Terra de Ninguém (No Man’s Land, Bélgica, 2001) – Nota 8
Direção – Danis Tanovic
Elenco – Branko Djuric, Rene Bitorajac, Filip Sovagovic, Georgis Siatidis, Simon Callow, Katrin Cartlidge.
Durante a Guerra dos Balcãs dois soldados, o bósnio Ciki (Branko Djuric) e o sérvio Nino (Rene Bitorajac) ficam presos na mesma trincheira no meio do campo de batalha juntos com outro soldado bósnio dado como morto, Cera (Filip Sovagovic), que acorda deitado sobre uma mina terrestre, não podendo se mexer para não explodir o local. Os soldados chamam a atenção de seus grupos para tentar se salvarem e conseguem que um tanque das tropas de ONU venha ao local, mas a resolução do problema não será nada fácil.
Este drama de guerra vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro de 2001 toca em temas como a intolerância entre os povos em virtude da etnia e da religião. Sobre esta guerra por exemplo, o filme mostra os dois soldados discutindo sobre quem começou o conflito e eles nunca chegam a um acordo, a única verdade que eles acreditam é que o outro é o inimigo. Neste caso o pior ainda é que bósnios, sérvios, croatas, macedônios, eslovênios e montenegrinos viveram décadas sob o mesmo governo ditador e muitos esperavam apenas o momento da explosão de uma guerra para poder matar seu vizinho.
Outro detalhe do filme é a total ineficiência das tropas da ONU, também mostrada em outros filmes como “Hotel Ruanda”, não por culpa dos soldados, mas sim dos comandantes que colocam a política acima do ser humano, além da influência dos países ricos que se importam apenas com o valor que irão lucrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário