terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Homem de Alcatraz

O Homem de Alcatraz (Birdman of Alcatraz, EUA, 1962) – Nota 7,5
Direção – John Frankenheimer
Elenco – Burt Lancaster, Karl Marlden, Thelma Ritter, Neville Brand, Betty Field, Telly Savalas, Edmond O’Brien, Hugh Marlowe.

Em 1918, Robert Stroud (Burt Lancaster) é um jovem condenado a nove anos de cadeia por ter assassinado um sujeito durante uma briga. Revoltado com a forma como é tratado na prisão e com a própria vida, Stroud termina por entrar em outra briga e desta vez a vítima é um dos guardas. 

De volta ao tribunal, a princípio Stroud é condenado à morte, porém com a luta de sua mãe (Thelma Ritter), a pena é revertida para prisão perpétua, mas com o castigo de ser obrigado a cumpri-la em uma cela solitária, sem contato com outros presos. Durante o pouco tempo que tem de liberdade no pátio, Stroud recolhe um filhote de pardal, que se torna seu companheiro e dá início ao interesse em entender os pássaros, fato que mudará completamente sua vida. 

Baseado na vida real de Robert Stroud, retratada em livro pelo jornalista Tom Gaddis (Edmond O’Brien), este longa é ao mesmo tempo uma história sobre como um criminoso pode se regenerar e também uma crítica ao sistema prisional. Lógico que o filme ameniza o caráter do protagonista, que é mostrado como um gênio com Q. I. elevado, porém o roteiro altera sua personalidade, que muitos dizem seria de um psicopata, que jamais se arrependeu dos crimes que cometeu. 

É um bom filme, porém um pouco superestimado. A história é interessante, as atuações de Burt Lancaster e de Neville Brand como o guarda que se torna seu amigo são os destaques, porém as duas horas e meia de duração são exageradas. 

Vale citar que na verdade o protagonista passa boa parte da vida em Leavenworth e pouco tempo em Alcatraz, que provavelmente foi utilizada no título para dar um maior destaque a história. 

Outra dúvida surge em alguns sites como o IMDB, que coloca como diretor não creditado o inglês Charles Crichton, que ficaria famoso apenas em 1988 com “Um Peixe Chamado Wanda”, sendo seu último trabalho no cinema. Pesquisei e não encontrei informação alguma sobre qual foi a participação de Crichton neste longa. 

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