Direção – Pedro Almodovar
Elenco – Cecilia Roth, Marisa Paredes, Candela Peña, Antonia
San Juan, Penelope Cruz, Rosa Maria Sardá, Fernando Fernan Gomez, Fernando
Guillen, Eloy Azorin.
Manuela (Cecilia Roth) é mãe do jovem Esteban (Eloy Azorin),
que deseja ser escritor e por este motivo registra tudo sobre seu
relacionamento com a mãe. Quando eles vão assistir a uma peça de teatro no
aniversário de Esteban, um acidente ocorre quando o garoto deseja pegar o
autógrafo da atriz principal da peça, Huma Rojo (Marisa Paredes) e ele acaba falecendo.
Sem saber o que fazer da vida, Manuela decide ir embora de Madrid e voltar para
Barcelona, onde tenta reencontrar o pai do seu filho. Manuela acaba reencontrando
um amigo, o travesti Agrado (Antonia San Juan) e se envolve na vida da freira
Rosa (Penelope Cruz), que passa por um momento difícil. Além disso, Manuela
também se aproxima da atriz Huma e descobrirá que o sucesso na carreira não é
garantia de felicidade.
Não sou fã de novelas, considero um tipo de programa
ultrapassado que tem objetivos comerciais no pior sentido possível, que são conseguir
audiência, vender produtos e ditar moda, sem contar que os dramas são exagerados
e na maioria das vezes difundem a ideia de que o mundo é dividido entre o bem e
o mal, sem meio termo.
Comentei este fato para citar que o cinema de Almodovar
bebe na fonte dos dramalhões das novelas, porém sua habilidade em desenvolver
personagens, muitas vezes bizarros e sintetizar interessantes histórias de vida
em pouco menos de duas horas é digna de aplausos.
A trama de “Tudo Sobre Minha
Mãe” seria uma novela das piores nas mãos de um canal de tv, porém Almodovar
consegue entreter o público de cinema mostrando gravidez indesejada, conflitos
entre mãe e filha, drogas, doenças e tragédias de uma forma peculiar e
original.
Neste filme vale ainda destacar as belas atuações de Marisa Paredes, da
argentina Cecilia Roth e de Antonia San Juan interpretando um travesti.
4 comentários:
Concordo ctg, um tipico filme de almodovar com as suas frikys personagens
Ola, Hugo. Recebi o selo Programa de incentivo à leitura e o concedo a você. Vá lá no Gilberto Cinema e confira. Abraços.
Tudo Sobre Minha Mãe foi o primeiro filme de Almodovar que assisti. Então, tenho um carinho especial, hehe. É bem a cara dele mesmo, com sua visão de mundo particular.
P.S. Agora não seja tão cruel com as telenovelas, algumas tem qualidades e nem todas seguem o maniqueísmo clássico de bem e mal, ou o melodrama mais exacerbado. E não deixa de ser uma fonte cultural do país, com suas peculiaridades e problemas, verdade, mas também com algumas qualidades. Não acho que só sirva para vender produtos, ainda que este seja o objetivo principal de qualquer forma industrial, inclusive dos filmes. Ou vai dizer que a base das bilheterias de Hollywood não é a venda de produtos?
bjs
Gonga - Totalmente Almodovar.
Gilberto - Obrigado pela lembrança, passarei no seu blog para pegar o selo.
Amanda - Não tive a intenção, mas acredito que fiz você ficar brava...rs
Concordo que as produções de Hollywood também buscam o lucro na venda de produtos e quinquilharias, mas vejo uma diferença fundamental em relação as novelas.
Um filme por mais comercial que seja, é uma sessão em torno de duas horas. É um tempo curto para "fazer a cabeça" do espectador. Enquanto isso as novelas martelam seus dogmas na cabeça do espectador seis dias por semana.
Além disso, no Brasil um filme de sucesso chega a 500 mil espectadores em média, alguns casos extraordinários chegam a um milhão. Já as novelas tem milhões de espectadores diariamente.
Por isso eu entendo que as novelas no Brasil influenciam muito mais as pessoas do que o cinema, quase sempre de uma forma ruim.
Abraço
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