segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Exiled: A Law & Order Movie

 


Exiled: A Law & Order Movie (Exiled: A Law & Order Movie, EUA, 1998) – Nota 6,5
Direção – Jean de Segonzac
Elenco – Chris Noth, Dann Florek, Dana Eskelson, Dabney Coleman, Nicole Ari Parker, Jerry Orbach, John Fiore, Paul Guilfoyle, Ice-T, Costas Mandylor, Benjamin Bratt, Tony Musante, S. Epatha Merkerson, Ned Eisenberg, Leslie Hendrix.

Três anos após ser transferido da divisão de homicídios em Manhattan para cuidar de casos domésticos em Staten Island, o detetive Mike Logan (Chris Noth) vê a chance de retornar ao topo da carreira com o caso do assassinato de uma prostituta. Sua investigação levará a conflitos com colegas e uma suspeita de corrupção policial. 

Este longa produzido para a tv foi uma extensão da série “Law & Order” utilizando como gancho a situação do personagem de Chris Noth, que havia saído do programa há três temporadas. O filme é basicamente um episódio mais longo, com um história bem amarrada e a participação de vários personagens que trabalharam durante anos na série. O roteiro ainda entrega uma surpresa no final e deixa a mensagem que de que todos os atos, mesmos os corretos, podem levar a consequências que não são as planejadas.

domingo, 27 de outubro de 2024

Pisque Duas Vezes

 


Pisque Duas Vezes (Blink Twice, EUA / México, 2024) – Nota 5,5
Direção – Zoe Kravitz
Elenco – Naomi Ackie, Channing Tatum, Alia Shawkat, Christian Slater, Simon Rex, Adria Arjona, Haley Joel Osment, Liz Caribel, Levon Hawke, Trew Mullen, Geena Davis, Kyle MacLachlan, Cris Costa.

Duas amigas (Naomi Ackie e Alia Shawkat) entram clandestinas em uma festa de arrecadação de fundos e cruzam o caminho de um milionário (Channing Tatum), que na mesma noite convida as garotas para viajarem em seu jato particular para sua ilha junto com um grupo de amigos. A festa e a diversão escondem algo perverso, que elas descobrirão da pior forma possível. 

Este longa dirigido pela atriz Zoe Kravitz tem claramente inspiração nos escândalos sexuais que vieram à tona nos últimos anos envolvendo celebridades, principalmente o famoso da caso da ilha. Dentro deste contexto, ela insere pitadas de ficção e de ideologia claramente para defender um viés político e social. A reviravolta na meia-hora final passa longe de ser uma surpresa e a transforma o longa em algo que agradará somente aos fãs de filmes que beiram o gore.

sábado, 26 de outubro de 2024

Missing Pieces

 


Missing Pieces (Missing Pieces, EUA, 2020) – Nota 7
Direção – Tom Sokalski
Elenco – Christian McKenna, Mark Paci, Robert Murphy, Caleigh Le Grand, Jennifer McEwen.

Um sujeito (Christian McKenna) acorda em uma floresta, com uma arma na cintura e manchas de sangue na roupa. Ao lado tem o corpo de um estranho amarrado e morto a tiros. Sem lembrar como chegou até o local ou que aconteceu no dia anterior, ele terá de fugir de policiais que procuram a vítima para tentar descobrir a verdade. 

Este drama policial de baixo orçamento e com elenco desconhecido consegue entregar uma trama surpreendente, muito pelo criativo roteiro escrito pelo diretor Tom Sokalski. O quebra-cabeça que o protagonista precisa montar buscando recuperar a memória através de pistas ligadas a seu passado e os detalhes que vem à tona aos poucos em meio as boas sequências de suspense prendem a atenção de quem curte tramas policiais bem amarradas. As locações abertas na bela região com florestas e estradas é outro destaque.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

The Unspeakable

 


The Unspeakable (The Unspeakable, EUA, 2021) – Nota 6
Direção – Dylan Avery
Documentário

Este documentário detalha o luto de quatro famílias que perderam entes queridos nos ataques de 11 de Setembro. Vinte anos depois, as feridas ainda estão abertas e cada um tenta administrar sua dor de uma forma diferente. 

Além da questão pessoal, o documentário também coloca em discussão as dúvidas destas famílias sobre o que realmente derrubou as torres gêmeas. Pelo forma como os corpos das vítimas foram destruídos na tragédia, eles acreditam que além do ataque dos aviões também ocorreram explosões dentro dos prédios, no térreo ou nas garagens subterrâneas. 

A narrativa fica dividida entre a dor dos familiares, com a tentativa de denúncia que aparentemente jamais terá uma resposta definitiva.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

438 Dias

 


438 Dias (438 Dagar, Suécia, 2019) – Nota 7
Direção – Jesper Ganslandt
Elenco – Gustaf Skarsgard, Matias Varela, Josefin Neldén, Faysal Ahmed, Jesper Granslandt, Stephen Jennings, Philip Zandén, Sivuyile Ngesi.

Em 2011, dois jornalistas suecos (Gustaf Skarsgard e Matias Varela) entram de forma clandestina na Etiópia com ajuda de um grupo rebelde que luta contra o governo. Eles se capturados, presos e acusados de terrorismo, dando início a uma verdadeira saga em busca da liberdade. 

Este longa baseado em uma história real consegue equilibrar suspense, drama e política de uma forma interessante. A narrativa bem amarrada e a ótima produção que explora muitas tomadas abertas ajudam a manter a atenção do espectador que gosta do tema. 

No final fica a pergunta de até que ponto vale a pena arriscar a vida por uma reportagem entrando de forma ilegal em um país que sofre com um conflito entre uma milícia e um governo ditatorial.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

O Juiz

 


O Juiz (The Judge, EUA / Canadá, 2001) – Nota 6,5
Direção – Mick Garris
Elenco – Chris Noth, Edward James Olmos, Lolita Davidovich, Charles Durning, John Terry, Mark Blum Heidi Mark, Peter MacNeill, Alec McClure, Sonia Braga, Roman Podhora, David Cronenberg.

Armando Acosta (Edward James Olmos) é um juiz linha dura que está prestes a indiciar policiais corruptos quando termina preso após cair em um armadilha com uma prostituta. Para provar sua inocência, ele contrata o advogado Paul Madriani (Chris Noth), com quem teve um grande desentendimento em outro julgamento. 

Esta minissérie produzida para a tv em dois episódios é baseada em livro de Steve Martini que detalha uma trama repleta de reviravoltas e traições. A produção caprichada e o estilo da narrativa lembram o melhor de séries como “Law & Order”, porém incluindo algumas sequências de violência um pouco mais fortes. O ponto falho é o final em que tudo se resolve de forma mais fácil em comparação com a complexa trama até aquele momento.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Laços de um Crime & The Hot Potato

 


Laços de um Crime (Blood, Inglaterra, 2012) – Nota 6
Direção – Nick Murphy
Elenco – Paul Bettany, Mark Strong, Stephen Graham, Brian Cox, Ben Crompton, Naomi Battrick, Zoe Tapper, Natasha Little.

Joe (Paul Bettany) e Chrissie (Stephen Graham) são irmãos que trabalham juntos como detetives de polícia. A investigação da morte de uma adolescente faz vir à tona em Joe os traumas de um antigo caso semelhante em que o criminoso não foi condenado por um erro policial. Obcecado em resolver o caso, Joe aparentemente não tem estrutura emocional para analisar a situação com clareza. 

Este longa é um versão para o cinema de uma minissérie produzida para a tv inglesa em 2004. Aqui o maior destaque fica para o quarteto principal de grandes atores ingleses. Além dos irmãos de Paul Bettany e Stephen Graham, temos o detetive experiente interpretado por Mark Strong e o pai dos irmãos vivido por Brian Cox, que faz um detetive durão aposentado que sofre com os primeiros sintomas do Alzheimer. 

O roteiro explora a questão da lealdade familiar acima de tudo, inserindo ainda culpa e remorso. Se a escolha de humanizar os personagens é um acerto, por outro lado a narrativa irregular deixa a desejar, assim como algumas situações que parecem passar do ponto no drama, incluindo o final. Pela premissa e o elenco, era esperado um filme melhor.

The Hot Potato (The Hot Potato, Inglaterra, 2012) – Nota 6
Direção – Tim Lewiston
Elenco – Ray Winstone, Colm Meaney, Jack Huston, Lois Winstone, Derren Nesbitt, David Harewood, John Lynch, Phil Davis, Jean Louis Sbille.

Londres, final dos anos sessenta. Um coincidência leva Kenny (Ray Winstone) e Danny (Jack Huston) a ficarem com a posse de uma espécie de cofre que esconde um artefato carregado de urânio. A dupla vê a chance de lucrar e inicia a busca por compradores para o urânio, atraindo criminosos e oportunistas que também querem sua fatia. 

Inspirado em uma história real, este longa vai muito mais para o lado da comédia do que o drama policial. Os coadjuvantes são ao mesmo tempo perigosos, engraçados e patéticos. A narrativa é agradável e algumas sequências são divertidas, porém falta um algo a mais para ser realmente um bom filme. 

Destaque para as locações que levam os personagens a várias cidades europeias na busca pelo fechamento do negócio. Como informação, a “Hot Potato (Batata Quente)” do título seria o artefato, que é um bola de ferro carregada de urânio.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Bosco

 


Bosco (Bosco, EUA, 2024) – Nota 5,5
Direção – Nicholas Manuel Pino
Elenco – Aubrey Joseph, Nikki Blonsky, Thomas Jane, Theo Rossi, Tyrese Gibson, Vivica A. Fox, John Lewis, D.C. Young Fly.

