quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Operação Yakuza & The Challenge

 


Operação Yakuza (The Yakuza, Japão / EUA, 1974) – Nota 7,5
Direção – Sydney Pollack
Elenco – Robert Mitchum, Ken Takakura, Brian Keith, Herb Edelman, Richard Jordan, Kishi Keiko, James Shigeta.

Harry Kilmer (Robert Mitchum) é um detetive particular que por ter lutado no Japão durante a Segunda Guerra é contratado por um amigo (Brian Keith) para procurar sua filha que foi sequestrada pela Yakuza. Harry viaja até o Japão em busca da garota e também para tentar reencontrar um ex-amor. Rapidamente ele entrará em conflito com as tradições japonesas e principalmente com a Yakuza comandada por Ken Tanaka (Ken Takakura). 

Este é um dos melhores filmes americanos sobre o submundo do Japão e suas tradições seculares de honra e lealdade, mesmo entre os mafiosos da Yakuza, graças ao roteiro escrito pelos irmãos Leonard e Paul Schrader que foi finalizado por Robert Towne. 

Além das atuações marcantes de Robert Mitchum e Ken Takakura, destaque para as locações no Japão e as ótimas sequências de ação misturando os estilos americano e oriental. 

Como curiosidade, o diretor John Frankenheimer foi cotado para este trabalho, o acerto não ocorreu e sete anos depois ele dirigiu um longa com tema semelhante ambientado no Japão chamado “The Challenge”.

The Challenge (The Challenge, EUA / Japão, 1982) – Nota 6,5
Direção – John Frankenheimer
Elenco – Scott Glenn, Toshiro Mifune, Donna Kei Benz, Atsuo Nakamura, Calvin Jung, Clyde Kusatsu, Sab Shimono.

Em Los Angeles, o sparring de boxe Rick (Scott Glenn) recebe uma inusitada proposta de um casal de irmãos japoneses. Levar uma valiosa espada de samurai para o Japão e entregar para o pai deles. Mesmo desconfiado, Rick aceita a proposta. Ao chegar no Japão ele descobre que foi colocado no meio de uma violenta disputa em família por causa da espada. 

Este curioso longa de ação explora as diferenças culturais entre o protagonista americano e as tradições japonesas, por sinal, o roteiro também coloca na mesa a discussão entre o tradicional e o novo. De um lado o personagem de Toshiro Mifune é um velho mestre de artes marciais que vê a espada como um símbolo da família e do outro seu irmão vivido por Atsuo Nakamura que interpreta um empresário corrupto rodeado de mercenários que tem interesse apenas no valor financeiro. 

O desenrolar da trama lembra um pouco a minissérie “Shogun”, porém com um treinamento expresso do protagonista de Scott Glenn, sem grande aprofundamento. As sequências de ação são o destaque, como a perseguição no mercado, o conflito na floresta e principalmente o clímax no enorme edifício. É um filme bem diferente dos atuais do gênero.

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