sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Bombas - Filmes de Ficção B - Parte II

O gênero ficção é um dos que mais rendem filmes ruins. Já comentei sobre alguns por aqui e agora cito mais cinco produções de péssima qualidade.

A Rebelião Final (Rising Storm, EUA, 1989) – Nota 3
Direção – Francis Schaeffer
Elenco – Zach Galligan, Wayne Crawford, June Chadwick, Elizabeth Keifer, John Rhys Davies.

Em 2099, os Estados Unidos vivem uma ditadura comandada por um reverendo e seu exército. Neste contexto, os irmãos Gage (Zach Galligan e Wayne Crawford) vivem de pequenos golpes e de transportar imigrantes ilegais do México. Quando eles cruzam com duas irmãs (June Chadwick e Elizabeth Keifer) que estão em busca de antiguidades valiosas, os irmãos aceitam ajudá-las nas busca entre troca de parte do valor, porém terão de enfrentar ainda os soldados do reverendo. 

Esta fraquissima ficção B é falsa desde os figurinos estranhos, passando pelos cenários sem charme algum, até os péssimos elenco e roteiro. A única curiosidade é ter como protagonista Zach Galligan, que ficou conhecido pelo sucesso de “Gremlins” e depois desapareceu em papéis ruins como este aqui. 

O Portal do Tempo (Beastmaster 2: Trough the Portal of Time, EUA, 1993) – Nota 3,5
Direção – Sylvio Tabet
Elenco – Marc Singer, Wings Hauser, Kari Wuhrer, Sarah Douglas, James Avery, Robert Z’Dar.

Na Idade Média, durante uma batalha, o príncipe Dar (Marc Singer) entra em uma caverna para perseguir seu inimigo Arklon (Wings Hauser), porém o local na verdade é um portal do tempo que os leva para Los Angeles nos dias atuais, onde Arklon tentará explodir uma bomba atômica. 

Sequência do longa cult “O Senhor das Feras” (ou “O Príncipe Guerreiro”), esta produção com um roteiro totalmente absurdo, tenta utilizar a criatividade na mudança de cenário para tentar driblar a falta de orçamento, mas falha completamente. 

Marc Singer teve alguma fama nos anos oitenta ao estrelar “O Senhor das Feras” e principalmente pelo papel na minissérie original “V – A Batalha Final”, mas não conseguir se firmar e se tornar figura carimbada em filmes B, assim como o vilão Wings Hauser, pai do ator Cole Hauser.

Agentes da Sombra (The Shadow Men, EUA, 1997) – Nota 2
Direção – Timothy Bond
Elenco – Eric Roberts, Sherilyn Fenn, Dean Stockwell, Brendon Ryan Barrett.

Um casal (Eric Roberts e Sherilyn Fenn) viaja de carro com seu filho pequeno quando são ofuscados por um luz intensa. Eles acordam horas depois sem saber o que ocorreu. Logo, o casal começa a ter pesadelos com alienígenas e ao mesmo tempo passa a ser perseguido por estranhos homens de preto. A única saída parece ser a ajuda de um escritor de ficção científica (Dean Stockwell).

Esta ficção vagabunda tentou capitalizar com o sucesso do ótimo “Homens de Preto”, utilizando a lenda urbana destes personagens para criar uma péssima trama de ficção, com cenas constrangedoras de tão ruins. Um caso a parte é a carreira de Eric Roberts, irmão mais velho de Julia Roberts. Nos anos oitenta ele chegou a ser famoso e até concorreu ao Oscar de Coadjuvante pelo papel em “Expresso para o Inferno”, mas sabe-se lá porque, a partir dos anos noventa ele se tornou um operário do cinema, aceitando papel em todo tipo de filme, desde o sensacional “Batman – O Cavaleiro das Trevas” até longas horrorosos como este. Até hoje consta participação de Eric Roberts em 270 filmes, um absurdo para um ator que já foi promissor e que ainda tem apenas 56 anos.

Fragmentos do Passado (Fugitive Mind, EUA, 1999) – Nota 4
Direção – Fred Olen Ray
Elenco – Michael Dudikoff, Heather Langenkamp, Michele Greene, David Hedison, Ian Ogilvy, Gil Gerard, Barry Newman, Chick Vennera, Gabriel Dell, Judson Scott.

Um engenheiro (Michael Dudikoff) tem a vida virada de ponta cabeça quando homens invadem sua casa e o sequestram, ao que parece com ajuda de sua esposa (Michele Greene). O sujeito passa por uma sessão de lavagem cerebral e se torna um assassino, porém aos poucos começa a ter flashes do seu passado e descobre ter sido utilizado como cobaia numa experiência de uma agência secreta do governo. 

O filme é ruim, a trama fraca e o elenco recheado de canastrões, como o “American Ninja” Michael Dudikoff e Heather Langenkamp que tem como papel principal seu trabalho nos três melhores filmes da série “A Hora do Pesadelo”. 

O diretor Fred Olen Ray é um caso a parte. Ele iniciou a carreira nos anos oitenta produzindo e dirigindo filmes vagabundos de ficção, terror e policial direto para vídeo e lucrou com a explosão do VHS na época. Quando o mercado decaiu, ele passou a produzir longas erótico soft, do estilo que passam na madrugada dos canais a cabo. Sua marca é sempre a péssima qualidade.

Terror em Alcatraz (New Alcatraz, EUA, 2001) – Nota 4
Direção – Phillip J. Roth
Elenco – Dean Cain, Elizabeth Lackey, Mark Sheppard, Dean Biasucci, Craig Wasson, Grand L. Bush, Greg Collins, Richard Tanner, Dana Ashbrook

Um presidio de segurança máxima construído no Alasca recebe detentos do mundo inteiro, porém quando descobrem por acaso uma gigantesca cobra enterrada e congelada no local, a Dr. Jessica (Elizabeth Lackey) convida seu ex-marido, o Dr. Robert Trenton (Dean Cain) para ajudar na análise da criatura. Lógico que a situação sairá do controle e todos (administradores, guardas e prisioneiros) terão de lutar para tentar sobreviver. 

Este terror de baixo orçamento é outra bola fora do canastrão Dean Cain, famoso pela série de tv “Lois e Clark”, que no cinema está relegado a pequenos papéis de vilão em seriados ou protagonista de filmes vagabundos como este. 

2 comentários:

Amanda Aouad disse...

Vixe, quero distância dessa lista, hehehe.

bjs

Hugo disse...

Amanda - Você não vai perder nada.

Bjos