os pais da personagem de Madchen Amick, anos antes foram também os país de Ferris Bueller no clássico “Curtindo a Vida Adoidado”.  E a segunda é a participação de diretores como Joe Dante, John Landis e Clive Barker que aparecem em pontas no filme.

5 comentários:

Amanda Aouad disse...

Falo coro a Clênio sobre O Apanhador de Sonhos, hehehe, bomba, bomba, bomba. Mas, aceito seu argumento. Quanto aos demais, ainda bem que não vi.

bjs

Bússola do Terror disse...

Desses aí, os únicos que não assisti ainda foram Criatura do Cemitério e Tranquem As Portas.
Mas o único que eu Cho propriamente ruim dessa leva é Comboio do Terror.

B-Cine disse...

Hugo, ainda não assisti nenhum desses. Mas acredito que no mínimo valem uma conferida.

www.b-cine-b-cine.blogspot.com

Gilberto Carlos disse...

Realmente são filmes bastante dispensáveis. Deles só vi Sonâmbulos. E eu incluiria também as mini-séries A dança da morte e A tempestade do século, que são intermináveis.

Hugo disse...

Amanda - Realmente "O Apanhador de Sonhos" desagradou a todos.

Léo - A aventura de King na direção foi um grande fracasso.

B-Cine - Para quem gosta do gênero, vale a curiosidade.

Gilberto - Assisti "A Dança da Morte" é até achei interessante, mas concordo que é muito longa. A versão em vhs tinha quase seis horas.

Abraço a todos