Quando criança em 1985, Quawntay Adams (Aubrey Joseph) viu seu pai (Tyrese Gibson) ser preso por tráfico. Na vida adulta, ele mesmo é condenado a trinta e cinco de prisão. Enquanto encara a nova realidade, Quawntay imagina uma forma de conseguir a liberdade, mesmo que seja somente em sua mente. 

Esta produção para tv é baseada em uma história real que foca tanto na questão da dura vida em uma prisão de segurança máxima, como na influência negativa que um pai criminoso exerce sobre um filho. 

A história faz pensar sobre a questão da liberdade e de como muitas pessoas não sabem como aproveitá-la, tomando decisões que causam consequências desastrosas. A narrativa é irregular, com flashbacks previsíveis e situações clichês dos filmes de prisão. É um filme razoável e esquecível.

domingo, 20 de outubro de 2024

From the River to the Sea

 


From the River to the Sea (From the River to the Sea, Brasil, 2024) – Nota 8
Direção – Filipe Valerim & Lucas Ferrugem
Documentário

Este documentário detalha as origens do conflito entre israelenses e palestinos, com foco principal no ataques cometidos pelos terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 que vitimou mais de 200 civis israelenses. Com depoimentos de sobreviventes, autoridades e estudiosos sobre o conflito, fica claro que uma solução pacífica é praticamente impossível. 

É um conflito que vai além das questões territorial e política, tendo se tornado uma guerra religiosa principalmente para os palestinos que são insuflados pelo ódio disseminado por grupos terroristas como o Hamas que não aceitam acordo algum, seu único desejo é o fim do Estado de Israel. A escalada da violência fica ainda mais assustadora pelo apoio de outros países ao Hamas, o que pode levar a um conflito de grandes proporções.

sábado, 19 de outubro de 2024

Eu Vi o Brilho da TV

 


Eu Vi o Brilho da TV (I Saw the TV Glow, RUA / Inglaterra, 2024) – Nota 5
Direção – Jane Schoenbrun
Elenco – Justice Smith, Brigitte Lundy Paine, Ian Foreman, Helena Howard, Lindsey Jordan, Danielle Deadwyler, Fred Durst.

Nos anos noventa, os adolescentes Owen (Justice Smith) e Maddy (Brigitte Lundy Paine) se tornam amigos após descobrirem a paixão por um estranho seriado de tv. Com o passar dos anos, a vida da dupla fica ainda mais confusa após o seriado ser cancelado. 

Este longa escrito e dirigido por Jane Schoenbrun é uma mistura de lembranças pessoais da adolescência com surrealismo e pitadas de ficção inspiradas em obras de David Lynch, principalmente “Twin Peaks”. 

Tudo isso embalado com o estilo moderninho da produtora A24 para tentar cativar o público de jovens atuais que se consideram outsiders. O resultado é um filme extremamente lento, confuso, com situações bizarras e personagens irritantes.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

A Última Onda & A Longa Caminhada


A Última Onda (The Last Wave, Austrália, 1977) – Nota 6,5
Direção – Peter Weir
Elenco – Richard Chamberlaind, Olivia Hamnettt, David Gulpilil, Nandjiwarra Amagula.

David Burton (Richard Chamberlaind) é um advogado tributarista que aceita atuar em um caso criminal. Cinco jovens aborígenes são acusados de assassinar outro rapaz após uma briga da bar. Além do complicado caso, David sofre com pesadelos em que vê um dos aborígenes (David Gulpilil) tentando passar uma mensagem importante. 

O diretor australiano Peter Weir fez uma bela carreira em Hollywood com sucessos como “A Testemunha”, “Sociedade dos Poetas Mortos” e “O Show de Truman”. Antes disso, Weir comandou ótimos filmes em seu pais natal, como “Piquenique na Montanha Misteriosa” e “Gallipoli”. 

Este “A Última Onda” apresenta uma trama jurídica policial misturando o misticismo e as tradições aborígenes com pitadas de ficção. Hoje o filme envelheceu um pouco na narrativa irregular e nos efeitos especiais rudimentares. Os avisos que o protagonista vivido por Richard Chamberlaind recebem são curiosos, porém a surpresa final é algo esperado.

A Longa Caminhada (Walkabout, Inglaterra / Austrália / EUA, 1971) – Nota 5,5
Direção – Nicolas Roeg
Elenco – Jenny Agutter, David Gulpilil, Luc Roeg, John Meillon.

Uma situação trágica leva uma adolescente (Jenny Agutter) e seu irmão menor (Luc Roeg) a ficarem perdidos no meio do deserto australiano. Eles cruzam o caminho de um jovem aborígene (David Gulpilil), que não fala inglês, mas conhece a vida e sabe como sobreviver no deserto. É o início de uma saga dos irmãos para voltarem à cidade. 

Este longa que é considerado cult tem como maior destaque a belíssima fotografia que explora a imensidão e os perigos do deserto na Austrália. Os primeiros vinte minutos são ótimos, até o momento em que as crianças ficam isoladas. A partir daí a narrativa se torna lenta, passando a impressão de que a ideia do diretor inglês Nicolas Roeg era criar uma experiência visual sem preocupações com a trama ou o ritmo. 

Vale citar que Jenny Agutter seguiu em carreira em alguns filmes ingleses nos anos oitenta e o garotinho Luc Roeg, que é filho do diretor, hoje trabalha atrás das câmeras. A curiosidade é a presença do aborígene verdadeiro David Gulpilil, então um adolescente, que depois fez longa carreira no cinema australiano, tendo trabalhado em em filmes famosos como “Crocodilo Dundee” e “Austrália”.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Coringa: Delírio a Dois

 


Coringa: Delírio a Dois (Joker: Folie à Deux, EUA / Canadá, 2024) – Nota 5,5
Direção – Todd Phillips
Elenco – Joaquin Phoenix, Lady Gaga, Brendan Gleeson, Catherine Keener, Zazie Beetz, Steve Coogan, Harry Lawley, Leigh Gill, Ken Leung, Jacob Lofland, Bill Smitrovich, Connor Storrie.

Dois anos após cometer vários assassinatos, Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) está preso em uma instituição psiquiátrica para criminosos e prestes a ser julgado. O seu alter ego do Coringa que estava adormecido volta à tona ao conhecer Lee (Lady Gaga), que está internada em uma ala de menor segurança no mesmo local. Arthur sonha em ser amado por Lee e conseguir escapar da condenação. 

A escolha do diretor Todd Phillips em transformar este longa em um musical, talvez pela famosa sequência do primeiro filme em que o personagem de Joaquin Phoenix dança na escadaria, resultou em uma obra totalmente estranha. 

As várias sequências musicais que simbolizam as fantasias do protagonista são extremamente dark, até mesmo aqueles em que demonstra o amor pela personagem de Lady Gaga. São sequências que não agradam ao público que gosta dos musicais populares e nem aqueles que gostariam de um filme denso, porém com um propósito mais forte como o original. 

Esta escolha transformou o protagonista em um apaixonado ingênuo, que regrediu ao sofrimento do início do filme anterior, deixando de lado o Coringa cínico e assustador que aparece somente em alguns momentos pálidos no tribunal. 

A atuação de Joaquin Phoenix novamente é assustadora, mas infelizmente desta vez a sensação é de um filme que tomou um rumo completamente errado.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

They Called Him Mostly Harmless

 


They Called Him Mostly Harmless (They Called Him Mostly Harmless, EUA, 2024) – Nota 6,5
Direção – Patricia E. Gillespie
Documentário

Em 2020, o corpo de um desconhecido é encontrado em uma barraca de camping em uma trilha numa região isolada na Flórida. Extremamente magro, sem indícios de violência e sem documento algum de identificação, a morte intrigou a polícia. 

A notícia do caso se espalhou e diversas pessoas praticantes de trilha surgiram nas redes sociais com fotos ao lado do sujeito em locais diferentes, a maioria na famosa trilha dos Apalaches. É o início de uma investigação oficial e também de outras paralelas com pessoas comuns tentando descobrir a identidade do sujeito. 

O formato do documentário é básico, intercalando entrevistas com as pessoas que cruzaram o caminho do homem nas trilhas, além de um policial e um jornalista que detalham as pistas que foram surgindo, em sua maioria falsas. 

O doc também coloca em discussão a questão dos investigadores amadores que junto com curiosos nas redes sociais podem juntar pistas falsas e levar a história em direção de pessoas que não tem ligação alguma com o caso. 

O resultado é uma história incomum e bem detalhada, que mesmo não chegando a todas as respostas, deixa a mensagem de que as aparências enganam.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Gestapo

 


Gestapo (Night Train to Munich, Inglaterra / EUA, 1940) – Nota 7
Direção – Carol Reed
Elenco – Rex Harrison, Margareth Lockwood, Paul Henreid, Basil Radford, Nauton Wayne, James Harcourt.

Em setembro de 1939, após a Alemanha invadir a Tchecoslováquia, os nazistas sequestram um cientista (James Harcourt) que teria criado um tipo de blindagem altamente resistente. Para resgatar o sujeito e também sua filha (Margareth Lockwood), o governo inglês utiliza um espião (Rex Harrison) que terá de se infiltrar entre os oficiais nazistas. 

