Estranha Fascinação (I Walk Alone, EUA, 1947) – Nota 6,5
Direção – Byron Haskin
Elenco – Burt Lancaster, Lizabeth Scott, Kirk Douglas,
Wendell Corey, Kristine Miller, George Rigaud, Marc Lawrence.
Após cumprir uma pena de catorze anos por transportar
bebidas durante a Lei Seca, Frankie Madison (Burt Lancaster) deseja reativar a
sociedade com seu parceiro Noll “Dink” Turner (Kirk Douglas).
Recebido por seu
irmão Dave (Wendel Corey), Frankie descobre que tudo mudou. Seu ex-amigo Dink hoje
é dono de uma famosa casa noturna e Dave cuida da contabilidade do local. Dink
utiliza a bela Kay (Lizabeth Scott) para entender o que fazer com Frankie, que
por seu lado não se conforma ao perceber que fora deixado de lado nos negócios.
A premissa é interessante e até atual ao detalhar como uma pessoa que se afasta
por alguns anos de algo, ao retornar sofre para entender e aceitar que as
coisas mudaram bastante. O personagem de Burt Lancaster não entende o novo
mundo, mas sabe que foi enganado pelo parceiro, que por seu lado se mostra
arrogante e ganancioso.
Infelizmente a forma como o roteiro desenvolve a trama
envelheceu bastante, principalmente no quesito do romance e também na reviravolta
final. É um filme que vale apenas pela presença dos astros Burt Lancaster e Kirk
Douglas.
Do Lodo Brotou uma Flor (Ride the Pink Horse, EUA, 1947) –
Nota 7
Direção – Robert Montgomery
Elenco – Robert Montgomery, Thomas Gomez, Wanda Hendrix,
Rita Conde, Fred Clark, Art Smith, Iris Flores, Richard Gaines.
Gagin (Robert Montgomery) chega na pequena cidade de San
Pablo na divisa dos Estados Unidos com o México à procura do gângster Frank
Hugo (Fred Clark) para cobrar uma dívida. Um agente do FBI (Art Smith) segue
seu rastro também com o objetivo de encontrar Hugo. A cidade está na véspera de
comemorar a “Fiesta Mexicana”.
Ao cobrar o gângster, Gagin se torna alvo de
seus capangas e recebe a inusitada ajuda de dois moradores locais. O bonachão
Pancho (Thomas Gomez), que comanda uma carrossel para crianças e a jovem Pila
(Wanda Hendrix).
O ator e diretor Robert Montgomery foi um dos pioneiros da tv
americana ao abandonar o cinema no início dos anos cinquenta para se dedicar ao
programa “Robert Montgomery Presents” em que ele era o apresentador dos episódios
que contavam pequenas histórias sobre a vida real. Ele também é conhecido por ser pai da atriz
Elizabeth Montgomery, famosa pela série “A Feiticeira”.
Neste longa, Montgomery
mistura uma trama ao estilo noir com uma ambientação próxima a um
western. Seu personagem é o estranho que chega a cidade para incomodar o chefão
local, ao mesmo tempo em que cria amizade com pessoas simples.
O filme tem algumas
boas cenas de suspense e violência, levando em conta a época em que foi
produzido.
Vale citar que Thomas Gomez, que era americano, foi indicado ao
Oscar de Ator Coadjuvante por este filme, sendo o primeiro latino a disputar o
prêmio.