Nesta postagem comento sobre dois filmes que contam a vida de personagens que foram famosos nos anos sessenta, mas que entraram em decadência em virtude da personalidade complicada, sendo que um destes casos acabou em tragédia.
Uma Vida sem Limites (Beyond the Sea, EUA / Alemanha /
Inglaterra, 2004) – Nota 7
Direção –
Kevin Spacey
Elenco –
Kevin Spacey, Kate Bosworth, John Goodman, Bob Hoskins, Brenda Blethyn, Greta
Scacchi, Caroline Aaron, Peter Concotti, William Ullrich.
A segunda incursão do ator Kevin Spacey na direção (a
primeira foi em “Ciladas da Sorte” em 1996) conta a vida do cantor e ator Bob
Darin.
O próprio Spacey interpreta Darin, que sofria desde criança com uma
doença respiratória e chegou a ser diagnosticado que dificilmente viveria até
os quinze anos. Com a ajuda da mãe (Brenda Blethyn), ele se apaixonou pela
música e sempre teve a ambição de se tornar um astro. Tendo ainda o apoio da
irmã (Caroline Aaron) e do cunhado (Bob Hoskins), Darin ficou famoso com a
música “Splish, Splash”, mas seu sonho era maior, o que o levou ao cinema onde
conheceu, se apaixonou e casou com a estrela adolescente Sandra Dee (Kate
Bosworth), além de ser figura carimbada na famoso boate Copacabana em Nova York.
Spacey escolheu contar a história através de Darin conversando com
ele mesmo quando criança (interpretado por William Ullrich) e mostrando toda a
vida deste talentoso e ambicioso artista, dando grande ênfase aos
números musicais, onde o próprio Spacey interpreta as canções.
Auto Focus (Auto Focus, EUA, 2002) – Nota 7
Direção – Paul Schrader
Elenco –
Greg Kinnear, Willem Dafoe, Rita Wilson, Maria Bello, Ron Leibman, Kurt Fuller,
Michael E. Rodgers, Ed Begley Jr, Michael McKean
Este filme dirigido por Paul Schrader (“A Marca da Pantera”,
“Temporada de Caça”) é baseado num livro de Robert Graysmith (autor do livro
que originou “Zodíaco” de David Fincher) e conta a vida do ator Bob Crane (Greg
Kinnear), que foi o astro da série “Guerra, Sombra e Água Fresca” (“Hogan’s
Heroes”) que foi ao ar de 1965 a 1971.
O roteiro cobre principalmente a vida
particular do astro, que mesmo casado com Anne (Rita Wilson), tinha diversas
amantes e uma comprovada compulsão por sexo, que aumentou quando ele conheceu o
estranho John Carpenter (Willem Dafoe), que filmava as orgias que a dupla
participava.
A história mostra a frustração de Crane em não conseguir se tornar
astro de cinema e segue até sua estranha morte num quarto de motel em 1978.
O
interessante do filme é ver como a compulsão pelo sexo sem limites tomou conta
da vida deste ator que acabou se perdendo na carreira.
O filme tem ainda bons
desempenhos de Greg Kinnear como Bob Crane e de Willem Dafoe como o sinistro
amigo do protagonista.
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