sábado, 15 de setembro de 2018

7 Dias em Entebbe

7 Dias em Entebbe (Entebbe, Inglaterra / EUA, 2018) – Nota 6
Direção – José Padilha
Elenco – Daniel Bruhl, Rosamund Pike, Eddie Marsan, Lior Ashkenazi, Denis Ménochet, Ben Schnetzer, Nonso Anozie, Mark Ivanir, Juan Pablo Raba, Amir Khoury, Ala Dakka.

Junho de 1976. Dois terroristas alemães (Daniel Bruhl e Rosamund Pike) e dois palestinos (Amir Khoury e Ala Dakka) sequestram um avião da Air France que transportava vários judeus que viajavam de Tel Aviv para Paris. 

O avião é desviado para reabastecer na Líbia e depois segue para Uganda, país comandado pelo ditador Idi Amin Dada (Nonso Anozie), que oferece apoio do seu exército para manter os passageiros e a tripulação como reféns. 

Enquanto os palestinos exigem a libertação de companheiros presos em Israel, o primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin (Lior Ashkenazi) e o ministro da defesa Shimon Peres (Eddie Marsan) divergem quanto a negociar com os terroristas ou enviar um comando para tentar resgatar os reféns. 

Baseado numa história real que já rendeu outros quatro filmes famosos, com destaque para “Operação Thunderbolt” e “Comando Delta”, por sinal duas versões diferentes dirigidas pelo mesmo Menahem Golan, este longa do brasileiro José Padilha deixa a desejar. Sua estreia americana com o remake de “Robocop” não teve surpresa alguma, mas foi pelo menos uma versão correta. 

Neste novo trabalho, Padilha mostra algumas escolhas equivocadas. Ele tenta humanizar o terrorista alemão vivido por Daniel Bruhl de uma forma ingênua, assim como falha ao descrever a motivação do mesmo a da jovem vivida por Rosamund Pike. 

A fraca cena de ação no clímax também deixa o espectador desapontado. Outra escolha inexplicável é a utilização de uma sequência de dança de uma coadjuvante em Israel em paralelo com a ação do clímax. 

O melhor do filme é a disputa política que gera discussões entre os personagens de Eddie Marsan e Lior Ashkenazi. Esta questão de bastidor entre os políticos israelenses foi praticamente ignorada nas versões anteriores. 

O resultado é um bola fora na carreira internacional de José Padilha.

4 comentários:

Liliane de Paula disse...

Tive impressão de que tem outro filme com esse mesmo nome.
Ou algum outro filme sobre esse sequestro.
Acho que é uma história interessante por ser baseada em fato real.
Vou anotar.


Hugo disse...

Liliane - Existem pelo menos mais quatro filmes que contam esta mesma história.

Luli Ap. disse...

Confesso que estava curiosa com esse filme então vou anotar aqui apesar de que agora não vou criar expectativas sobre a condução da trama.
Bjs Luli

Hugo disse...

Luli - É um filme que decepciona.

Bjs