Direção –
Paul Thomas Anderson
Elenco – Joaquin
Phoenix, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams, Laura Dern, Jesse Plemons, Ambyr
Childers, Rami Malek, Kevin J. O’Connor, Christopher Evan Welch, Madisen Beaty.
Freddie Quell (Joaquin Phoenix) é um ex-combatente da 2º
Guerra Mundial que ao voltar para casa não consegue se adaptar. Freddie é um
sujeito bruto, sem educação, que gosta de beber, fala o que pensa e responde
aos problemas com violência. Após se meter em uma confusão no seu último
trabalho, Freddie foge e acaba cruzando o caminho de Lancaster Dodd (Philip
Seymour Hoffman), uma espécie de guru, famoso por um livro chamado “A Causa”.
Os dois sujeitos extremamente diferentes acabam criando um estranho laço,
primeiro com Lancaster ficando interessado numa bebida fortíssima fabricada por
Freddie, depois por ver Freddie quase como um animal a ser domado. Em
contrapartida, Freddie se transforma em defensor de Lancaster, quase um
segurança que toma atitudes fortes contra os inimigos do mestre.
Os produtores
tentaram vender o filme como sendo uma espécie de biografia fictícia do
escritor L. Ron Hubbard, um guru que criou a Cientologia, uma religião com cara
de culto que é seguida por várias atores famosos de Hollywood, tendo como
principal garoto propaganda o astro Tom Cruise. A ideia de vincular o nome de
Hubbard com a produção acabou não dando certo, o filme dividiu a crítica e o
público, mesmo que o resultado seja no mínimo interessante.
O roteiro do próprio
diretor P. T. Anderson foge do lugar comum que seria transformar a trama em uma
denúncia contra um guru picareta. Ele prefere mostrar os bastidores da vida do
sujeito e de seus seguidores, com destaque para a ótima Amy Adams como a esposa
atual, que é discreta mas defende as ideias do marido até o fim, para a sumida
Laura Dern como uma seguidora cega pelo carisma do mestre e o filho vivido por
Jesse Plemons, um jovem apático que mesmo ficando ao lado do pai, num diálogo
específico mostra um sentimento de descrença nas ideias do homem.
Os grandes
destaques são as interpretações de Hoffman e Phoenix. Hoffman está perfeito
como o sujeito carismático que fala bem, mas que mostra seu verdadeiro lado quando
é contrariado em alguma discussão. Já o trabalho de Phoenix é psicológico e corporal,
que além de criar com perfeição o veterano de guerra que esconde os traumas
atrás da brutalidade, ele inventou uma estranha forma de andar, um pouco
curvada, como se estivesse com a coluna torta.
É um filme diferente, com uma
narrativa lenta em alguns momentos, mas que vale pelo elenco e por algumas ótimas sequências entre Hoffman e
Phoenix.
2 comentários:
É um filme sobre o ser humano, mais do que um filme sobre a seita religiosas. Eu gostei muito do que vi em tela. Mais do que você, hehe.
bjs
Amanda - Gostei dos filmes de P. T. Anderson, mas este não meu cativou por completo. Gostei mais das interpretações do que da trama.
Bjos
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