A Vida Vai Melhorar (Une Vie Meilleure, França, 2011) – Nota
7,5
Direção – Cédric Kahn
Elenco – Guillaume Canet, Leila Bekhti, Slimane Khettabi.
Yann (Guillaume Canet) trabalha na cozinha de uma cantina e
sonha em ser chef. Na procura de um novo emprego, ele conhece Nadia (Leila
Bekhti), uma imigrante libanesa que trabalha como garçonete em um restaurante e
tem um filme de nove anos, Slimane (Slimane Khettabi). Logo, eles começam a
namorar e durante um passeio na beira de um lago, descobrem uma casa que está à
venda. Yann vê no local a chance de abrir um restaurante.
Com muito entusiasmo,
porém sem dinheiro, o casal negocia a compra do imóvel e a reforma do local
através de um financiamento bancário. Os problemas começam pela falta de
dinheiro para o pagamento entrada, o que faz com que Yann decida conseguir
outros empréstimos para fechar a negociação, porém um imprevisto transforma o
sonho do negócio próprio em um pesadelo.
A descida ao inferno das dívidas vivido
pelo casal principal é muito semelhante a situação que milhares de brasileiros
enfrentam ao tentar começar o próprio negócio. A empolgação inicial geralmente
faz com que as pessoas acabem dando o chamado “passo maior que a perna” e quando
percebem o buraco que se enfiaram já é tarde.
O roteiro mostra também que no
momento de aperto financeiro, todas as pessoas próximas desaparecem, promessas
são esquecidas e para piorar, ainda surgem aqueles que tem o objetivo de lucrar
com a tragédia alheia.
Vale destacar a interpretação de Guillaume Canet, que
foi coadjuvante em “A Praia” com Leonardo DiCaprio e também não me convenceu no
romântico “Amor ou Consequência”, mas que aqui tem um bom desempenho no papel do
obstinado e as vezes ingênuo Yann, que num determinado momento decide tomar uma
atitude drástica para tentar mudar sua vida.
É um bom drama, com situações
tristes e infelizmente realistas, mas que valem a sessão, principalmente para servir
de exemplo de como não agir para aqueles que pretendem investir em um negócio
próprio, ficando ainda a lição de que estamos sozinhos quando a questão é
dinheiro.
6 comentários:
Gostei do título, é bom vermos esses filmes "pra frente"...
Ola ,não assisti á este filme,mas achei muito interessante o resumo que fizestes.Realmente trata-se de um assunto muito atual e perigoso para quem dá o 'passo maior que as pernas'.Abraços.SU
Amo filmes tristes e realistas.....tipo Uma Janela para o Céu.
valeu a dica.
Marcelo - O título é "pra frente", mas o filme é triste.
Suzane - É uma história triste e atual.
Renato - Não é um filme que faz chorar, mas mostra um vida difícil para os protagonistas.
Abraço
Hmmm, fiquei com curiosidades, mas sempre fico de coração partido com esses filmes muito realistas. Mas depois do seu comentário, deu aquela vontadezinha de ver... O que você achou da direção?
Beijos!
Juliana P. @ FalaCultura
Juliana - Não conhecia este diretor e gostei do estilo. Ele escolheu contar a trama através de pequenos acontecimentos, pulando dias e até meses entre as situações. Foi uma sacada diferente.
Abraço
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