Este agitado e competente drama foi produzido em meio ao esforço de estúdios e diretores em mostrar ao público uma propaganda de guerra contra os nazistas. Mesmo com algumas sequências forçadas e as limitações técnicas da época, o longa ganha pontos pela trama envolvente cheia de reviravoltas, o alívio cômico da dupla inglesa Basil Radford e Naunton Wayne, além da criativa sequência final. Como curiosidade, a dupla de atores citada trabalhou junto em mais de dez filmes, sempre interpretando personagens semelhantes em diálogos recheados com o típico humor britânico.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

O Baile dos Bombeiros

 


O Baile dos Bombeiros (Horzhí, má Panenko, Tchecoslováquia / Itália, 1967) – Nota 7,5
Direção – Milos Forman
Elenco – Josef Sebanek, Jan Vostrcil, Josef Valnoha, Frantisek Debelka, Josef Rehorek.

Um grupo de bombeiros aposentados organiza uma festa para comemorar os oitenta e seis anos do presidente da companhia que está doente. O desejo de fazer algo perfeito cria conflitos e uma série de situações absurdas que terminam por deixar o homenageado em segundo plano. 

Esta divertida comédia de humor negro com pitadas de drama foi o último trabalho do diretor Milos Forman em seu país natal antes de migrar para os EUA e comandar uma série de grandes filmes como “Amadeus”, “Um Estranho no Ninho” e “O Mundo de Andy”. 

Além de fazer o espectador rir com algumas situações patéticas, o roteiro escrito por Forman explora também as fraquezas do ser humano. Os presentes que desaparecem, as discussões sem sentido entre os veteranos bombeiros, o bizarro concurso de beleza e a falta de solidariedade em prol do desejo pessoal fazem parte do menu. 

As duas cínicas sequências no final também mostram que existem pessoas que colocam o bom senso a frente do egoísmo. Uma pessoa fala verdades que ninguém tem coragem e uma outra se cala para agradecer. 

É um filme indicado para quem curte pérolas escondidas nos “porões” do cinema.

domingo, 13 de outubro de 2024

Nove Desconhecidos

 


Nove Desconhecidos (Nine Perfect Strangers, EUA, 2021) – Nota 6
Direção – Jonathan Levine & Anthony Byrne
Elenco – Nicole Kidman, Melissa McCarthy, Michael Shannon, Bobby Cannavale, Luke Evans. Asher Keddie, Regina Hall, Samara Weaving, Melvin Gregg, Tiffany Boone, Manny Jacinto, Grace Van Patten, Hal Cumpston, Ben Falcone.

Nove pessoas viajam para um spa comandado pela misteriosa guru Masha (Nicole Kidman). Em busca de respostas para seus problemas e uma transformação de vida, o grupo não esperava enfrentar as estranhas técnicas utilizadas por Masha, que parece esconder algo.

Esta minissérie em oito episódios baseado em um best seller começa passando a impressão de ser uma sátira aos gurus de autoajuda e as terapias modernas incomuns. Conforme a trama avança, o roteiro intercala os dramas clichês de cada personagem com uma série de ameaças contra a protagonista. 

Todos os personagens são estereótipos. A autora do livro pegou vários tipos de dramas comuns no cinema e criou a história, provavelmente já pensando em vender os direitos. O roteiro adaptado por David E. Kelley tem a cara de seus trabalhos anteriores, como o recente “Big Little Lies” também com Nicole Kidman e antigos como “Aly McBeal” e “Picket Fences”. 

No elenco eu destacaria o sempre ótimo Michael Shannon, que tem o melhor personagem e Regina Hall com suas variações de temperamento. É curioso ver a comediante Melissa McCarthy, que quase sempre interpreta personagens histriônicos, em um papel sério. 

Finalizando, são oito episódios com situações que se alongam mais do que deveriam. Em no máximo quatro a série seria mais interessante.

sábado, 12 de outubro de 2024

Os Boas Vidas

 

Os Boas Vidas (I Vitelloni, Itália / França, 1953) – Nota 9
Direção – Federico Fellini
Elenco – Fausto Fabrizi, Alberto Sordi, Franco Interlenghi, Leopoldo Trieste, Riccardo Fellini, Leonora Rulfo, Jean Brochard, Claude Farell, Carlo Romano, Enrico Viarisio.

Em pequena cidade italiana, cinco amigos beirando os trinta anos de idade ainda levam a vida como adolescentes, curtindo festas e noitadas. Quando um deles (Fausto Fabrizi) é obrigado a casar por ter engravidado a irmã de um dos amigos, os problemas vida adulta começam a afetar a todos. 

Este clássico dirigido por Fellini ainda continua atual ao mostrar como muitos jovens demoram para encontrar um caminho na vida. Os cinco amigos tem diferentes personalidades, mas todos são imaturos e cada um sofre com um problema familiar específico. 

Usando uma expressão atual, o roteiro de Fellini detalha o período em que eles sofrem um “choque de realidade” e precisam tomar decisões que sempre adiaram. 

O filme intercala drama, comédia nos divertidos diálogos e até mesmo uma sensacional sequência em um baile de carnaval. Quem conhece Fellini já sabe o que esperar. Para quem não conhece, esta obra é uma ótima opção para se aventurar nos trabalhos do diretor.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Longlegs - Vínculo Mortal

 


Longlegs – Vínculo Mortal (Longlegs, Canadá, EUA, 2024) – Nota 6,5
Direção – Osgood Perkins
Elenco – Maika Monroe, Nicolas Cage, Blair Underwood, Alicia Witt, Michelle Choi Lee, Carmel Amit.

Lee Harker (Maika Monroe) é uma agente do FBI que se depara com o sinistro caso de um assassino em série. Durante a investigação, pistas vem à tona ligando o psicopata ao passado da agente. 

Este estranho longa policial é mais um trabalho bizarro de Nicolas Cage. O filme não é ruim, mas o personagem de Cage é um dos mais estranhos dos últimos anos. Sua motivação e as respostas para os crimes levam a algo ainda mais louco. 

A bizarrice, o clima de tragédia e a narrativa que lembram os filmes de terror B dos anos setenta são acertos que tentam copiar também o sucesso da trilogia “X” de Ti West. Por outro lado, os primeiros quarenta minutos são arrastados, deixando a narrativa irregular. 

E a atuação apática de Maika Monroe, mesmo estando de acordo com sua personagem, passa a sensação de vazio e desconforto que tira qualquer empatia que o espectador teria por ela. O filme tinha potencial para ser melhor, mas entendo a escolha do diretor em focar no incomum.

Império do Crime

 


Império do Crime (Mobsters, EUA, 1991) – Nota 7
Direção – Michael Karbelnikoff
Elenco – Christian Slater, Patrick Dempsey, Richard Grieco, Costas Mandylor, Michael Gambon, Anthony Quinn, F. Murray Abraham, Lara Flynn Boyle, Chris Penn, Fyvush, Finkel, Seymour Cassel, Nicholas Sadler, Robert Z’Dar, Joe Viterelli, Titus Welliver.

Little Italy, Nova York, 1917. Os jovens delinquentes italianos Lucky Luciano (Christian Slater) e Frank Costello (Costas Mandylor) iniciam uma amizade com os judeus Meyer Lansky (Patrick Dempsey) e Bugsy Siegel (Richard Grieco). 

Com os passar dos anos, eles ganham força nas ruas e aos poucos crescem na hierarquia da Máfia Italiana, criando laços e também conflitos com os chefões Don Faranzano (Michael Gambon) e Don Masseria (Anthony Quinn). 

Este interessante longa detalha de forma romantizada a juventude e o início de “carreira” dos quatro famosos mafiosos que deixaram seus nomes marcados no mundo do crime. O roteiro tem uma trama repleta da traições e vinganças em que o diretor Michael Karbelnikoff explora com várias sequências de violência. 

As presenças dos ótimos Michael Gambon e Anthony Quinn dão suporte ao quarteto de jovens astros em ascensão na época. Christian Slater que narra a história em off era o mais famoso e com maior potencial, enquanto Patrick Dempsey era um astro adolescente por causa de uma sequências de comédias de sucesso. Os dois até hoje tem carreiras consolidadas, mesmo não estando no primeiro time de Hollywood. Enquanto Richard Grieco que tinha uma certa fama por seu papel na série “Anjos da Lei” (“21 Jump Street) e Costas Mandylor se tornaram atores de filmes B

Dancer, Texas, Texano por Acidente e Happy, Texas

 


Dancer, Texas (Dancer, Texas Pop. 81, EUA 1998) – Nota 7
Direção – Tim McCanlies
Elenco – Breckin Meyer, Peter Facinelli, Ethan Embry, Eddie Mills, Patricia Wettig, Eddie Jones, Wayne Tippit, Michael O’Neil, Keith Szarabajka

Na última semana antes da formatura no colégio, quatro amigos que vivem em uma pequena cidade do Texas com apenas oitenta e um habitantes planejam se mudar. Durante aquela semana, eles precisam resolver pendências, lidar com amigos, familiares e moradores que não desejam que eles saiam da cidade. 

Este simpático longa de baixo orçamento escrito e dirigido por Tim McCanlies capta a vida lenta de uma pequena cidade e a difícil decisão que jovens precisam tomar entre aceitar a monotonia de uma vida interiorana ou arriscar a sorte em uma cidade grande em busca de seus sonhos. 

