Antes dos filmes baseados em histórias quadrinhos e super heróis se tornarem
blockbusters de sucesso a partir do início do século, várias produções do gênero
fracassaram nos anos oitenta e noventa.
Nesta postagem comento alguns destes
filmes produzidos nos anos oitenta.
Popeye (Popeye,
EUA, 1980) – Nota 4
Direção – Robert Altman
Elenco –
Robin Williams, Shelley Duval, Ray Walston, Paul L. Smith, Paul Dooley, Richard
Libertini, Donald Moffat, Bill Irwin.
Uma
adaptação musical de Popeye com Robert Altman na direção. Alguém acreditaria
que uma loucura destas poderia dar certo? Apenas os produtores, que quebraram a
cara nas bilheterias. É um filme extremamente chato, que tem como destaque apenas
as caracterizações dos personagens. Popeye (Robin Williams), Olivia Palito
(Shelley Duvall), Vovô Popeye (Ray Walston), Dudu (Paul Dooley) e Brutus (Paul
L. Smith) estão perfeitos, pena que o restante do filme não ajude.
Condorman – O Homem Pássaro (Condorman,
Inglaterra, 1981) – Nota 6
Direção – Charles Jarrott
Elenco – Michael Crawford,
Oliver Reed, Barbara Carrera, James Hampton, Dana Elcar.
Praticamente esquecida, esta
simpática comédia é uma divertida sessão da tarde. O cartunista Woody (Michael
Crawford) é convidado para ajudar um amigo (James Hampton), que é agente de
CIA, em uma missão simples. Woody acaba envolvido com uma bela espiã russa
(Barbara Carrera) que deseja desertar, mas ao mesmo tempo precisará enfrentar o
vilão Krokov (Oliver Reed). Woody acaba utilizando os recursos da CIA para
criar a “armadura” do Condorman, um herói que ele mesmo inventou para os
quadrinhos e que resolve transformá-lo em realidade. O longa tem bastante humor
e boas cenas de ação inofensivas.
Supergirl (Supergirl, EUA, 2004) – Nota 4
Direção – Jeannot Szwarc
Elenco – Helen Slater, Faye Dunaway, Peter O’Toole, Brenda Vaccaro, Mia
Farrow, Hart Bochner.
No planeta Kyrpton, a jovem Kara
El (Helen Slater) decide brincar com um artefato que é a fonte de energia de
seu planeta e que está sobre os cuidados de um cientista (Peter O’Tolle). Por
engano, ela ativa o artefato e este é enviado para Terra. Desesperada, ela toma
o lugar do cientista em uma nave e segue para nossa planeta em busca do objeto. O artefato cai nas mãos de Selena (Faye Dunaway), que ao perceber os poderes que ganhou, vê a chance de conquistar o que quiser, inclusive o amor de um jovem
(Hart Bochner). O sucesso de “Superman” gerou este longa protagonizado pela
prima do herói, que resulta numa obra caça-níquel, com efeitos especiais de
segunda e um péssimo roteiro. Nem mesmo nomes de peso como Faye Dunaway e Peter
O’Toole conseguem salvar o filme. Como curiosidade, Helen Slater é irmã de
Christian Slater e por algum tempo foi a mais famosa da família.
Guerreiros
de Fogo (Red Sonja, Holanda / EUA, 1985) – Nota 5,5
Direção –
Richard Fleischer
Elenco – Arnold Schwarzenegger, Brigitte
Nielsen, Sandahl Bergman, Paul Smith, Ernie Reyes Jr, Ronald Lacey.
Com o sucesso de ”Conan – O Bárbaro” e “Conan –
O Destruidor”, o diretor Richard Fleischer, que havia dirigido o segundo filme
citado, embarcou nesta outra adaptação dos quadrinhos de Robert E. Howard,
criador de Conan. O trama tem como protagonista Sonja (Brigitte Nielsen), que
teve os pais assassinados pela maligna rainha Gedren (a sinistra Sandahl
Bergman). A rainha possui um amuleto que lhe dá poderes para dominar seus
seguidores. Com o objetivo de vingar a morte dos pais, Sonja se une ao
solitário Kalidor (Arnold Schwarzenegger). Não chega a ser uma bomba, tem
Schwarzenegger no início da fama, algumas boas cenas de ação e bastante
violência, mas o roteiro não é grande coisa, além de ter a péssima Brigitte
Nielsen como coprotagonista.
