A Esquiva (L’Esquive, França, 2003) – Nota 7
Direção – Abdellatif Kechiche
Elenco – Osman Elkharraz, Sara Forestier, Sabrina Ouazani,
Nanou Benhamou, Hafet Ben Ahmend, Aurélie Ganito.
Em um conjunto habitacional de classe baixa em Paris, um
grupo de adolescentes descendentes de imigrantes discute sobre relacionamentos,
enfrentam os problemas da idade e o preconceito da polícia.
A trama tem como
protagonista o tímido Krimo (Osman Elkharraz), que vive uma crise no
relacionamento com Magali (Aurélie Ganito), por estar apaixonado pela
extrovertida Lydia (Sara Forestier), que o considera apenas um amigo.
A paixão
faz com que Krimo comece a agir diferente com os amigos e tome uma ousada
atitude. Ele aceita interpretar o papel do par romântico de Lydia em uma peça
teatral de época no colégio, mesmo sem ter talento algum para atuar.
Dez anos
antes de ficar famoso mundialmente com o polêmico “Azul é a Cor Mais Quente”, o
diretor tunisiano Abdellatif Kechiche retratou aqui o mundo adolescente dos filhos de imigrantes de uma forma sensível e realista, mostrando que
os sonhos e desejos destes jovens são iguais aos de qualquer jovem francês.
A
questão do preconceito fica em segundo plano, sendo mostrada apenas em uma
repugnante sequência de abordagem policial. A escolha do diretor foi enfatizar a
vida comum.
Infelizmente, o filme perde pontos por ser extremamente
verborrágico. As duas horas de duração parecem demorar mais por conta deste
exagero.
Do elenco, apenas Sarah Forestier e Sabrina Ouazani conseguiram fazer
carreira. O protagonista Osman Elkharraz é inexpressivo, provavelmente esta
falta de talento foi o motivo da escolha do diretor, pois o personagem Krimo
demonstra uma incrível dificuldade em se expressar.
É um longa interessante
para quem gosta do tema.
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