segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Longe dos Homens

Longe dos Homens (Loin des Hommes, França, 2014) – Nota 7
Direção – David Oelhoffen
Elenco – Viggo Mortensen, Reda Kateb, Nicolas Giraud, Djemel Barek, Vincent Martin.

Argélia, 1954. Daru (Viggo Mortensen) é um professor que ministra aulas para crianças em uma pequena escola no meio do deserto argelino. O país passa por uma guerra entre os locais que desejam a independência e o exército francês colonizador. 

Em um certo dia um policial francês surge na escola e entrega para Daru um simplório morador da região chamado Mohamed (Reda Kateb) que deve ser levado a uma cidade próxima para ser julgado por assassinato. 

Daru acolhe o homem e ao invés de levá-lo como prisioneiro, decide ajudá-lo. Os dois atravessam o deserto em meio a guerra e aos poucos criam um laço de amizade. 

Baseado num conto de Albert Camus, este longa utiliza a Guerra da Argélia como pano de fundo de uma história sobre amizade e lealdade. Os dois protagonistas com experiências de vida opostas descobrem que tem muito mais em comum do que aparentam. 

O roteiro foca também nos costumes árabes da região, inclusive a questão da vingança familiar no caso de um parente ser assassinado. 

As áridas paisagens do deserto é um dos destaques, assim como as boas atuações de Viggo Mortensen e Reda Kateb. Por sinal, Mortensen está desenvolto nos diálogos que em sua maioria são em francês. 

É um filme com uma tema interessante desenvolvido com sensibilidade.

4 comentários:

Liliane de Paula disse...

A lista de filmes indicados por vc, só faz crescer, Hugo.
Acho que é uma boa estória (história)com esse ator Viggo Mortensen.
Não sei se a viagem por uma região que parece árida, não se torna cansativo.

Ontem assisti no OldFlix, "Amor a paisana" (Undercover Christmas) de 2003, com atores que não sei se conheço.
Filme com estória boba.

Gravei "Honra ao Mérito".
Bj

Hugo disse...

Liliane - Eu tb tenho uma lista grande de filmes que quero conferir.

Luli Ap. disse...

O Hóspede de Camus não daria conta de um longa, mas a perfeição da contextualização foi uma honra ao mérito.
Uma épica jornada com as cores do existencialismo de dois inimigos que não se odeiam.
Lá não há certo ou errado.
Há uma corrente do que todos fazem, mas Daru faz diferente.
Tenso quando ele encontra os antigos companheiros de front.
E curioso quando ele diz que quando os pais vieram da Espanha para França eles eram chamados de forasteiros e agora ele é chamado de francês.
Aliás Viggo manda bem tb nas cenas em que arrisca o idioma árabe com pronúncia correta.
Fotografia sensa!
Bjs Luli

Hugo disse...

Luli - O histórica foca numa região em os costumes são bem diferentes do ocidental. Realmente fica a impressão de que no deserto "o certo e o errado" são relativos.

Bjs