A Hora do
Espanto (Fright Night, EUA, 1985) – Nota 7,5
Direção –
Tom Holland
Elenco –
Chris Sarandon, William Ragsdale, Roddy McDowall, Amanda Bearse, Stephen
Geoffreys, Jonathan Stark, Dorothy Fielding, Art Evans.
O
adolescente Charley Brewster (William Ragsdale) leva uma vida normal em um
bairro de subúrbio, até que um novo vizinho muda para a casa ao lado. Entre
os móveis da mudança do sujeito, está um estranho caixão. Intrigado, Charley
passa a vigiar o vizinho metido a galã (Chris Sarandon), que sempre recebe
jovens bonitas em sua casa. Numa determinada noite, assistindo na tv o programa
trash do “caçador de vampiros” Peter Vincent (Roddy McDowall), Charley vê o
sujeito morder o pescoço de uma garota e passa a acreditar que ele é um vampiro.
Com ajuda da namorada (Amanda Bearse) e de um amigo maluco (Stephen Geoffreys),
Charley invade a casa do vizinho para provar sua teoria, dando início a um jogo
de rato com o sujeito.
Este divertido longa pode ser um considerado um dos
maiores clássicos de terror dos anos oitenta, que foi lançado durante o auge do
gênero e se tornou um grande sucesso. São vários pontos positivos, desde a
história simples que modernizava o mito dos vampiros, passando pela clima de
suspense e finalizando com os personagens carismáticos, mesmo longe de serem
interpretados grandes atores. O vampiro Chris Sarandon sempre foi um canastrão
e provavelmente por isso se mostra perfeito para o papel. O veterano Roddy
McDowall, que estava marcado pelo papel de Caesar em “O Planeta dos Macacos”,
tem aqui seu último grande momento da carreira como o medroso Peter Vincent. Já
o casal principal se mostra inexpressivo, com William Ragsdale e Amanda Bearse
comprovando a falta de talento no decorrer da carreira.
O outro destaque fica
por conta de Stephen Geoffreys como o agitado Ed “Devil”, personagem que se
transforma em vampiro. Geoffreys era um rosto conhecido em filmes adolescentes
nos anos oitenta e considerado talentoso pelos críticos, porém sabe-se lá
porque, no início dos anos noventa ele abandonou a carreira normal e foi
trabalhar como ator pornô em filmes gay. Uma decisão totalmente estranha, que
entrou para as histórias curiosas do cinema.
Como informação, o
diretor Tom Holland faria outro clássico do terror oitentista, o cultuado “Brinquedo
Assassino”.
A Hora do
Espanto 2 (Fright Night Part 2, EUA, 1988) – Nota 6
Direção –
Tommy Lee Wallace
Elenco –
William Ragsdale, Roddy McDowall, Traci Lind, Julie Carmen, Jonathan Gries,
Brian Thompson.
Quatro anos
após o incidente com o vampiro, Charley (William Ragsdale) faz de tudo para
esquecer o que ocorreu, até mesmo sessões de terapia. Ele está com uma nova
namorada (Traci Lind) e deseja recomeçar uma vida normal. Peter Vincent também
quer esquecer que vampiros existem. O terror recomeça quando o carro de Charley
é perseguido por uma gangue e um dos integrantes tenta morder seu pescoço. A
gangue tem como líder uma bela mulher (Julie Carmen), mas que mais se tarde se
revelará irmã do vampiro morto por Charley e Peter.
As sequências de filmes de sucesso
se tornaram comuns nos anos oitenta, muitas delas produzidas a toque de caixa e
com péssima qualidade, porém em alguns casos houve uma capricho maior. Aqui, a
sequência é apenas razoável, os problemas principais estão na falta de
originalidade da trama e na perda dos personagens de Chris Sarandon e Stephen
Geoffreys.
O lado excêntrico ficou apenas no personagem de Roddy McDowall, que
infelizmente não consegue segurar o filme sozinho. Os produtores até tentaram
ressuscitar o personagem de Geoffreys, mas o ator não aceitou voltar ao papel. O
filme ainda tem um interessante clima de suspense e alguma sensualidade com a
personagem de Julie Carmen.
O longa chegou a fazer algum sucesso, mas não o suficiente
para outra sequência.
A Hora do Espanto (Fright Night, EUA, 2011) – Nota 6,5
Direção – Craig Gillespie
Elenco – Anton Yelchin, Colin Farrell, Imogen Poots,
Christopher Mintz Plasse, Toni Collette, David Tennant, Dave Franco, Chris
Sarandon.
Charley Brewster (Anton Yelchin) é um adolescente que mora
com a mãe (Toni Collette) em uma casa de subúrbio em Las Vegas e namora com a
bela Amy (Imogen Potts). Quando um sujeito (Colin Farrell) muda para a casa ao
lado e tenta se aproximar da mãe de Charley, a princípio o jovem parece não se
importar, porém ao ser procurado por seu antigo amigo Ed (Christopher Mintz
Plasse), tudo se modifica. Ed alega que o vizinho de Charley é um vampiro, pois
algumas pessoas desapareceram após a chegada do homem no bairro. Os dois
decidem investigar e rapidamente despertam a atenção do sujeito. Para ajudar na
caçada, Charley procura Peter Vincent (David Tennant), um excêntrico mágico
especializado em shows de ocultismo.
Para quem não assistiu ao original, esta
nova versão chega a ser divertida. O roteiro modificou várias situações, as
cenas de ação são corretas e o jovem Anton Yelchin segura bem o papel
principal, assim como o carismático Christopher Mintz Plasse como o maluco Ed.
O
filme perde na comparação com o original em alguns aspectos. O clima de
suspense do original era bem mais legal, como se fosse um filme B, assim como
os personagens de Roddy McDowall e Chris Sarandon eram mais interessantes que
as versões de David Tennant e Colin Farrell. Por sinal, Sarandon aparece em uma
ponta neste novo filme.
Mesmo sendo razoável, o resultado é uma refilmagem
desnecessária.
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