Direção – Ben Affleck
Elenco –
Ben Affleck, Bryan Cranston, Alan Arkin, John Goodman, Victor Garber, Tate
Donovan, Clea DuVall, Scoot McNairy, Rory Cochrane, Christopher Denham, Kerry
Bishé, Kyle Chandler, Chris Messina, Zeljko Ivanek, Titus Welliver, Bob Gunton,
Philip Baker Hall, Keith Szarabajka, Richard Kind, Richard Dillane.
Em 1979, o Irá estava à beira de uma guerra civil. O país
tinha como líder o xá Reza Pahlevi, um ditador que estava no poder desde 1941 e
que apenas em 1953 saiu do Irá após perder eleições para Mohammad Mosaddeq, mas
logo retornou com apoio americano e derrubou Mosaddeq, dando continuidade a seu
governo de terror. Na época, Pahlevi está muito doente, situação que ajudou a
crescer uma revolução popular comandada à distância pelo Aiatolá Khomeini que
vivia exilado na França.
Neste contexto, no final de 1979, os revolucionários
invadiram a embaixada americana tomando os funcionários como reféns, porém seis
americanos conseguiram fugir e se esconder na casa do embaixador canadense
(Victor Garber). O governo americano precisava tentar retirar estas seis
pessoas antes que os revolucionários descobrissem que elas haviam fugido, porém
não sabiam como fazer.
Em meio a várias teorias, surge o agente da CIA Tony
Mendez (Ben Affleck) que após ver na tv um dos filmes da série “O Planeta dos
Macacos”, sugere que o governo financie uma falsa produção de um filme
canadense e que ele vá até o Irã como sendo chefe de uma equipe de filmagens
para resgatar os americanos.
Para o negócio dar certo, Mendez pede ajuda a seu
amigo, o maquiador John Chambers (John Goodman) vencedor do Oscar pelo clássico
“O Planeta dos Macacos”, que aceita e ainda convence um velho produtor (Alan
Arkin) a participar do esquema.
Por mais absurda que pareça, esta história é
verdadeira e com exceção do personagem de Arkin, todos os outros participaram da
ação que ficou em segredo por quase vinte anos, vindo a público apenas no
final dos anos noventa quando o então presidente Bill Clinton liberou os
documentos.
Depois dos ótimos “Medo da Verdade” e “Atração Perigosa”, Ben
Affleck confirma seu talento na direção ao comandar uma trama que em alguns
momentos pode parecer engraçada, mas que segue numa crescente de tensão até a
sequência final no aeroporto, que prende o espectador na cadeira e até lembra
(mesmo com conteúdo bem diferente), a assustadora sequência em que o personagem
de Brad Davis é preso pelo polícia turca no aeroporto em “O Expresso da
Meia-Noite”.
A ótima montagem e a trilha sonora valorizam ainda mais a
narrativa, além da ótima reconstituição das cenas reais que são comparadas com
fotos nos créditos finais.
A mão de Affleck estava tão boa que até mesmo sua interpretação
convence, onde vale destacar ainda o ótimo Bryan Cranston (da série “Breaking
Bad”) como seu chefe e os veteranos Alan Arkin e John Goodman que fazem o
contraponto mais leve na trama.
O resultado é um belo longa que mistura drama
político com suspense de modo exemplar.
7 comentários:
Pois é, um bom filme, com uma direção madura de Ben Affleck. Mas, confesso que não entendo o porquê de tanto barulho ao redor dele... Ganhar tudo dessa forma também é exagero, não?
bjs
Curiosamente hoje vou ver este filme, a tua critica deixo-me com agua na boca ;)
1 abraço
Não sou um entusiasta de Argo, mas acho um bom filme. Não sei, me parece que falta algo nele...
Affleck amadureceu tanto que é até perdoável certas pérolas do passado como Daredevil. Em compensação, tem trabalhos notáveis como Gênio Indomável. Argo é ótimo e um forte concorrente para Melhor Filme no Oscar.
Abs.
Amanda - O que acontece com "Argo" é semelhante ao ocorrido com "Guerra ao Terror". Uma trama bem americana com toques de política internacional, situação que chama a atenção do público e dos críticos de cinema do país.
Gonga - Espero que goste.
Celo - Fiquei satisfeito, a narrativa tem um tensão crescente.
Rodrigo - Ao que parece a carreira de diretor dele será de primeira qualidade.
Abraço
Fiquei curiosa para assistir ao filme, claro que o fato de ter sido indicado ao Oscar chamou minha atenção. E se a história é baseada em fatos reais, isso deixa o filme duas vezes mais interessante na minha concepção!
Abraço.
Nani - É uma história absurda, mas verdadeira.
Abraço
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