Estes temas são detalhados de forma sensível e divertida, criando uma enorme empatia entre os personagens e o espectador. É bom filme que merece ser descoberto.

Texano por Acidente (Accidental Texan, EUA, 2023) – Nota 5,5
Direção – Mark Lambert Bristol
Elenco – Thomas Haden Church, Rudy Pankow, Carrie Anne Moss, Bruce Dern, AnnaClaire Hicks, Don Block, Brad Leland.

Erwin (Rudy Pankow) é um ator que desperdiça a chance de protagonizar um longa após um bizarro acidente nas filmagens. Na volta para casa, seu carro sofre uma pane em uma pequena cidade do Texas, local onde a vida corre bem mais devagar. Ele cruza o caminho de Merle (Thomas Haden Church), um perfurador de petróleo que também passa por uma crise profissional. O destino leva os dois a se unirem em um objetivo. 

A mistura de drama e comédia explorada pelo roteiro segue o formato comum de centenas de filmes do gênero. O roteiro é bastante previsível, os vilões são incompetentes e algumas situações são forçadas. O filme ganha alguns pontos pela atuação de Thomas Haden Church, que faz o sujeito cínico de bom coração. 

Vale citar que a premissa da celebridade presa em uma pequena cidade após um problema no carro é semelhante a “Dr. Hollywood: Uma Receita de Amor” protagonizado por Michael J. Fox no início dos anos noventa.

Happy, Texas (Happy, Texas, 1999) – Nota 5,5
Direção – Mark Illsley
Elenco – Jeremy Northam, Steve Zahn, Ally Walker, William H. Macy, Illeana Douglas, M. C. Gainey, Paul Dooley, Ron Perlman, Mo Gaffney

Dois criminosos (Jeremy Northam e Steve Zahn) fogem de uma prisão e chegam até a pequena cidade de Happy no Texas. Confundidos com preparadores de garotas para concursos de beleza, eles abraçam a ideia e assumem as identidades como sendo um casal. É o início de uma série de confusões. 

Esta comédia flerta várias vezes com o besteirol utilizando a questão da troca de identidades paras criar uma série de piadas. Em meio aos altos e baixos, os destaques ficam para interpretações de Steve Zahn e William H. Macy, este segundo vivendo um policial.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Insurreição

 

Insurreição (Uprising, EUA, 2001) – Nota 8
Direção – Jon Avnet
Elenco – Leelee Sobieski, Hank Azaria, David Schwimmer, Jon Voight, Donald Sutherland, Stephen Moyer, Sadie Frost, Radha Mitchell, Mili Avital, Eric Lively, Alexandra Holden, Andy Nyman, Cary Elwes, Jesper Christensen.

Após invadir a Polônia em 1939, o exército nazista divide a cidade criando um gueto para aprisonar os judeus. Quando as famílias começam a ser levadas para os campos de concentração, um grupo de judeus percebe que dificilmente irão sobreviver se não reagirem. Eles organizam uma resistência para enfrentar os nazistas. 

Este longa produzido para a tv com três horas de duração detalha a história real de como este grupo de judeus poloneses enfrentou bravamente os soldados nazistas, colocando a honra de lutar acima de tudo. 

A narrativa detalha desde as tentativas de negociação nos primeiros meses em que o líder do gueto vivido por Donald Sutherland tenta minimizar a tragédia, passando pela escalada de violência com a remoção das pessoas, até a explosão do combate quando a resistência consegue reunir armas e pessoas para revidar. 

O filme intercala com competência os momentos dramáticos, outros de suspense e a hora final em que as sequências de ação se tornam o ponto principal. Para quem gosta de histórias sobre a Segunda Guerra, este esquecido longa é uma ótima opção.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Homens de Ouro

 


Homens de Ouro (Gli Uomini D'oro, Itália, 2019) – Nota 7
Direção – Vincenzo Alfieri
Elenco – Fabio de Luigi, Gaimpaolo Morelli, Edoardo Leo, Giuseppe Ragone, Mariela Garriga, Matilde Gioli, Susy Laude, Gianmarco Tognazzi.

Turim, Itália, 1995. Luigi (Giampaolo Morelli) é um motorista de carro-forte dos correios que está frustrado por sua aposentadoria ter sido adiada por causa de uma mudança na lei. Sonhando em viver nas praias da Costa Rica, ele consegue convencer dois colegas (Fabio de Luigi e Giuseppe Ragone) a roubarem o dinheiro que transportam para a empresa. 

Este longa inspirado em uma história real prende a atenção pela criativa montagem que divide a narrativa em três capítulos, entregando aos poucos detalhes e motivações de cada personagem para o crime. 

O filme tem algumas boas sequências de suspense, pitadas de violência e uma ótima trilha sonora com músicas pop da época. A história em si tem reviravoltas e surpresas, inclusive em relação ao destino dos personagens. 

Como curiosidade, o título “Homens de Ouro” se refere a uma espécie de gíria sobre roubo cometido sem violência.

domingo, 6 de outubro de 2024

Luta Pela Liberdade

 


Luta Pela Liberdade (Xuan Ya Zhi Shang, China / Hong Kong, 2021) – Nota 7
Direção – Zhang Yimou & Jieqiong Zhuang
Elenco – Yu Hewei, Zhng Yi, Qin Hailu, Liu Haocun, Zhu Yawen, Li Naiwen.

China, início dos anos 1930. Em uma região chinesa dominada pelo exército japonês, quatro agentes secretos comunistas treinados na União Soviética tem a missão de resgatar um revolucionário que deseja mostrar para o mundo a opressão sofrida pelos chineses. 

O diretor Zhang Yimou, famoso por longas como “Lanternas Vermelhas” e “Herói” aqui se aventurou em uma trama fictícia de espionagem com um pano de fundo real em relação a invasão japonesa no território chinês. 

O roteiro é repleto de reviravoltas e traições, com boas sequências de ação, uma ótima reconstituição de época e personagens bem desenvolvidos. O filme perde alguns pontos pela narrativa irregular e algumas soluções um pouco forçadas. 

A triste curiosidade em relação a história é que o filme claramente foi produzido como uma espécie de homenagem aos que lutaram na Revolução Chinesa, não levando em conta que o resultado foi a implantação de uma ditadura ainda pior. 

No geral é um bom filme para quem não se importar com a questão ideológica e gostar de tramas de espionagem.

sábado, 5 de outubro de 2024

Beneath a Sea of Lights

 


Beneath a Sea of Lights (Beneath a Sea of Lights, Emirados Árabes Unidos, 2020) – Nota 6,5
Direção – Neel Kumar
Elenco – Barkhad Abdi, Jim Sarbh, Jameel Khan, Meghana Mundkur.

O somaliano Caweys (Barkhad Abdi) trabalha em Dubai com manutenção de painéis de publicidade. Sonhando com uma vida melhor e com mais dinheiro para ajudar a mãe que precisa de tratamento em seu país natal, ele se deixa levar por um novo amigo (Jim Sarbh) que vive de pequenos golpes. 

Este interessante longa é muito mais sobre sonhos, escolhas e ganância do que imigração. O envolvimento com o criminoso é uma escolha, pois a vida que o protagonista leva em Dubai é simples, mas longe de ser sofrida. 

Em várias sequências o destaque fica para a belíssima fotografia noturna da cidade de Dubai e em outros momentos o luxo de um hotel, um shopping e dos automóveis. O filme tem um bom ritmo e sequências de suspense bem filmadas, principalmente a do aeroporto.

Vale citar que o ator Barkhard Abdi, que trabalhou em filmes como “Capitão Phillips” e “Blade Runner 2049”, tem aqui seu primeiro papel como protagonista.

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Zero Kelvin

 


Zero Kelvin – Sem Limites (Kjaelighetens Kjøtere, Noruega / Suécia, 1995) – Nota 7,5
Direção – Hans Peter Moland
Elenco – Stellan Skarsgard, Gard B. Eidsvold, Bjorn Sundquist, Camille Martens.

Noruega, década de 1920. O jovem aspirante a poeta Larsen (Gard B. Eidsvold) decide aceitar um emprego para passar um ano na gélida e inóspita Groenlândia. Ao lado de um bruto caçador (Stellan Skarsgard) e de um cientista pesquisador (Bjorn Sunndquist), Larsen descobrirá a dureza da vida na região e a solidão que logo se transformará numa conflituosa relação entre o trio. 

Este foi o primeiro dos cinco longas da parceria entre o astro Stellan Skarsgard e o diretor Hans Peter Molland, sendo também o mais cru em relação as belíssimas locações e aos personagens. Desde o início fica claro que as diferenças entre os personagens será o estopim de um conflito que é desenvolvido como um estudo sobre solidão e frustrações. 

Se os personagens de Eisdvold e Sundquist não comprometem, o destaque fica para o perturbado caçador de Stellan Skarsgard, que mesmo tendo até uma explicação simples para seu comportamento, entrega uma interpretação visceral. 

É um daqueles filmes em que o espectador pode “sentir” o frio intenso apenas vendo gelo e neve por todos os lados.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

O Plano

 


O Plano (El Plan, Espanha, 2019) – Nota 6,5
Direção – Polo Menarguez
Elenco – Antonio de la Torre, Raul Arévalo, Chema de Barco.

Três amigos se encontram no apartamento de um deles. Eles tem um plano que jamais é detalhado para o público. O problema é que várias situações levam o trio a ficar no local. Enquanto tentam resolver a situação, eles discutem sobre assuntos aleatórios que aos poucos criam conflitos. 

