Love and Mercy (Love and Mercy, EUA, 2013) – Nota 6,5
Direção – Bill Pohlad
Elenco – John Cusack, Paul Dano, Elizabeth Banks, Paul
Giamatti, Erin Darke, Joanna Going, Jake Abel, Graham Rogers, Bill Camp.
No início dos anos sessenta, a banda de rock “The Beach
Boys” chegou ao sucesso. Composta pelos três irmãos Wilson, pelo primo Mike Love
e por Al Jardine, a banda tem como mente criativa Brian Wilson (Paul Dano), o
irmão mais novo da família.
Considerado um prodígio por tocar piano desde
criança, compor e criar arranjos com facilidade, os irmãos e o pai, que foi
empresário da banda, se interessam apenas pelas novas músicas que Brian possa
criar, sem grandes preocupações com os problemas psicológicos que o jovem
apresenta com o passar do tempo.
Em paralelo, o roteiro avança no tempo e segue Brian (John Cuscak agora) nos anos oitenta, quando ele se apaixona pela vendedora de automóveis Melinda
(Elizabeth Banks), mas sua vida está um caos. Ele vive dominado pelo psiquiatra
Eugene Landry (Paul Giamatti), que se tornou seu tutor e o trata a base de
remédios fortíssimos.
O músico Brian Wilson é considerado quase um gênio por
muitos críticos, ao mesmo tempo em que sua vida beirou o absurdo por vários
anos. Estas insanidades provocadas por sua doença e pelas drogas, ao lado de
seu talento musical, são os pontos principais do roteiro.
Para os fãs da banda
e de Wilson, as cenas de gravação do álbum “Pet Sounds” são perfeitas ao
retratar a obsessão do músico pelos mínimos detalhes. Para o espectador comum,
como eu, estes detalhes se mostram cansativos, assim como as várias sequências
que mostram as “viagens mentais” do personagem, que parece um zumbi.
Outro
ponto que incomoda é a falta de informação sobre algumas situações. A mãe do
personagem é citada, porém não aparece em sequência alguma, assim como suas
filhas. Os irmãos e a ex-esposa são quase figurantes. Além disso, não é
explicado como o psiquiatra interpretado por Paul Giamatti entrou na vida do
músico.
Apesar das boas atuações de Paul Dano, Elizabeth Banks e John Cusack,
este último após vários papéis ruins nos últimos anos, fica a sensação de um
filme que contou uma história picotada e sem emoção alguma.
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