terça-feira, 12 de março de 2013

Durval Discos

Durval Discos (Brasil, 2002) – Nota 6
Direção – Anna Muylaert
Elenco – Ary França, Etty Fraser, Isabela Guasco, Marisa Orth, Letícia Sabatella, Rita Lee, André Abujamra, Theo Werneck.

O solteirão Durval (Ary França) é o dono de uma loja de discos no bairro de Pinheiros em São Paulo. Durval parece um hippie que parou no anos setenta e se nega a vender CDs, mesmo com sua loja quase falindo, Num fundo da loja está a casa onde Durval mora com a mãe Carmita (Etty Fraser). Quando Durval percebe que a velha mãe já tem dificuldade para cuidar da casa, ele decide contratar uma empregada. A escolhida é Célia (Letícia Sabatella) que vem com a filha pequena Kiki (Isabela Guasco). O que ele não esperava é que Célia desaparecesse deixando um bilhete dizendo que voltaria em alguns dias para buscar Kiki. 

Até este ponto o filme lembra um pouco o ótimo “Alta Fidelidade”, sobre um sujeito que tem uma loja de discos e vive como um adolescente, além de ter de conviver com clientes malucos, aqui representado por alguns personagens, entre eles o estranho Fat Marley interpretado pelo músico André Abujamra (que foi casado com a diretora Anna Muylaert e fez também a trilha sonora), porém a segunda parte da trama é uma verdadeira salada russa, que mistura policial, suspense e drama, terminando de forma melancólica em todos os sentidos. 

Os destaques são o trio principal, com a veterana da tv Etty Fraser interpretando um papel semelhante ao que fez diversas vezes nas novelas, a supresa da garotinha Isabela Guasco e principalmente o ótimo Ary França, ator mais conhecido por seus trabalhos no teatro, que aqui mostra todo seu talento. 

Como curiosidade, a casa onde foi filmado o longa realmente ficava em Pinheiros e foi demolida para dar lugar a um edifício, fato triste e comum no dias atuais em São Paulo.

3 comentários:

Gilberto Carlos disse...

Gosto muito de Durval Discos e me identifico com ele, já que também adorava os LPs e custei a me recuperar quando eles desapareceram. Abraços.

Amanda Aouad disse...

Gosto muito da parte inicial, depois acho que o filme vai se perdendo, exagerando demais no tom. Mas, é daqueles que trazem algo que merece ser visto.

bjs

Hugo disse...

Gilberto - A transição dos LPs para CD foi inevitável, mas ainda existem muitas pessoas que colecionam LPs.

Amanda - O filme começa bem, mas o o roteiro se perde no desenrolar da trama.

Abraço