segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Halloween: O Início e Halloween II


Como já escrevi no blog sobre o clássico Halloween de John Carpenter, desta vez comento sobre a interessante refilmagem comandada pelo roqueiro Rob Zombie e a sua continuação apenas regular.

Halloween: O Início (Halloween, EUA, 2007) – Nota 7
Direção – Rob Zombie
Elenco – Malcolm McDowell, Scout Taylor Compton, Sheri Moon Zombie, Daeg Faerch, William Forsythe, Brad Dourif, Tyler Mane, Danielle Harris, Hanna Hall, Danny Trejo, Richard Lynch, Clint Howard, Udo Kier, Dee Wallace, Ken Foree, Sybil Danning, Sid Haig.

Esta nova versão do clássico de John Carpenter tem uma boa história e uma clima de terror B, que se é não tão bom quanto original, pelo menos é competente. O roteiro do roqueiro e diretor Rob Zombie acerta ao mostrar a infância de Michael Myers e o porquê dos seus crimes. 

A história começa acompanhando a vida de Michael (Daeg Faerch) ao dez anos, quando ele vive com sua mãe (Sheri Moon Zombie, esposa de Rob na vida real) que trabalha como stripper, sua irmã (Hanna Hall), seu padrastro bêbado (William Forsyhte) e sua irmã ainda bebê. Seu passatempo é torturar animais, até que num ataque de fúria mata um colega de escola que o inportunava e em seguida ataca a própria família. 

Michael acaba sendo levado a um sanatório onde é tratado pelo Dr. Loomis (Malcolm McDowell), sem sucesso algum. Depois a história pula quinze anos para mostrar Michael (agora vivido pelo grandalhão Tyler Mane) fugindo do sanatório e voltando para sua cidade atrás da pequena irmã que sobreviveu. 

A primeira parte do longa onde conhecemos a vida de Michael ainda criança é ótima, com o garotinho Daeg Faerch assustando o público com sua cara de psicopata, porém na parte final a história se torna previsível, seguindo a cartilha dos filmes de terror. 

Outro ponto que agradará aos cinéfilos que gostam de terror B é o elenco, que tem participações de Brad Dourif, que fez o espírito do boneco Chucky em “Brinquedo Assassino”,  Dee Wallace que trabalhou em “Quadrilha de Sádicos” e “Grito de Horror”, Sybil Danning que interpretou personagens sensuais em vários filmes de ficção dos anos oitenta como “Mercenários das Galáxias”, Ken Foree coadjuvante nos filmes de zumbi de George Romero, além de Danielle Harris que trabalhou nas partes quatro e cinco da série original. Apesar do falecido Donald Pleasence ser insubstituível como o Dr. Loomis original, aqui o estranho Malcolm McDowell também dá conta do recado.


Halloween II (Halloween II, EUA, 2009) – Nota 6
Direção – Rob Zombie
Elenco – Malcolm McDowell, Scout Taylor Compton, Sheri Moon Zombie, Tyler Mane, Brad Dourif, Danielle Harris, Howard Hesseman, Margot Kidder, Richard Riehle, Dayton Callie, Mark Boone Junior, Daniel Roebuck, Silas Weir Mitchell, Weird Al Yankovic.

Um anos após o massacre de Haddonfield, as autoridades acreditam que Michael Myers (Tyler Mane) está morto, mesmo seu corpo não sendo encontrado. Enquanto isso a irmã de Michael, Laurie Strode (Scout Taylor Compton) que hoje vive com o xerife Bracket (Brad Dourif) e sua filha Anne (Danielle Harris), sofre com pesadelos sobre o massacre dias antes da noite de Halloween. Já o Dr. Loomis (Malcolm McDowell) divulga seu novo livro onde conta detalhes de sua relação com Michael Myers, quando este era seu paciente. Em paralelo, Michael Myers que vive numa cabana no meio da floresta, começa a ter visões de sua mãe (Sheri Moon Zombi), que pede para ele buscar a irmã. 

O roqueiro Rob Zombie acertou na refilmagem do original, criando uma obra que competente, mas esta continuação peca pelo fraco roteiro, que exagera nas visões que Michael e sua irmã tem da mãe toda vestida de branco ao lado de um cavalo branco, além de desenvolver muito mal a participação do personagem Dr. Loomis. 

Os pontos positivos são a assustadora sequência inicial e as cenas de mortes extremamente violentas e sanguinárias. Apesar dos altos e baixos, vale destacar que Zombie tem potencial para se tornar um bom diretor do gênero, basta escrever ou escolher roteiros melhores. 


3 comentários:

Rodrigo Mendes disse...

Meu amigo, eu não gosto nem um pouco dos filmes de Zombie. Se as continuações do clássico de Carpenter são algumas regulares e outras irregulares, estes remakes são desnecessários, completamente.
E, sem contar Malcolm McDowell canastrão demais!

Abraço.

A Bola Indígena disse...

Tenho um pouco medo de assistir a este remake, um pouco pelas razões que o rodrigo apontou.

abç

Hugo disse...

Rodrigo - Eu gostei da refilmagem e posso estar errado, mas vejo potencial em Zombie como diretor.

André - Em comparação com este monte de refilmagens dos últimos anos, está é interessante.

Abraço