Direção –
M. Night Shyamalan
Elenco –
Noah Ringer, Dev Patel, Nicola Peltz, Jackson Rathbone, Shaun Toub, Aasif
Mandvi, Cliff Curtis, Seychelle Gabriel, Katharine Houghton.
O mundo está dividido em quatro povos: Os povos da água, da
terra, do ar e do fogo. A paz entre estes povos era mantida pela presença de um
avatar, um sujeito que nasce a cada geração com o poder de dominar os quatro
elementos. Quando o avatar desaparece, o povo do fogo decide atacar os outros
grupos, exterminando primeiramente o povo do ar que pela tradição seria onde
nasceria o próximo avatar. Em seguida o povo do fogo entra em guerra com os
povos da água e da terra, escravizando várias comunidades.
Quando o jovem Aang (Noah Ringer) é resgatado congelado por dois irmãos
do povo da água, Sokka (Jackson Rathbone) e Katara (Nicola Peltz), eles
descobrem que o garoto é o avatar que desapareceu há cem anos, O fato dá início
a uma caçada do povo do fogo para capturar o avatar, ao mesmo tempo em que o
garoto Aang precisa aceitar que toda uma geração depende de sua vida.
O diretor
M. Night Shyamalan se baseou numa série de animação para escrever o roteiro e
comandar esta adaptação com o objetivo de criar um franquia, sendo a princípio
uma trilogia, porém a crítica massacrou o filme e enterrou as esperanças de uma
sequência. Analisando sem conhecer a série animada, considero um bom filme,
perfeito na parte técnica e com cenas de ação interessantes, além de apresentar
um bom protagonista, com o garoto Noah Ringer dando conta do recado.
O problema
principal é o roteiro que comprime vários personagens e muita história em pouco
mais de uma hora e meia, fato ocorrido provavelmente com a certeza de que o
restante da trama seria contada nos dois filmes seguintes. Este tipo de aposta
vem dando errado em vários casos, como na razoável ficção adolescente “Eu Sou o
Número Quatro” e na confusa fantasia “A Bússola de Ouro”.
A diferença aqui está
na história que mesmo não aproveitando bem os personagens é contada de modo
claro, inclusive com situações adultas, como a angústia do personagem principal
em assumir seu destino e a obstinação do príncipe Zuko (Dev Patel) em capturar
o avatar para ser aceito por seu pai (Cliff Curtis), o rei do povo do fogo.
Acredito que um filme com maior duração poderia desenvolver melhor os
personagens e adiantar a trama até um final que não deixasse o espectador
frustrado caso não houvesse uma sequência.
Além do roteiro, outro fator que
pesou foi a antipatia de grande parte da crítica ao trabalho de Shyamalan, que
foi quase chamado de gênio após “O Sexto Sentido” e que vem sendo detonado a
cada novo trabalho. As duas situações são exageradas, Shyamalan não é um gênio, mas também não merece as críticas duras, já que ele é um cineasta original numa época em
que poucos diretores tem coragem de inovar.
Infelizmente o público que conheceu
esta história apenas no cinema não saberá como termina a saga.
3 comentários:
Mas, a série está aí para quem quiser encarar, Hugo. E recomendo. Gosto bastante de Avatar e acho que M. Night Shyamalan se empolgou com a série, mas se complicou ao tentar adaptá-la, principalmente por causa da duração mesmo.
Concordo que não é um péssimo filme, mas tem muita construção confusa que parece apenas uma introdução e não uma história com começo, meio e fim. Ele achou que só os fãs da série iriam sustentar a trilogia. Uma pena.
bjs
Particularmente, também não aprecio filmes que sirvam e transpareçam apenas ser o alicerce de um plano maior. Embora não seja bem o caso desse, se comparado a outros filmes febris como "Jogos Vorazes", mas a história de "O Último Mestre do Ar", como a narrativa adotada por Shyamalan não foi das melhores. Fico com o trabalho de início de carreira do cineasta!
abraço
Amanda - Eu entendo que a série animada está aí para quem quiser conferir, mas uma adaptação para o cinema de carne e osso é outra coisa e com certeza atinge um número maior de pessoas.
Marcelo - Uma continuação deve ser consequência de recepção do filme pelo público. Agora tentar prever o que será sucesso é complicado.
Abraço
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