Este curioso longa espanhol mistura drama e comédia para detalhar a vida de três sujeitos de meia-idade que parecem perdidos na vida. Além dos criativos diálogos, o roteiro acerta em esconder o plano do público, revelando apenas na cínica sequência final. Mesmo com uma narrativa um pouco irregular a algumas escolhas que podem frustrar quem deseja ação, este longa é um interessante passatempo.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Lake City & A Luta de Harlan

 

Lake City (Lake City, EUA, 2008) - Nota 6
Direção – Hunter Hill & Perry Moore
Elenco – Sissy Spacek, Troy Garity, Rebecca Romijn, David Carradine, Dave Matthews, Colin Ford, Barry Corbin, Drea de Matteo, Jeff Wincott.

Após alguns anos longe de casa, Billy (Troy Garity) volta para a fazenda da mãe Maggie (Sissy Spacek) levando um garotinho (Colin Ford). Na verdade, Billy está fugindo de mafiosos que desejam recuperar drogas roubadas pela mãe do garoto que desapareceu. 

Este longa tem uma premissa e um desenvolvimento bastante previsível. O drama na relação entre mãe e filho, o garotinho sem mãe e a questão policial dos traficantes em busca do produto são situações comuns ao gênero. O destaque fica para a sempre competente Sissy Spacek e as locações na pequena cidade.

A Luta de Harlan (Harlan County War, EUA, 2000) – Nota 5,5
Direção – Tony Bill
Elenco – Holly Hunter, Stellan Skarsgard, Ted Levine, Wayne Robson, Alex House, Charlotte Arnold.

Em 1973, no Condado de Harlan no Kentucky, trabalhadores de uma mina de carvão entraram em greve exigindo melhores condições e assistência médica com apoio de um sindicato. A greve que durou um ano impactou a vida de diversas famílias do local, intercalando protestos pacíficos com conflitos mais violentos entre grevistas e seguranças da empresa proprietária da mina. 

Esta produção para a tv tenta detalhar o ocorrido colocando o foco em uma família em que o patriarca doente (Wayne Robson), a filha (Holly Hunter) e o marido dela (Ted Levine) se unem a linha de frente da greve ao lado de um sindicalista (Stellan Skarsgard). 

Por mais que seja uma história forte, o filme tem uma narrativa bastante irregular com pulos no tempo e várias situações resolvidas de forma rasa. O destaque fica para a atuação de Holly Hunter com um forte sotaque sulista.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Elyse – A Coragem Vem do Coração

 


Elyse – A Coragem Vem do Coração (Elyse, EUA, 2020) – Nota 4,5
Direção – Stella Hopkins
Elenco – Anthony Hopkins, Lisa Pepper, Aaron Tucker, Tara Arroyave.

Elyse (Lisa Pepper) parece ter uma vida perfeita morando em uma belíssima casa com o marido que é advogado (Aaron Tucker). Logo percebemos que ela sofre com algum distúrbio que a faz andar pela cidade sem rumo e ter discussões constantes com o marido. A escalada de loucura a leva uma ponto quase sem saída. 

Este estranho drama sobre saúde mental é a estreia e até agora único filme como diretora de Stella Hopkins, esposa do grande ator Anthony Hopkins. E essa é a única explicação para a presença do ator interpretando o psiquiatra da protagonista. 

As atuações do elenco são sofríveis, quase amadoras, a narrativa entrecortada com passado e presente e a fotografia opaca resultam em um filme quase experimental. O teor da trama parece d    os dramas produzidos para a tv, estilo Hallmark.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

As 24 Horas de Le Mans

 


As 24 Horas de Le Mans (Le Mans, EUA, 1971) – Nota 5,5
Direção – Lee H. Katzin & John Sturges
Elenco – Steve McQueen, Siegfried Rauch, Elga Andersen, Ronald Leigh Hunt, Fred Haltiner.

A famosa corrida de 24 horas em Le Mans na França é palco para a disputa entre duas equipes. Uma tem como piloto principal o americano Michael Delaney (Steve McQueen), que carrega o trauma de violento acidente, enquanto a outra é liderada pelo alemão Eric Stahler (Siegfried Rauch). 

Este longa foi um dos poucos fracassos na carreira do astro Steve McQueen. O diretor original era o ótimo John Sturges, que havia trabalhado com McQueen nos clássicos “Sete Homens e um Destino” e “Fugindo do Inferno”, porém os dois entraram em conflito durante as filmagens. 

Sturges se afastou e a direção passou para o fraco Lee H. Katzin, que junto com McQueen decidiu seguir um estilo documental misturando sequências reais das corridas em Le Mans, com outras de batidas e acidentes. 

O problema é que fora isso, a história praticamente não existe, até mesmo o trauma que o protagonista carrega é desenvolvido de forma rasa. Hoje é um filme que vale apenas como curiosidade.

domingo, 29 de setembro de 2024

Terminal Sul - Luta Pela Liberdade

 


Terminal Sul – Luta Pela Liberdade (Terminal Sud, França / Argélia, 2021) – Nota 6
Direção – Rabah Ameur Zaimeche
Elenco – Ramzy Bedia, Amel Brahim Djelloul, Slimane Dazi, Salim Ameur Zaimeche.

Em um país não identificado, mas provavelmente a Argélia que foi colônia francesa, um médico (Ramzy Bedia) tenta se manter neutro em meio a violenta disputa entre um grupo paramilitar e a polícia corrupta, situação que resulta em sequestros e execuções de civis. 

Este drama com várias sequências de violência explora as consequências das atitudes de um governo corrupto e ditatorial em meio a grupos brigando pelo poder. A ideia é mostrar que se torna quase impossível não tomar um lado em uma situação como essa. Se tentar ficar neutro, pode se tornar alvo dos dois lados. 

É uma pena que a narrativa seja fragmentada com sequências que ao mesmo tempo que mostram a violência, também parecem aleatórias. Essa escolha deixa o filme irregular, junto com outras mais lentas como a do ritual no funeral. 

É um filme interessante, mas que poderia ter sido melhor desenvolvido.

sábado, 28 de setembro de 2024

Val

 


Val (Val, EUA, 2021) – Nota 7,5
Direção – Ting Poo & Leo Scott
Documentário

Desde a adolescência, ainda antes de se tornar ator, Val Kilmer filmou centenas de momentos de sua vida e posteriormente de sua carreira. Após enfrentar um terrível câncer e praticamente perder a voz, ele decidiu utilizar estas filmagens para contar sua vida neste sensível documentário. 

Visto pela mundo do cinema como um ator talentoso, detalhista e problemático, sua carreira teve altos e baixos com diversos conflitos, principalmente com diretores. 

O caso mais notório que o próprio Kilmer insere neste documentário é o da bizarra produção de “A Ilha do Dr. Moreau’, em que ele e Marlon Brando praticamente enlouqueceram o diretor Richard Stanley, que abandonou as filmagens e posteriormente tiraram do sério até mesmo o experiente John Frankenheimer, diretor de grandes sucessos que aqui não conseguiu colocar a casa em ordem. 

O documentário mostra muito do lado pessoal do ator, principalmente sua relação com os filhos. Ele mora ao lado da filha Mercedes e também é muito próximo de Jack Kilmer, que também é ator e narra o documentário utilizando um texto escrito pelo pai. 

É um documentário que vale ser visto para conhecer um pouco do astro fora das telas e como um destino cruel e inesperado mudou totalmente o rumo de sua vida.

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Haxan – A Feitiçaria Através dos Tempos

 


Haxan – A Feitiçaria Através dos Tempos (Haxan, Suécia / Dinamarca, 1922) – Nota 7,5
Direção – Benjamin Christensen
Documentário

Escrito e dirigido pelo sueco Benjamin Christensen há mais de cem anos, este documentário detalha a evolução das crenças na feitiçaria desde os primórdios da civilização até o tratamento da histeria no final do século XIX e inicio do XX. 

Na primeira parte o diretor utiliza desenhos antigos que simbolizam os demônios e o inferno, que eram associados a males e doenças. Nos capítulos seguintes são encenações mostrando situações que eram consideradas bruxarias em épocas diferentes. 

O conteúdo gráfico explícito para a época levou o documentário a ser proibido nos EUA, tendo sido restaurado anos depois e se transformando em um cult histórico.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Inferno na Ilha

 


Inferno na Ilha (Kongen av Bastoy, Noruega / França / Suécia / Polônia, 2010) – Nota 7,5
Direção – Marius Holst
Elenco – Benjamin Helstad, Trond Nilssen, Stellan Skargard, Kristoffer Joner, Magnus Langlet.

Noruega, 1915. Uma ilha é utilizada como reformatório para jovens considerados problemáticos. Comandados com mão de ferro pelo diretor (Stellan Skargard), a situação começa a sair do controle quando o adolescente rebelde Earling (Benjamin Helstad) passa a questionar os maus tratos sofridos pelos garotos. 

Este longa é baseado em uma história real sobre um local que funcionou como reformatório por quase cinquenta anos. Os duros castigos, as ordens baseadas no terror, funcionários violentos e o clima gelado transformavam o local em um inferno. 

