O Sequestro
do Metrô (The Taking of Pelham One Two Three, EUA, 1974) – Nota 7,5
Direção –
Joseph Sargent
Elenco –
Walter Matthau, Robert Shaw, Martin Balsam, Hector Elizondo, Jerry Stiller,
James Broderick, Kenneth McMillan, Julius Harris, Dick O’Neill, Earl Hindman,
Lee Wallace, Doris Roberts.
Quatro homens (Robert Shaw, Martin Balsam, Hector Elizondo e
Earl Hindman) sequestram uma composição do metrô e exigem um mihão de dólares
como resgate. O líder da quadrilha (Robert Shaw) faz contato com a sala de
comando do metrô e passa a negociar como tenente Zachary Garber (Walter
Matthau), que precisa ganhar tempo enquanto espera a decisão do prefeito panaca
(Lee Wallace) e um possível plano de ação da polícia para invadir o vagão
sequestrado.
Mesmo não sendo filmaço, é uma obra cultuada pela tensão crescente
pontuada por uma marcante trilha sonora, pelo roteiro inteligente e o elenco
competente com personagens bem desenvolvidos, inclusive os bandidos. Temos o cérebro
do crime (Robert Shaw), o sujeito calado (Earl Hindman), o explosivo (Hector
Elizondo) e o veterano (Martin Balsam), sem contar o grande Walter Matthau misturando
astúcia e ironia nos diálogos da negociação.
O longa tem várias curiosidades: O
diretor Quentin Tarantino homenageou o filme em “Cães de Aluguel” utilizando as
cores para os apelidos dos bandidos, assim como vemos aqui. Temos Mr. Blue, Mr. Grey, Mr. Green e Mr.
Brown. O operador do metrô é vivido por James Broderick, pai do futuro
astro Matthew Broderick e Jerry Stiller, pai de Ben Stiller, interpreta um policial.
Finalizando, o diretor Joseph Sargent fez praticamente toda a carreira em
filmes para tv, este longa é uma exceção, assim como “MacArthur” com Gregory
Peck.
O Sequestro
do Metrô ou Inferno Subterrâneo (The Taking of Pelham One Two Three, EUA, 1998)
– Nota 6
Direção – Felix Enriquez Alcalá
Elenco –
Edward James Olmos, Vincent D'Onofrio, Donnie Wahlberg, Richard Schiff, Lisa
Vidal, Lorraine Bracco, Tara Rosling, Kenneth Welsh.
Quatro assaltantes sequestram uma composição do metrô e
exigem cinco milhões de dólares como resgate. Dois policiais (Edward Jamess
Olmos e Lorraine Bracco) são chamados para negociar, porém os sequestradores
matam um dos reféns, fato que faz com que a polícia acredite que invadir o
vagão seja única solução.
É com certeza a versão mais pobre dos três filmes sobre
a mesma trama, porém alguns detalhes são diferentes em relação aos personagens.
No grupo de bandidos temos uma mulher (Tara Rosling) e outra mulher (Lorraine
Bracco) interpreta uma personagem importante da polícia. O restante do filme é
bem parecido com original, porém com as limitações de uma produção para a tv,
além de apresentar um vilão exagerado interpretado por Vincent D’Onofrio.
Como
curiosidade, o filme também é conhecido como “Inferno Subterrâneo”.
O Sequestro do Metrô 1 2 3 (The Taking of Pelham 1 2 3, EUA,
2009) – Nota 6,5
Direção –
Tony Scott
Elenco –
Denzel Washington, John Travolta, John Turturro, James Gandolfini, Luís Guzman,
Michael Rispoli, Ramon Rodriguez, John Benjamin Hickey, Victor Gojcaj, Robert
Vataj, Gary Basaraba, Aunjanue Ellis.
Quatro sujeitos sequestram uma composição do metrô que saiu
do Brooklin com destino a Manhattan. O líder do grupo é Ryder (John Travolta)
que entra em contato com a sala de controle do metrô e fala com Walter Garber
(Denzel Washington), exigindo um resgate de dez milhões de dólares em uma hora,
caso contrário matará um refém por cada minuto de atraso. Walter na verdade era
o chefe do departamento, porém está em investigação por suspeita de ter recebido
propina, por este motivo perdeu temporariamente o cargo. Ryder não aceita
conversar com o negociador da polícia (John Turturro), preferindo manter Walter
como seu único contato.
O recentemente falecido Tony Scott era um diretor
craque na parte técnica, seus filmes sempre traziam imagens estilizadas, cortes
rápidos e câmera lenta em determinadas cenas, porém os roteiros na maioria das
vezes eram previsíveis. Aqui acontece exatamente isso, a primeira hora é
interessante, com ótimos diálogos entre Washington e Travolta e uma certa tensão
dentro do vagão sequestrado. Os problemas começam com o mal aproveitamento de
bons coajuvantes como Turturro e James Gandolfini como o prefeito. Para piorar,
a parte final transforma a tensão e o suspense numa perseguição absurda, não
pela sequência em si, mas por transformar o personagem de Washington em herói,
diferente das versões anteriores em que o clímax não apelava para o exagero.
3 comentários:
Assisti o de 74 e o de 2009. Gosto do 74 e do 2009 tb. Acho filmes divertidos, bons entretenimentos.
Interessante comparação, mas como só vi o de 2009 fico sem ter como concordar ou não, hehe. Acho um filme interessante, o roteiro tem uma sensação de requentado, não apenas por ser remake, mas por não trazer nada de novo. Mas, as atuações de Denzel Washington e John Travolta chamam a atenção e a direção é muito competente.
bjs
Celo - Os dois são divertidos, mas o original é mais realista.
Amanda - O filme de 2009 é divertido, a narrativa é boa e a dupla principal está bem, mas não gostei do final. A opção de querer transformar um sujeito comum em herói ficou clichê demais.
Até mais
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