segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Lucky

Lucky (Lucky, EUA, 2017) – Nota 7,5
Direção – John Carroll Lynch
Elenco – Harry Dean Stanton, David Lynch, Ron Livingston, Ed Begley Jr, James Darren, Beth Grant, Tom Skerritt, Barry Shabaka Henley, Yvonne Huff, Bertila Damas.

Lucky (Harry Dean Stanton) leva uma vida simples e rotineira numa pequena cidade do Texas. Café da manhã na lanchonete, compras na mercearia, volta para casa para assistir a programas de perguntas e a noite uma passada pelo bar. 

Um certo dia Lucky sofre um mal súbito que não tem explicação, porém se recupera rapidamente. O fato faz com que ele comece a questionar a própria vida, ou pior, o final da vida que está chegando por causa da idade avançada. 

O papel principal neste longa foi uma belíssima homenagem do cinema e do ator John Carroll Lynch, que aqui estreou na direção, para o eterno coadjuvante Harry Dean Stanton. Mesmo sendo mais velho, Stanton apareceu para o cinema junto com uma ótima geração de atores no final dos anos sessenta, como seu grande amigo Jack Nicholson, Harvey Keitel, Al Pacino e Robert De Niro. Ele jamais chegou a condição de astro, seu maior papel foi no triste “Paris, Texas” de Wim Wenders. 

Aqui, Stanton interpreta basicamente ele mesmo. Um sujeito que tenta encarar a reta da final da vida da melhor forma possível. Os diálogos simples e melancólicos, alguns com pitadas de ironia, os coadjuvantes típicos de uma cidade do interior e a sequência em que o ator canta junto com uma banda de Mariachis são os pontos altos do longa. 

Vale destacar no elenco o diretor David Lynch como o melhor amigo do protagonista e o esquecido James Darren, astro da série clássica “Túnel do Tempo”, que volta ao cinema após décadas longe da telona. 

Assim como pressentia seu personagem, Harry Dean Stanton faleceu ano passado de causas naturais aos noventa e um anos.

6 comentários:

Liliane de Paula disse...

Sim, só lembro dele, como ator principal em "Paris, Texas" que achei o filme na ocasião cansativo.
E onde aparecia a linda Nastassja Kinski, desaparecida.

Já coloquei na lista para vê esse filme.

Amanda Aouad disse...

Esse preciso ver ainda.

bjs

Luli Ap. disse...

Olá Hugo
Não conhecia o filme, deve ser fofo, poético e com uma pitada de nostalgia.
Se eu morasse nos EUA, numa dessas cidadezinhas, ia tomar café da manhã todos os dias numa dessas lanchonetes :))
Quero ver, vou anotar aqui.
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede

Hugo disse...

Liliane - Paris, Texas foi o único papel principal do ator antes deste último filme.

Amanda - Você vai gostar.

Luli - Estas lanchonetes, assim como os bares, sãos os pontos de encontro destas pequenas cidades.

Bjos

Pedrita disse...

ele estava tão bem antes. triste que um episódio simples mude radicalmente o equilíbrio que a vida dele tinha. e sem mudar nada. a cabeça passou a pensar na morte, mas tudo continuava como antes. se ele não tivesse ficado tonto com o numero piscante, talvez tivesse vivido em paz não importando o tempo e muito provavelmente com o mesmo tempo que teria sem a informação. é muito realista qd o advogado mostra as vantagens do q fez para a família e o lucky dizer q pra ele nao muda nada. pq ele continuaria morto. é muito inteligente mesmo o texto. mas um filme muito triste. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - É curioso como um frase simples pode mexer com quem a ouve. Lucky é um ótimo personagem.

Bjs