O grande acerto do roteiro é criar uma tensão crescente que se torna insustentável após uma determinada situação. Destaque para as atuações dos garotos, do sempre competente Stellan Skarsgard e do hoje astro norueguês Kristoffer Joner que interpreta um funcionário sádico.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Um Cara Muito Baratinado & O Substituto

 

Um Cara Muito Baratinado (My Favorite Year, EUA, 1982) - Nota 7
Direção – Richard Benjamin
Elenco – Peter O’Toole, Mark Lynn Baker, Jessica Harper, Lou Jacobi, Cameron Mitchell, Joseph Bologna, Lainie Kazan, Anne DeSalvo, George Wyner.

Em 1954, a televisão ainda era uma novidade e os programas eram ao vivo. Neste contexto, o ator decadente e alcoólatra Alan Swann (Peter O’Toole) é apoiado por um jovem roteirista de comédias (Mark Lynn Baker) para tentar se manter sóbrio em alguns momentos para não estragar o programa para qual foi contratado. 

Este esquecido longa tem uma história que vai além da comédia e que rendeu uma das oito indicações ao Oscar do astro irlandês Peter O’Toole, que jamais venceu por sinal, recebendo somente um prêmio pela carreira em 2003. 

O filme intercala sequências patéticas com o protagonista bêbado, com outras dramáticas como a que ele não consegue encarar a filha com quem não conversa há anos. 

Além de O’Toole, vale destacar a atuação de Mark Lynn Baker em de seus poucos papéis no cinema antes de ficar conhecido pela sitcom “Perfect Strangers”, batizada por aqui como “Primo Cruzado”.

O Substituto (The Stunt Man, EUA, 1980) – Nota 7
Direção – Richard Rush
Elenco – Peter O’Toole, Steve Railsback, Barbara Carrera, Allen Garfield, Alex Rocco, Sharon Farrell.

Cameron (Steve Railsback) é um veterano do Vietnã procurado pela polícia que termina causando a morte de um dublê. O diretor do filme que estava sendo rodado (Peter O’Toole) sabe do ocorrido, mas aceita não contar para os policiais e ainda contrata Cameron para substituir a vítima. O que Cameron não esperava é que o diretor criaria sequências cada vez mais perigosas para ele atuar como dublê. 

O diretor Richard Rush lutou por quase uma década para conseguir filmar a história e depois ainda esperou dois anos para o longa ser lançado nos cinemas. Histórias sobre veteranos do Vietnã nos anos setenta ainda eram vistas com receio pelos estúdios, algo que foi mudando aos poucos até a explosão com dezenas de filmes sobre o tema nos anos oitenta.

O destaque deste longa fica para a complexa relação de poder entre o diretor autoritário e o criminoso dublê que precisa aceitar as situações para não ser preso. A ótima atuação de Peter O’Toole rendeu aqui mais uma indicação ao Oscar.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Rebelião em Alto Mar

 


Rebelião em Alto Mar (The Bounty, Inglaterra / EUA / Nova Zelândia, 1984) – Nota 7
Direção – Roger Donaldson
Elenco – Mel Gibson, Anthony Hopkins, Laurence Olivier, Daniel Day Lewis, Edward Fox, Liam Neeson, Bernard Hill, Phil Davies, Dexter Fletcher.

No século XIX, o navio inglês Bounty viaja até o Taiti com o objetivo de buscar plantas e especiarias. Durante a jornada, o tenente William Bligh (Anthony Hopkins) se mostra um oficial cruel, que exige uma disciplina rígida e cria punições cada vez mais severas para os marinheiros. Conforme a tensão aumenta, Fletcher Christian (Mel Gibson), que é o terceiro em comando inicia um motim que poderá resultar na pena de morte ao voltar para a Inglaterra. 

A mesma história foi filmada com o título “O Grande Motim” em 1935 com Clark Gable e Charles Laughton e em 1962 com Marlon Brando e Trevor Howard. Esta versão tem o mesmo nível das anteriores, porém com o plus do sensacional elenco de astros britânicos. Além Hopkins e do australiano Mel Gibson, temos o então veteraníssimo Laurence Olivier e nomes em ascensão na época como Daniel Day Lewis, Liam Neeson e Edward Fox, além de um adolescente Dexter Fletcher, que hoje é diretor.

domingo, 22 de setembro de 2024

Os Provocadores

 


Os Provocadores (The Instigators, EUA, 2024) – Nota 7
Direção – Doug Liman
Elenco – Matt Damon, Casey Affleck, Hong Chau, Michael Stuhlbarg, Alfred Molina, Ron Perlman, Toby Jones, Jack Harlow, André De Shields, Ronnie Cho.

Rory (Matt Damon) é um soldado veterano que precisa de dinheiro para pagar uma dívida com o filho e a ex-esposa. Cobby (Casey Affleck) é um ex-presidiário sem perspectivas na vida. Eles aceitam participar de um assalto que termina mal e os colocam como alvos de outros criminosos. 

Este divertido longa de ação comandado por Doug Liman segue a linha das obras do diretor. São sequências de ação com pitadas de comédia, diálogos cínicos, muitos deles com o personagem de Casey Affleck e um ótimo elenco de coadjuvantes como Hong Chau, Ron Perlman e Alfred Molina. 

É o tipo de diversão descompromissada que agradará quem curte o gênero.

sábado, 21 de setembro de 2024

Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Bettlejuice

 


Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice (Beetlejuice Beetlejuice, EUA / França, 2014) – Nota 7,5
Direção – Tim Burton
Elenco – Michael Keaton, Winona Ryder, Catherine O’Hara, Jenna Ortega, Justin Theroux, Willem Dafoe, Monica Bellucci, Arthur Conti, Burn Gorman, Danny DeVito, Santiago Cabrera, Sami Slimane.

A sensitiva Lydia Deetz (Winona Ryder) é apresentadora de um programa de terror na tv. Quando ela começa a ver novamente o fantasma Beetlejuice (Michael Keaton) e em paralelo sua filha Astrid (Jenna Ortega) se deixa levar por uma situação. Lydia e sua mãe Delia (Caherine O’Hara) voltam para a antiga casa que viveram anos atrás em busca de respostas. 

Mesmo sendo inferior, esta sequência do clássico de 1988 é divertida, muito pelos personagens carismáticos, a habitual produção caprichada dos filmes de Tim Burton e as sequências de sangue que são mais engraçadas do que violentas. 

Destaque para os novos personagens dos fantasmas de Willem Dafoe e Monica Bellucci e para a pequena participação de Danny DeVito no início do filme. Por outro lado, a personagem de Jenna Ortega como a adolescente irritante é o ponto negativo, ligando sua participação a pitadas de ideologia que nada tem a ver com o trama principal com o objetivo de agradar a um público específico. 

No final, quem vai ser divertir mesmo são os fãs do original

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

As Minas do Rei Salomão & Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido

 


As Minas do Rei Salomão (King Solomon’s Mines, EUA, 1985) – Nota 7
Direção – J. Lee Thompson
Elenco – Richard Chamberlaind, Sharon Stone, Herbert Lom, John Rhys Davies.

A jovem Jesse (Sharon Stone) viaja para África à procura de seu pai que desapareceu em uma expedição que buscava encontrar as lendárias Minas do Rei Salomão. Para ajudá-la na busca, Jesse contrata o aventureiro cínico Allan Quatermain (Richard Chamberlain). 

Durante a jornada a dupla terá de enfrentar tribos selvagens, perigos naturais e o vilão Coronel Blockner (Herbert Lom), que também deseja encontrar as minas e a possível fortuna escondida. 

Esta aventura baseada em história de H. Ridder Haggard produzida pela Cannon de Menahem Golan e Yoram Globus segue o estilo dos longas do gênero dos anos oitenta que tentavam surfar no sucessos dos filmes de “Indiana Jones”. Mesmo com menos dinheiro, o filme é divertido, tem um ritmo agitado e sequências de ação criativas. 

A química entre o então astro Richard Chamberlaind e a novata Sharon Stone também funciona. Os críticos não gostaram, mas o público aprovou e a Cannon filmou uma sequência quase de forma simultânea.

Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido (Allan Quatermain and the Lost City of Gold, EUA, 1986) – Nota 6,5
Direção – Gary Nelson
Elenco – Richard Chamberlain, Sharon Stone, James Earl Jones, Henry Silva, Robert Donner, Cassandra Peterson. 

Após encontrar uma pista do possível paradeiro de seu irmão que desapareceu na África procurando uma cidade de ouro, Allan Quatermain (Richard Chamberlaind) e sua parceira Jesse (Sharon Stone) voltam ao continente e iniciam uma nova aventura. 

Esta sequência do longa produzido no ano anterior também é baseada em história de H. Ridder Haggard com um roteiro muito parecido. Novamente são sequências de ação criativas, tribos selvagens, ameaças naturais e um vilão assustador (Henry Silva) no encalço dos protagonistas. 

O filme tem falhas e algumas sequências exagerada, mas agradará quem busca uma diversão agitada ao estilo dos anos oitenta.

As Minas do Rei Salomão (King Solomon’s Mines, EUA, 1950) – Nota 7,5
Direção – Compton Bennett & Andrew Marton
Elenco – Stewart Granger, Deborah Kerr, Richard Carlson, Hugo Haas, Lowell Gilmore.

Elizabeth (Deborah Kerr) viaja para a África com seu irmão John (Richard Carlson) para tentar encontra seu marido que desapareceu na busca pelas lendários Minas do Rei do Salomão. Eles contratam o aventureiro Allan Quatermain (Stewart Granger) para ser o guia, enquanto em paralelo um mercenário (Hugo Haas) também deseja encontrar as minas. 

