sábado, 9 de março de 2013

A Viagem

A Viagem (Cloud Atlas, Alemanha / EUA / Hong Kong / Cingapura, 2012) – Nota 8
Direção – Tom Tykwer, Andy Wachowski & Lana Wachowski
Elenco – Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Jim Sturgess, Hugh Grant, Susan Sarandon, Doona Bae, Ben Whishaw, Keith David, James D’Arcy, Xun Zhou, David Gyasi.

Este longa pode ser considerado uma experiência única no cinema. Extremamente ambicioso, o filme é baseado num livro de David Mitchell que era considerado impossível de ser levado às telas. Esta enorme ambição dos irmãos Wachowski fez com que parte da crítica fosse cruel com a obra e também dividisse a opinião do público. 

Durante as quase três horas de duração, o público encara uma alucinante viagem entre seis histórias diferentes que se passam em épocas distintas. São praticamente seis curtas no mesmo filme, cada um de um gênero diferente. 

A história mais antiga se passa em 1849 e mostra a amizade entre um advogado escravagista e um escravo, seguindo para 1946 na Inglaterra, onde um compositor bissexual sonha em elaborar uma peça musical clássica com ajuda de um mestre, depois para 1973 onde o amante do compositor é um cientista que pede ajuda a uma jornalista para investigar uma conspiração. A quarta história se passa nos dias atuais com um editor de livros que pede ajuda ao irmão para pagar uma dúvida e acaba preso num asilo. A quinta trama é sobre uma revolução que acontece em 2144 em Neo Seul, uma cidade futurista construída após a destruição de Seul que é dominada por uma corporação. Finalizando, a sexta história se passa num futuro distante, onde os humanos voltaram a viver em florestas, precisam se defender de grupos que se tornaram canibais e ainda acreditam numa deusa completamente diferente. 

As histórias estão conectadas não por algum fato em comum, mas por pequenos detalhes que se repetem nas diferentes épocas ou influenciam a trama posterior e principalmente nos atores interpretando múltiplos personagens debaixo de maquiagem pesada. Os atores em vários papéis estão ligados a questão da vida após a morte, com o roteiro seguindo a ideia de que o mesmo espírito tem várias vidas e muitos repetem os erros ou o caráter de suas vidas anteriores. No filme, Hugo Weaving e Hugh Grant são os vilões, Halle Berry e Jim Sturgess os que lutam por justiça, enquanto Tom Hanks e Jim Broadbent ficam no meio termo, entre algumas atitudes ruins e outras boas em busca da redenção. 

Vale destacar também o fantástico visual, que é fato comum nas produções dos irmãos Wachowski e aqui ainda contam a parceria criativa do alemão Tom Tykwer de “Corra, Lola Corra”. 

Dar uma nota para um filme como este é algo extremamente pessoal e difícil, lendo as críticas você encontrará notas de um até dez, mostrando que acima de tudo é um longa que não deixa o espectador indiferente, ele faz pensar muito sobre diversos temas. 

Para quem gosta de filmes diferentes e tiver a paciência de encarar seis histórias entrecortadas em três horas, terá uma experiência única.

5 comentários:

Unknown disse...

Oi Hugo,

Em primeiro lugar queira me desculpar, mas houve uma falha e deixei de publicar, sem querer, seu blog no POUCO, já está sanada. Acho que estava no Obi Wan, mas como eu o fechei ficou faltando.
Quanto ao filme é interessante e muito dificil de acompanhar, mas vale pela criatividade, pelas interpretações e pela agilidade.

Abraços,
Danilo

Amanda Aouad disse...

Você definiu bem, A Viagem é uma experiência. É preciso se deixar embarcar na premissa. Gostei bastante.

bjs

Thomás R. Boeira disse...

Até agora, é o melhor filme que vi no cinema esse ano.

Abraço,
Thomás
http://brazilianmovieguy.blogspot.com.br/

Hugo disse...

Dan - É um filme extremamente criativo.

Amanda - Uma viagem alucinante.

Thomás - Esta entre os melhores do ano.

Abraço

Hugo disse...

Dan - É um filme extremamente criativo.

Amanda - Uma viagem alucinante.

Thomás - Esta entre os melhores do ano.

Abraço