quinta-feira, 14 de maio de 2015

A Hora do Espanto 1985, 1988 & 2011


A Hora do Espanto (Fright Night, EUA, 1985) – Nota 7,5
Direção – Tom Holland
Elenco – Chris Sarandon, William Ragsdale, Roddy McDowall, Amanda Bearse, Stephen Geoffreys, Jonathan Stark, Dorothy Fielding, Art Evans.

O adolescente Charley Brewster (William Ragsdale) leva uma vida normal em um bairro de subúrbio, até que um novo vizinho muda para a casa ao lado. Entre os móveis da mudança do sujeito, está um estranho caixão. Intrigado, Charley passa a vigiar o vizinho metido a galã (Chris Sarandon), que sempre recebe jovens bonitas em sua casa. Numa determinada noite, assistindo na tv o programa trash do “caçador de vampiros” Peter Vincent (Roddy McDowall), Charley vê o sujeito morder o pescoço de uma garota e passa a acreditar que ele é um vampiro. Com ajuda da namorada (Amanda Bearse) e de um amigo maluco (Stephen Geoffreys), Charley invade a casa do vizinho para provar sua teoria, dando início a um jogo de rato com o sujeito. 

Este divertido longa pode ser um considerado um dos maiores clássicos de terror dos anos oitenta, que foi lançado durante o auge do gênero e se tornou um grande sucesso. São vários pontos positivos, desde a história simples que modernizava o mito dos vampiros, passando pela clima de suspense e finalizando com os personagens carismáticos, mesmo longe de serem interpretados grandes atores. O vampiro Chris Sarandon sempre foi um canastrão e provavelmente por isso se mostra perfeito para o papel. O veterano Roddy McDowall, que estava marcado pelo papel de Caesar em “O Planeta dos Macacos”, tem aqui seu último grande momento da carreira como o medroso Peter Vincent. Já o casal principal se mostra inexpressivo, com William Ragsdale e Amanda Bearse comprovando a falta de talento no decorrer da carreira. 

O outro destaque fica por conta de Stephen Geoffreys como o agitado Ed “Devil”, personagem que se transforma em vampiro. Geoffreys era um rosto conhecido em filmes adolescentes nos anos oitenta e considerado talentoso pelos críticos, porém sabe-se lá porque, no início dos anos noventa ele abandonou a carreira normal e foi trabalhar como ator pornô em filmes gay. Uma decisão totalmente estranha, que entrou para as histórias curiosas do cinema. 

Como informação, o diretor Tom Holland faria outro clássico do terror oitentista, o cultuado “Brinquedo Assassino”.

A Hora do Espanto 2 (Fright Night Part 2, EUA, 1988) – Nota 6
Direção – Tommy Lee Wallace
Elenco – William Ragsdale, Roddy McDowall, Traci Lind, Julie Carmen, Jonathan Gries, Brian Thompson.

Quatro anos após o incidente com o vampiro, Charley (William Ragsdale) faz de tudo para esquecer o que ocorreu, até mesmo sessões de terapia. Ele está com uma nova namorada (Traci Lind) e deseja recomeçar uma vida normal. Peter Vincent também quer esquecer que vampiros existem. O terror recomeça quando o carro de Charley é perseguido por uma gangue e um dos integrantes tenta morder seu pescoço. A gangue tem como líder uma bela mulher (Julie Carmen), mas que mais se tarde se revelará irmã do vampiro morto por Charley e Peter. 

As sequências de filmes de sucesso se tornaram comuns nos anos oitenta, muitas delas produzidas a toque de caixa e com péssima qualidade, porém em alguns casos houve uma capricho maior. Aqui, a sequência é apenas razoável, os problemas principais estão na falta de originalidade da trama e na perda dos personagens de Chris Sarandon e Stephen Geoffreys. 

O lado excêntrico ficou apenas no personagem de Roddy McDowall, que infelizmente não consegue segurar o filme sozinho. Os produtores até tentaram ressuscitar o personagem de Geoffreys,  mas o ator não aceitou voltar ao papel. O filme ainda tem um interessante clima de suspense e alguma sensualidade com a personagem de Julie Carmen. 

O longa chegou a fazer algum sucesso, mas não o suficiente para outra sequência. 

A Hora do Espanto (Fright Night, EUA, 2011) – Nota 6,5
Direção – Craig Gillespie
Elenco – Anton Yelchin, Colin Farrell, Imogen Poots, Christopher Mintz Plasse, Toni Collette, David Tennant, Dave Franco, Chris Sarandon.

Charley Brewster (Anton Yelchin) é um adolescente que mora com a mãe (Toni Collette) em uma casa de subúrbio em Las Vegas e namora com a bela Amy (Imogen Potts). Quando um sujeito (Colin Farrell) muda para a casa ao lado e tenta se aproximar da mãe de Charley, a princípio o jovem parece não se importar, porém ao ser procurado por seu antigo amigo Ed (Christopher Mintz Plasse), tudo se modifica. Ed alega que o vizinho de Charley é um vampiro, pois algumas pessoas desapareceram após a chegada do homem no bairro. Os dois decidem investigar e rapidamente despertam a atenção do sujeito. Para ajudar na caçada, Charley procura Peter Vincent (David Tennant), um excêntrico mágico especializado em shows de ocultismo. 

Para quem não assistiu ao original, esta nova versão chega a ser divertida. O roteiro modificou várias situações, as cenas de ação são corretas e o jovem Anton Yelchin segura bem o papel principal, assim como o carismático Christopher Mintz Plasse como o maluco Ed. 

O filme perde na comparação com o original em alguns aspectos. O clima de suspense do original era bem mais legal, como se fosse um filme B, assim como os personagens de Roddy McDowall e Chris Sarandon eram mais interessantes que as versões de David Tennant e Colin Farrell. Por sinal, Sarandon aparece em uma ponta neste novo filme. 

Mesmo sendo razoável, o resultado é uma refilmagem desnecessária. 

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