quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Como Era Verde o Meu Vale

Como Era Verde o Meu Vale (How Green Was My Valley, EUA, 1941) – Nota 8,5
Direção – John Ford
Elenco – Roddy McDowall, Walter Pidgeon, Maureen O’Hara, Anna Lee, Donald Crisp, Sara Algood, Barry Fitzgerald.

No início do século passado, em uma vila de mineradores no País de Gales, a família Morgan tenta sobreviver enfrentando as dificuldades do dia a dia. O patriarca Mr. Morgan (Donald Crisp) trabalha com seus cinco filhos na mina da região, sendo explorados pelo dono do local que paga o menor salário possível, além dos perigos que encaram diariamente dentro dos túneis. 

A história da família é narrada pelo filho caçula Huw (Roddy McDowall ainda criança), anos depois dos acontecimentos mostrados aqui, quando ele está pronto para ir embora da vila. 

Além de contar de uma forma extremamente sensível a triste história desta família comum, o roteiro também toca em pontos importantes como o amor proibido entre o pastor vivido por Walter Pidgeon e a jovem interpretada pela belíssima Maureen O’Hara, o fundamentalismo religioso, a divisão entre ricos e pobres e até mesmo o socialismo na questão da greve dos mineradores. 

Todos estes detalhes são muito bem orquestrados pelo mestre John Ford, que era filho de irlandeses e que mesmo sendo lembrado pelos westerns, deixou também ótimos dramas como este longa e “As Vinhas da Ira”. 

O grande destaque do elenco é o então garoto Roddy McDowall, ele mesmo, o Cornelius do clássico “O Planeta dos Macacos” e o medroso caçador de vampiros Peter Vincent de “A Hora do Espanto” original. A ingenuidade do personagem e a espontaneidade da interpretação são comoventes.

É um belíssimo drama sobre a saga de uma família.

3 comentários:

Pedrita disse...

eu li o livro e gostei muito. não lembro se vi o filme. beijos, pedrita

Gustavo H.R. disse...

Uma pequena obra-prima. Pode ser desprezado por alguns por ter tirando o Oscar de Kane, mas acho que o filme tem méritos suficientes para ser considerado um vencedor justo.

Cumps.

Hugo disse...

Pedrita - O filme é ótimo.

Gustavo - São dois grandes clássicos. Escolher o melhor seria uma questão de gosto pessoal.

Abraço