Freud, Além da Alma (Freud, EUA, 1962) – Nota 7,5
Direção –
John Huston
Elenco –
Montgomery Clift, Susannah York, Larry Parks, Susan Kohner, Eileen Herlie,
David McCallum, Eric Portman, Fernand Ledoux.
Viena, 1885, Sigmund Freud (Montgomey Clift) é um jovem médico
que tenta tratar pacientes que sofrem de histeria, porém é proibido pelo dono
do hospital, o arrogante Dr. Meynert (Eric Portman), que não acredita na doença
e diz que os pacientes com estes sintomas estão fingindo, pois para ele toda
doença tem uma causa física.
Para se aprofundar na sua tese de que a histeria é
um problema causado pela mente, Freud vai a Paris assistir uma palestra com o
médico francês Charcot (Fernand Ledoux) e volta fascinado pelo poder da
hipnose. Ao apresentar sua teoria no conselho médico de Viena, Freud é
ridicularizado por Meynert, mas chama a atenção do Dr. Breuer (Larry Parks),
que acredita na teoria de Freud, mas tem medo de perder seu prestígio caso se
aprofunde em algo que a comunidade médica não acredita. Breuer decide pagar
para Freud continuar sua pesquisa e passa alguns de seus pacientes para ele,
inclusive a jovem Cecily (Susanah York), que se torna a principal peça para
Freud comprovar sua teoria.
Este interessante filme do grande John Huston segue
os anos mais difíceis da vida profissional de Freud, mostrando todo o processo
que resultaria na teoria do Complexo do Édipo. O roteiro acompanha Freud em
cada etapa do desenvolvimento de sua teoria, inclusive utilizando suas próprias
experiências na infância para chegar ao conceito final. Não é um filme para
todo público, a imensa quantidade de diálogos sobre mente, pensamento e
inconsciente podem cansar quem não tenha interesse pelo tema. Para aqueles que
gostam de analisar estas questões, o filme é obrigatório.
Vale destacar a
sóbria interpretação de Montgomery Clift em seu penúltimo papel no cinema.
Clift foi um grande ator que faleceu jovem, mas deixou ótimos trabalhos em
filmes como “A Tortura do Silêncio”, “Julgamento em Nuremberg”, “Um Lugar ao
Sol” e “A Um Passo da Eternidade”.
3 comentários:
Gosto muito de Montgomery Clift, que está excelente neste filme. Uma cinebiografia quase nunca é 100% verdadeira, mas esta realmente prendeu minha atenção e me ensinou muita coisa.
Abraços!
Interessante!
Não conhecia esse filme, apesar de já ter escutado falar do mesmo.
Vou tentar conferir depois.
abraço.
Lê - Clif foi um bom ator que morreu cedo.
André - É interessante para conhecer um pouco mais sobre Freud.
Abraço
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