Esta divertida aventura baseada em um livro de H. Rider Haggard, segue o estilo dos filmes curtos dos anos quarenta que eram exibidos nos cinemas antes do longa principal. Este estilo de aventura na selva misturando animais, perigos naturais, armadilhas e vilões é copiado até hoje.

As Minas do Rei Salomão (King Solomon’s Mines, EUA, 2004) – Nota 6
Direção – Steve Boyum
Elenco – Patrick Swayze, Alison Doody, Roy Marsden, John Standing, Gavin Hood, Sidede Onyulo, Ian Roberts. 

O aventureiro Allan Quatermain (Patrick Swayze) é contratado pela bela Elizabeth Maitland (Alison Doody) para descobrir o paradeiro do pai desta que sumiu quando estava numa expedição á procura das lendárias Minas do Rei Salomão. Ao mesmo tempo, um ex-parceiro de Allan, Bruce McNabb (Gavin Hood) prepara outra expedição para tentar localizar as minas e se apoderar das riquezas. 

Esta minissérie é mais uma versão da história que já foi contada com mais talento e ação na década de cinquenta com o canastrão Stewart Granger e nos anos oitenta com o galã Richard Chamberlaind. 

A produção peca pelo ritmo lento e os fracos coadjuvantes, melhorando um pouco apenas na parte final. Patrick Swayze dá conta do recado, mas não é o suficiente para tornar o resultado num bom espetáculo. 

Como curiosidade, a bela Alison Doody foi o par de Harrison Ford em “Indiana Jones e a Última Cruzada”, mas depois pouco fez no cinema

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Operação Napoleão

 


Operação Napoleão (Operation Napoleon, Islândia / Alemanha, 2023) – Nota 6
Direção – Oskar Thor Axelsson
Elenco – Vivian Olafsdottir, Jack Fox, Olafur Darri Olafsson, Iain Glen, Wotan Wilke Mohring, Atli Oskar Fjalarsson, Adesuwa Oni.

Nos dias atuais, três jovens encontram um avião nazista enterrado nas montanhas geladas da Islândia. A descoberta é dividida com a irmã de uma dos jovens, que termina jogada em meio a uma trama de conspiração que remete a Segunda Guerra Mundial. 

A premissa deste agitado longa lembra as aventuras dos anos oitenta e noventa, em que o foco são as sequências de ação e suspense, sem grandes preocupações com os furos no roteiro, que por sinal são vários. O filme ganha pontos por estas boas sequências e as locações na Islândia. O roteiro ainda deixa um gancho para quem sabe uma continuação.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

The Sweet East

 

The Sweet East (The Sweet East, EUA, 2023) – Nota 5
Direção – Sean Prince Williams
Elenco – Talia Ryder, Simon Rex, Earl Cave, Jack Irv.

Lilian (Talia Ryder) é uma garota de uma cidade pequena que viaja com os colegas de colégio em uma excursão para a capital Washington. Um determinado fato a leva a se desgarrar do grupo e iniciar uma saga por cidades cruzando o caminho de diversas pessoas, que de uma forma ou outra se encantam por sua beleza e aparente ingenuidade, o que por sinal ela aproveita para conseguir o que quiser. 

Este drama independente é aquele típico longa que tenta ser moderno e sem pudor, porém resulta em uma obra cansativa e vazia. Os personagens que surgem na vida da protagonista são estereótipos, como o grupo de jovens ativistas, o intelectual chato, os cineastas, entre outros. 

A própria protagonista apesar de ser muito bonita, não tem carisma algum. Sua interpretação é de uma adolescente falsa e oportunista, que em momento algum consegue se conectar com o espectador.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

A Batalha Bilionária: O Caso Google Earth

 


Batalha Bilionária: O Caso Google Earth (The Billion Dollar Code, Alemanha, 2021) – Nota 8
Direção – Robert Thalheim
Elenco – Mark Waschke, Misel Maticevic, Leonard Scheicher, Marius Arendt, Lavinia Wilson, Seumas Sargent, Lukas Loughran.

Em 1993, o destino faz o jovem estudante de artes Carsten Schluter (Leonard Scheicher) e o hacker Juri Muller (Maris Arendt) cruzarem seus caminhos e terem a ideia de desenvolver um programa para as pessoas poderem ver o mundo através do computador. 

A ideia se transforma em um projeto chamado “Terra Vision”, que a dupla apresenta em vários países e que chama a atenção de um famoso programador do Vale do Silício na Califórnia. Dez anos depois, o Google lança o “Google Earth”, com funcionamento idêntico ao programa dos alemães, que descobrem terem sido enganados. 

Esta minissérie alemã em quatro episódios detalha uma história real através de personagens fictícios e situações dramatizadas. O projeto da minissérie surgiu de uma conversa informal entre o diretor Robert Thalheim e seu então vizinho Joachim Sauter, um conhecido artista alemão que contou sua história da criação do “Terra Vision” com três parceiros e a forma como o projeto foi copiado levando a um processo judicial praticamente desconhecido pelo público.

Para evitar problemas legais, os quatro sócios foram transformados em dois personagens fictícios, assim como o vilão da história também teve seu nome trocado. Vale citar que a transcrição do julgamento real foi utilizada para as sequências na corte do episódio final. 

A série é muito interessante, tanto como drama jurídico, quanto para quem gosta de tecnologia e deseja entender um pouco como esta área funcionava e era vista pelas pessoas comuns nos anos noventa, nos primórdios da internet.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Assassinos de Aluguel

 


Assassinos de Aluguel (The Liability, Inglaterra, 2012) – Nota 6,5
Direção – Craig Viveiros
Elenco – Tim Roth, Jack O’Connell, Peter Mullan, Talulah Riley, Kierston Wareing.

Adam (Jack O’Connell) é um jovem irresponsável que recebe uma missão de seu padrasto criminoso (Peter Mullan). Ele terá de dirigir um carro levando um assassino de aluguel (Tim Roth) que precisa realizar um “serviço”. Algumas surpresas não muito agradáveis esperam por Adam. 

Este interessante longa policial explora a clássica premissa da relação entre um assassino e um jovem aprendiz, porém com pitadas de humor negro e um roteiro previsível. O destaque fica para o trio principal, com Tim Roth interpretando um sujeito de poucas palavras, Jack O’Connell o jovem que fala e age sem pensar e o sempre marcante Peter Mullan vivendo um sujeito tão violento quanto o assassino. 

É um filme que prende a atenção, mesmo com as falhas e alguns exageros.

domingo, 15 de setembro de 2024

A Justiça da Máfia & No Cumprimento do Dever

 


A Justiça da Máfia (Dead and Alive: The Race for Gus Farace ou In The Line of Dutty: Moby Justice, EUA, 1991) – Nota 6
Direção – Peter Markle
Elenco – Tony Danza, Ted Levine, Dan Lauria, Frank Vincent, Joe Lisi, James Rebhorn, Nicholas Turturro, Caroline Aaron, Leonardo Cimino, Sam Coppola, Wendy Malkena, Samuel L. Jackson, Kevin Corrigan, Steven Marcus.

Gus (Tony Danza) é um pequeno mafioso que durante um negócio de drogas termina assassinando um policial disfarçado. Ele busca ajuda com companheiros do crime para se esconder da polícia, que por seu lado pressiona mafiosos da quadrilha de Zanni (Frank Vincent). 

Este longa produzido para a tv faz parte de uma série de filmes policiais denominados “In The Line of Duty”. São filmes baseados ou inspirados em histórias reais sobre crimes, normalmente com confrontos entre policiais e bandidos. 

Este tem uma história clássica de caça a um assassino de policial focando em uma investigação complexa, tendo ainda como destaque o elenco recheado de atores conhecidos dos anos noventa, inclusive com um quase desconhecido na época Samuel L. Jackson.

No Cumprimento do Dever (In the Line of Duty: A Cop for the Killing, EUA, 1990) – Nota 6
Direção – Dick Lowry
Elenco – James Farentino, Steven Weber, Susan Walters, Harold Sylvester, Dan Lauria, Jane Daly, Clyde Kusatsu, Tony Plana, Charls Haid, Paul Sanchez, JoAnn Willette.

Um esquadrão de policiais que trabalham disfarçados são surpreendidos durante uma ação e um dos detetives termina morto. O fato causa uma crise entre os integrantes, que ao mesmo tempo desejam chegar aos mandantes do crime. 

Este longa tem trinta minutos iniciais muito bons, até a citada sequência de ação. O filme perde a força conforme a trama se volta para o drama focando nos traumas, principalmente da dupla de protagonistas James Farentino e Steven Weber. 

O resultado é um filme mediano, indicado apenas para quem gosta de longas policiais, independente do orçamento.

sábado, 14 de setembro de 2024

Jogo da Morte

 


Jogo da Morte (Game of Death, Hong Kong, EUA, 1978) – Nota 6
Direção – Robert Clouse
Elenco – Bruce Lee, Gig Young, Hugh O’Brian, Colleen Camp, Dean Jagger, Chuck Norris, Kareem Abdul Jabbar, Sammo Hung.

A trama sobre o ator que é lutador de artes marciais (Bruce Lee) e de sua namorada que é cantora (Collen Camp) que são pressionados por um sindicato do crime ficou em segundo plano em relação a vida real. 

Este longa estava sendo filmado em 1973 quando o astro Bruce Lee faleceu. O filme foi finalizado somente em 1978 quando os produtores e o diretor Robert Clouse utilizaram cenas de arquivo e também dublês em novas sequências, além da inserir a filmagem do funeral verdadeiro do astro. 