Howard –
O Super Herói (Howard the Duck, EUA, 1986) – Nota 4
Direção –
Willard Huyck
Elenco –
Lea Thompson, Jeffrey Jones, Tim Robbins, Paul Guilfoyle.
Willard
Huyck era um dos parceiros de George Lucas na Lucas Film e por este motivo teve
a chance de comandar esta produção que naufragou feio nas bilheterias. A
história tem como protagonista o Pato Howard, que foi puxado para Terra
acidentalmente por conta de uma raio disparado por uma máquina experimental. O
raio trouxe também um outro ser que deseja destruir a Terra. Antes do confronto
final, Howard faz amizade com dois jovens (Lea Thompson e Tim Robbins) e se
mostra um sujeito folgado que adora bebidas e cigarros. Por mais que o cinema
seja imaginação, seria muito difícil fazer sucesso com um pato alienígena como
herói. A parte inicial tem alguns diálogos engraçados, enquanto a meia-hora
final é uma explosão maluca de efeitos especiais e nada mais. Dois anos antes,
Willard Huyck havia comandado outro grande fracasso, a comédia “A Melhor Defesa
É o Ataque”, com Eddie Murphy e Dudley Moore, que eram grandes astros na época.
Depois destas duas bombas, Huyck jamais voltou a dirigir.
Mestres do
Universo (Masters of the Universe, 1987) – Nota 5,5
Direção –
Gary Goddard
Elenco –
Dolph Lundgreen, Frank Langella, Meg Foster, Billy Barty, Courteney Cox, Jon
Cypher, Chelsea Field, Robert Duncan McNeill, James Tolkan.
A animação
“Masters of the Universe” com o herói He-Man foi um dos grandes sucessos dos
anos oitenta e com certeza merecia uma adaptação melhor do que esta produção
tosca bancada pela Cannon de Menahem Golan e Yoram Globus. O filme começa com Esqueleto
(Frank Langella se divertindo no papel) invadindo o Castelo de Grayskull e
mantendo a Feiticeira como refém. Seu desejo é conseguir a chave cósmica, artefato
que pode abrir uma fenda para viajar no tempo. Durante a batalha no castelo,
He-Man (Dolph Lundgreen) e seus amigos são enviados para Terra levando a chave.
Para recuperar o objeto, Esqueleto e seus comparsas seguem os heróis para a
batalha em nosso planeta. Quase todo o filme se passa na Terra, não por ser a
melhor a escolha do roteiro, mas para diminuir os gastos da produção, pois a
Cannon havia torrado muito dinheiro em filmes que fracassaram nas bilheterias,
como “Força Sinistra” e “Superman IV: Em Busca da Paz”. O resultado foi outro
grande fracasso.
Brenda
Starr (Brenda Starr, EUA, 1989) – Nota 3
Direção –
Robert Ellis Miller
Elenco –
Brooke Shields, Timothy Dalton, Tony Peck, Diana Scarwid, Jeffrey Tambor, Charles
Durning, Henry Gibson, Eddie Albert.
Tosco é a
palavra para descrever este péssimo filme. A trama é ridícula. Brenda Starr
(Brooke Shields) é uma personagem de histórias em quadrinhos que trabalha como
repórter. Cansada de ser criticada pelo seu criador (Tony Peck), ela se revolta
e obriga o sujeito a inserir ele mesmo nos quadrinhos. A partir daí, dentro dos
quadrinhos, Brenda e o cartunista seguem para a Floresta Amazônia à procura de
um cientista (Henry Gibson) que está desenvolvendo um novo tipo de gás sem
poluentes. Como uma narrativa lenta, uma Amazônia caricata e personagens ruins,
inclusive o então 007 Timothy Dalton usando uma tapa-olho, o longa fracassou
merecidamente.
2 comentários:
hj é uma disputa pelas histórias. beijos, pedrita
Pedrita - Hoje se transformou em um gênero lucrativo.
Bjos
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