Os Quatro Desconhecidos (Kansas City Confidencial, EUA,
1952) – Nota 7,5
Direção – Phil Karlson
Elenco – John Payne, Coleen Gray, Preston Foster, Neville
Brand, Lee Van Cleef, Jack Elam.
Em Kansas City, um sujeito (Preston Foster) contrata três
ladrões (Neville Brand, Lee Van Cleef e Jack Elam) para assaltarem um carro
forte que carrega um milhão de dólares. A questão é que o mentor do plano não
se identifica, ele encontra os vigaristas utilizando uma máscara, que por outro lado também não se conhecem. O assalto é um sucesso e o homem marca para o bando se
reencontrar numa pequena cidade do México para dividir o dinheiro.
Como a
quadrilha utilizou um furgão idêntico ao de uma floricultura, o entregador de
flores Joe (John Payne) acaba se tornando suspeito do crime. Joe um ex-detento
que tentava retomar a vida honesta. Percebendo que foi utilizado como isca e conhecendo
o submundo da cidade, Joe decide investigar o caso e seguir as pistas atrás da
sua parte na fortuna roubada.
O ponto principal deste interessante longa
policial é a trama bem amarrada, que prende a atenção do espectador desde a
armação do plano, passando pelo assalto, até o jogo de gato e rato entre
ladrões que acontece no México.
Vale destacar ainda o sinistro trio de ladrões
interpretados por atores especialistas em vilões, principalmente em westerns.
Para os cinéfilos é legal ver Lee Van Cleef, Jack Elam e Neville Brand ainda
jovens.
O Mundo Odeia-me (The Hitch-Hiker, EUA, 1953) – Nota 7,5
Direção – Ida Lupino
Elenco – Edmond O’Brien, Frank Lovejoy, William Talman.
Dois amigos (Edmond O’Brien e Frank Lovejoy) viajam em uma
caminhonete em direção a uma cidade no México com o objetivo de pescar. No meio
da estrada, eles dão carona a um sujeito (William Talman), que aparentemente
está com o carro sem gasolina. O que eles não imaginam é que o caronista é um
psicopata procurado pela polícia, autor de vários assassinatos na estrada.
Começa então uma viagem cheia de tensão pelo interior do México.
Este trabalho
é provavelmente o único filme noir dirigido por uma mulher. Nos anos quarenta,
a inglesa Ida Lupino era famosa em Hollywood tanto pelas atuações, quanto pela
forma dura em negociar contratos e papéis. Após vários conflitos com os estúdios,
Ida e seu então marido Collier Young, criaram uma pequena produtora e logo
fizeram uma parceria com a RKO, conhecida por bancar filmes de baixo orçamento.
De
1949 a 1953, Ida Lupino dirigiu sete filmes, antes de migrar para a tv, onde
trabalhou como atriz e diretora em diversos seriados. Este “O Mundo Odeia-me” é
considerado seu melhor filme como diretora, principalmente pela tensão, pelo ótimo
roteiro que esconde uma surpresa revelada apenas no meio da trama e o
assustador vilão interpretado por William Talman.
Apesar do horroroso título
nacional, vale a sessão para quem gosta do gênero.
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