Segurando as Pontas (Pineapple Express, EUA, 2008) – Nota 6
Direção – David Gordon Green
Elenco –
Seth Rogen, James Franco, Danny McBride, Kevin Corrigan, Craig Robinson, Gary
Cole, Rosie Perez, Ed Begley Jr, Nora Dunn, Amber Heard, Bill Hader, James
Remar, Ken Jeong, Dana Lee.
Esta produção de Judd Apatow começa com um engraçado prólogo
numa base militar secreta provavelmente nos anos cinquenta, onde o exército faz
experiência utilizando um soldado (Bill Hader) fumando maconha. A reação do
sujeito é falar absurdos e ofender o oficial em comando (James Remar), que
decreta rapidamente que a droga é ilegal.
A trama pula para os dias atuais
quando o oficial de justiça Dale (Seth Rogen) que fuma maconha entre as
entregas de intimações, visita seu traficante, o maluco beleza Saul (James
Franco, impagável) e experimenta uma nova droga, a Pineapple Express do título
(a mesma droga testada pelo exército) e adora.
O problema começa quando Dale
tenta entregar uma intimação para o fornecedor da droga (Gary Cole) e presencia
o sujeito matando uma pessoa com a ajuda de uma policial (Rosie Perez). O
traficante chefe envia dois assassinos malucos (Kevin Corrigan e Craig
Robinson) para matar Dale e Saul que fogem desesperados.
A premissa é
engraçadíssima e os personagens principais sensacionais. Seth Rogen novamente
faz o sujeito atrapalhado e James Franco tem um das melhores interpretações da carreira
como o drogado Saul, porém o filme se perde quando o roteiro transforma o que
seria uma comédia anárquica numa paródia de ação, criando brigas, perseguições
e tiroteios que passam longe de ser engraçados.
É um desperdício da química
entre a dupla principal, que tem bons momentos, principalmente na primeira
metade do longa, como a sequência dos diálogos na floresta, mas infelizmente boa parte do
filme é descartável, como por exemplo o namoro entre o personagem de Rogen e a
jovem Amber Heard que sequer é finalizado.
É uma pena, pelos nomes envolvidos e
a experiência de boas comédias como ”O Virgem de 40 Anos” e “Superbad”, com
certeza era para se esperar um filme melhor.
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