O Jogo da Imitação (The Imitation Game, Inglaterra / EUA,
2014) – Nota 8
Direção – Morten Tyldum
Elenco – Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew
Goode, Rory Kinnear, Allen Leech, Mark Strong, Charles Dance, Matthew Beard.
Com uma narrativa dividida em três épocas distintas, este
ótimo filme é uma biografia de Alan Turing (Benedict Cumberbatch), um
criptologista que foi fundamental para os aliados vencerem a Segunda Guerra,
além de ter deixado um trabalho que serviu como base para criação do
computador.
A trama principal se passa durante a Segunda Guerra, quando Turing
foi convocado para trabalhar num projeto secreto que tinha como objetivo
quebrar os códigos da máquina alemã Enigma. Os alemães enviavam mensagens
criptografadas utilizando a máquina e a cada vinte e quatro horas trocavam os
códigos, o que tornava praticamente impossível decifrar as mensagens. Diferente
de seus colegas, que tentavam decifrar as mensagens através da matemática pura,
Turing acreditava que a única chance de sucesso seria construir outra máquina, o
que a princípio faz com que ele entrasse em conflito com os parceiros e com seu
superior (Charles Dance).
As outras duas narrativas intercalavam a vida de
Turing na adolescência, enquanto estudava em um colégio interno e alguns anos
depois da guerra, quando ele é investigado por um policial (Rory Kinnear), que
suspeita de algo estranho após a casa do criptologista ter sido assaltada.
A
corrida contra o tempo para quebrar o código da máquina gera bons momentos,
principalmente as discussões entre Turing e as pessoas que trabalhavam ao seu
redor, porém outro ponto principal do filme é a estranha personalidade do
protagonista. Turing fala o que pensa, leva tudo ao pé da letra e tem uma
enorme dificuldade em lidar com as pessoas, com exceção da amizade que cria com
Joan Clarke (Keira Knightley), que se torna seu elo com o mundo normal.
A
interpretação de Benedict Cumberbatch (“12 Anos de Escravidão”) é perfeita na
obsessão em alcançar seus objetivos e na solidão que o acompanha boa parte da
vida por ser uma pessoa diferente. Esta complexa personalidade faz lembrar o
personagem de Russel Crowe em “Uma Mente Brilhante”, mesmo que o contexto e os
problemas enfrentados sejam bem diferentes.
Como informação, o diretor
norueguês Morten Tyldum comandou também o ótimo drama “Headhunters”, filme
pouco conhecido que merece ser descoberto.
4 comentários:
Um drama/thriller bastante correto. A produção é muito boa, mas quem se sobressai é mesmo Cumberbatch. Achei sua comparação ao Crowe de UMB bem apropriada.
Cumps.
Gustavo - A interpretação do protagonista é perfeita.
Abraço
eu gostei muito, até porque adoro matemática. e gosto de conhecer história. beijos, pedrita
Pedrita - É um ótima filme com um protagonista brilhante e excêntrico.
Bjos
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