Tudo isso resultou em filme bastante irregular, onde os destaques ficam para as lutas, principalmente em duas sequências. A de Lee enfrentando um ainda jovem Chuck Norris e outra contra o então astro da NBA Kareem Abdul Jabbar. O filme ainda tem uma pequena participação do futuro astro Sammo Hung.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Uma Lição Para Não Esquecer

 


Uma Lição Para Não Esquecer (Sometimes a Great Notion, EUA, 1971) – Nota 6,5
Direção – Paul Newman
Elenco – Paul Newman, Henry Fonda, Lee Remick, Michael Sarrazin, Richard Jaeckel, Linda Lawson.

Uma família que vive no Oregon e trabalha com a venda de madeira se vê pressionada por moradores da pequena cidade por conta de uma greve comandada por um sindicato que eles não aceitam aderir. Além de enfrentar a complicada situação, eles precisam encarar seus próprios problemas familiares.

Este curioso drama dirigido e protagonizado pelo astro Paul Newman lembra uma peça de teatro nas discussões dramáticas, intercalando com sequências da vida dura dos madeireiros. O problema é que a narrativa é irregular, algo comum em muitos filmes da época que se passavam no interior americano. 

Mesmo assim, o longa tem personagens interessantes como o patriarca centralizador de Henry Fonda e o irmão mais jovem rebelde vivido por Michael Sarrazin, além da esposa do personagem de Paul Newman interpretada por Lee Remick, que aos poucos entende que sua vida pode ser diferente.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Carlos Ghosn: O Último Voo

 


Carlos Ghosn: O Último Voo (Carlos Ghosn: The Last Flight, Líbano / França / Arábia Saudita / Inglaterra, 2021) – Nota 7
Direção – Nick Green
Documentário

Em dezembro de 2019, o executivo Carlos Ghosn era ao mesmo tempo presidente da Renault francesa e CEO da Nissan japonesa. Ao chegar no aeroporto de Tóquio, algo que já havia feito um número enorme de vezes durante muitos anos, Ghosn é detido pela polícia japonesa e levado para a prisão por conta de uma acusação de crime financeiro. 

Este documentário detalha o caso judicial que até hoje se mostra extremamente nebuloso e também a fuga cinematográfica do executivo, que conseguiu sair do país antes de ser julgado. 

Como o promotor responsável pelo caso não aceitou dar entrevista para explicar os detalhes da acusação, o documentário pende para o lado de Ghosn, que por mais que demonstre defeitos, em momento algum fica clara a sua culpa. 

Basicamente a acusação foca na sonegação de impostos com a falta de declaração de rendimentos, que por outro lado o executivo alega que jamais recebeu os valores que o governo japonês diz ter sido sonegado. Ghosn diz que estes valores seriam pagos somente na sua aposentadoria, algo que sequer chegou a acontecer. 

Uma tese sobre o porquê da acusação aponta para uma determinada atitude do governo francês que causou uma retaliação da Nissan. 

Vale citar que Ghosn é brasileiro de nascimento, porém foi criado no Líbano, local onde vive hoje para não ser extraditado para o Japão.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Annapolis

 


Annapolis (Annapolis, EUA, 2006) – Nota 6
Direção – Justin Lin
Elenco – James Franco, Tyrese Gibson, Jordana Brewster, Donni Wahlberg, Jim Parrack, Brian Goodman, Bicellous Shannon, Roger Fan, Chi McBride, Charles Napier.

Jake (James Franco) trabalha em um estaleiro, mas sonha em entrar na Academia Naval. Ao ser aceito ele terá de provar que tem a disciplina necessária para se formar, além de se arriscar em um torneio de boxe. 

Este longa é uma versão leve e quase adolescente do clássico “A Força do Destino”.O trio Richard Gere, Debra Winger e Louis Gossett Jr. aqui é substituído sem o mesmo talento por James Franco, Jordana Brewster e Tyrese Gibson. 

As sequências de lutas de boxe são bem filmadas, assim como as do treinamento e dos castigos, porém a trama é totalmente previsível e repleta de clichês. 

Como curiosidade, o diretor Justin Li, o ator Tyrese Gibsons e a atriz Jordana Brewster voltaram a trabalhar juntos na franquia “Velozes e Furiosos”.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Holy Motors

 


Holy Motors (Holy Motors, França / Alemanha / Bélgica, 2012) – Nota 5,5
Direção – Leos Carax
Elenco – Denis Lavant, Edith Scob, Eva Mendes, Kylie Minogue, Michel Piccoli, Elise Lhomeau.

Um executivo chamado Oscar (Denis Lavant) sai de sua enorme casa nos arredores de Paris em uma limusine e com seguranças fazendo a escolta em outro automóvel. 

Durante um dia inteiro a limusine estaciona em vários locais da cidade para Oscar se transformar com roupas, perucas e trejeitos em diversos personagens como um artista performático, um assassino e uma senhora que pede esmola na rua. 

Este é com certeza um dos filmes com a história mais estranha que eu já assisti, ou melhor, sem uma trama específica. O roteiro parece uma colagem de esquetes que em momento algum se encaixam. Talvez a ideia do diretor tenha sido mostrar Paris como uma cidade em que se encontram todos os tipos de pessoas. 

Além da bizarrice da história e das sequências aleatórias, o destaque fica para a interpretação de Denis Lavant, que se transforma em diversos personagens com extrema competência.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

O Golpe de John Anderson, Até os Deuses Erram & O Homem com a Lente Mortal

 


O Golpe de John Anderson (The Anderson Tapes, EUA, 1971) – Nota 7
Direção – Sidney Lumet
Elenco – Sean Connery, Dyan Cannon, Martin Balsam, Christopher Walken, Ralph Meeker, Alan King, Dick Anthony Williams, Val Avery.

Duke Anderson (Sean Connery) é libertado da prisão após cumprir uma pena de dez anos. Ao invés de mudar de vida, ele decide voltar ao crime planejando o roubo de um cofre em um apartamento de luxo em Manhattan. 

Mesmo sendo um filme pouco lembrado na carreira do grande Sidney Lumet, esta obra é bastante interessante ao colocar em pauta o tema da vigilância com câmeras de segurança em uma época que isso ainda era incomum. 

A forma como o crime é planejado segue a linha que se tornou clássica no gênero. Além de Sean Connery como a mente por trás da ação, destaque para um jovem Christopher Walken interpretando o especialista em abrir cofres.

Até os Deuses Erram (The Offence, Inglaterra / EUA, 1973) – Nota 7,5
Direção – Sidney Lumet
Elenco – Sean Connery, Trevor Howard, Vivien Merchant, Ian Bannen.

Johnson (Sean Connery) é um veterano detetive britânico atormentado pelos diversos crimes violentos que investigou durante a carreira. Isso abalou seu casamento e sua relação com colegas e chefia. Tudo piora quando ele precisa interrogar um suspeito de molestar crianças (Ian Bannen). 

Este filme do grande Sidney Lumet é uma obra pesada baseada em uma peça de teatro. O foco principal é o inferno mental enfrentado pelo protagonista, que chega em um ponto em que não consegue lidar com seu ódio. Os tensos diálogos no interrogatório entre Connery e o também ótimo Ian Bannen são o ponto alto.

O Homem com a Lente Mortal (Wrong Is Right, EUA, 1982) – Nota 6
Direção – Richard Brooks
Elenco – Sean Connery, George Grizzard, Katharine Ross, Robert Conrad, G. D. Spradlin, John Saxon, Henry Silva, Leslie Nielsen, Robert Webber, Hardy Kruger, Dean Stockwell, Jennifer Jason Leigh.

Duas armas nucleares portáteis são roubadas e vendidas a um grupo terrorista. O jornalista de tv Patrick Hale (Sean Connery) que decide investigar o caso para fazer uma grande matéria termina cruzando o caminho de personagens perigosos e de uma possível conspiração envolvendo inclusive o governo americano. 

Famoso por clássicos como “Os Profissionais” e “A Sangue Frio”, o diretor Richard Brooks explora neste que foi seu penúltimo trabalho uma trama política em formato de sátira, com pitadas de comédia que fazem o filme perder bastante do interesse do espectador. É uma pena, pois os temas do terrorismo e das armações políticas continuam extremamente atuais.

domingo, 8 de setembro de 2024

Uma Lugar Silencioso: Dia Um

 


Um Lugar Silencioso: Dia Um (A Quiet Place: Day One, EUA / Inglaterra / Canadá, 2024) – Nota 5,5
Direção – Michael Sarnoski
Elenco – Lupita Nyong’o, Joseph Quinn, Alex Wolff, Djimon Hounsou.

Este terceiro longa da franquia é na verdade um prequel que se passa no dia em os monstros alienígenas chegaram na Terra e iniciaram seus ataques. 

A ideia seria interessante se o foco do roteiro fosse se aprofundar em detalhar a invasão, o que é deixado de lado em prol de uma trama dramática piegas com uma protagonista à beira da morte (Lupita Nyong’o) que busca realizar um objetivo ingênuo e um co-protagonista medroso (Joseph Quinn).

Outros personagens que poderiam ser interessantes como o de Djimon Hounsou é esquecido no meio da história. As sequências de ação são apenas corretas e nada mais. É uma pena que o potencial da franquia tenha sido desperdiçado aqui.