sexta-feira, 14 de julho de 2023

A Trágica Farsa & O Diabo Riu Por Último

 


A Trágica Farsa (The Harder They Fall, EUA, 1956) – Nota 8
Direção – Mark Robson
Elenco – Humphrey Bogart, Rod Steiger, Jan Sterling, Mike Lane, Max Baer, Nehemiah Persoff.

Nick Benko (Rod Steiger) é um corrupto empresário de boxe que planeja alavancar a carreira do ingênuo lutador argentino Toro Moreno (Mike Lane). Enquanto arma lutas forjadas contra lutadores comprados, Benko contrata o jornalista Eddie Willis (Humphrey Bogart) para escrever sobre Toro, como se fosse um novo grande astro do esporte. 

Em 1949, o diretor Mark Robson já havia feito o ótimo longa “O Invencível” sobre o mundo do boxe com Kirk Douglas como protagonista. Aqui o foco são os bastidores da corrupção do esporte envolvendo lutas compradas e apostas, algo que sempre foi uma espécie de nuvem cinzenta no boxe. 

O roteiro explora o lado humano através da ingenuidade do lutador e do peso na consciência que aos poucos se instala no personagem de Bogart. Por sinal, este foi o último trabalho do ator, que já estava doente e faleceria no ano seguinte. 

Vale citar ainda a participação de Max Baer vivendo outro lutador, ele que foi campeão de boxe na vida real nos anos vinte.

O Diabo Riu Por Último (Beat the Devil, Inglaterra / Itália / EUA, 1953) – Nota 6
Direção – John Huston
Elenco – Humphrey Bogart, Jennifer Jones, Gina Lollobrigida, Robert Morley, Peter Lorre, Edward Underdown, Ivo Barnard, Marco Tulli, Bernard Lee.

Em uma cidade litorânea no sul da Itália, Billy Dannreuther (Humphrey Bogart) é o intermediário entre uma quadrilha de golpistas liderada por Peterson (Robert Morley) e um desconhecido que está na África preparando terreno para negociar terras ricas em urânio. Um casal inglês (a jovem Jennifer Jones e o carrancudo Edward Underdown) se envolve na negociata e todos ficam à espera da liberação de um navio que está prestes a seguir para o continente africano. 

Este longa que marcou a última colaboração entre o diretor John Huston e o astro Humphrey Bogart deixa um pouco a desejar por não se decidir entre a aventura ou a comédia. Vários situações são típicas de comédia, como a forma histriônica como os italianos são apresentados, as complicadas relações amorosas envolvendo o casal inglês e o personagem de Bogart com sua esposa vivida pela estrela italiana da época Gina Lollobrigida, além dos vilões caricatos. Os destaques ficam para as locações, incluindo as sequências no navio e Bogart repetindo o papel de sujeito cínico.

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