Cazuza – O Tempo Não Para (Brasil, 2004) – Nota 6
Direção – Sandra Werneck & Walter Carvalho
Elenco – Daniel de Oliveira, Marieta Severo,
Reginaldo Faria, Emílio de Melo, Andréa Beltrão, Cadu Fávero, Débora Falabella,
André Gonçalves, Leandra Leal.
A dupla de diretores Sandra Werneck e Walter
Carvalho claramente tinha como um dos objetivos fazer um filme sobre a vida do
polêmico cantor Cazuza para agradar ao público em geral, amenizando algumas
situações e aumentando a intensidade do drama nos momentos finais da vida do
personagem.
O longa é baseado no livro escrito pela mãe de Cazuza (Marieta
Severo no filme) e por este motivo sendo a visão de alguém que amava o
protagonista, diferente do que seria uma obra escrita por um jornalista
independente.
A história começa quando Cazuza ainda bem jovem participa de uma peça no
famoso Circo Voador, passa pela entrada e o sucesso na banda “Barão Vermelho”,
até a descoberta da doença e os últimos anos de vida na carreira solo.
Não sou
daqueles que consideram Cazuza um gênio ou algo parecido, respeito sua obra,
realmente ele fez músicas interessante, algumas com parceiros, mas o que o
transformou em mito foi a coragem de assumir a doença e a homossexualidade numa época em que ainda era muito difícil este tipo de atitude.
Como citei no
início, o filme é apenas correto, com o roteiro seguindo os pontos principais
da carreira em paralelo com algumas situações da vida pessoal, em que até mesmo
os relacionamentos e os problemas com as drogas são mostrados de forma leve,
para não chocar o público comum.
O grande destaque fica para a caracterização
de Daniel de Oliveira, que com perfeição recriou os gestos e os maneirismos do
cantor. Se fosse um filme de Hollywood sobre a biografia de algum personagem
americano, o ator teria grande chance de ser indicado ao Oscar.
Garrincha – Estrela Solitária (Brasil, 2003) – Nota 4
Direção – Milton Alencar Jr
Elenco – André Gonçalves, Taís Araújo, Ana Couto, Alexandre
Schumacher, Henrique Pires, Tatiana Merino, Marília Pêra, Jece Valadão, Chico
Diaz, Romeu Evaristo, Eduardo Silva, Robert Rodrigues.
Nos anos noventa, o jornalista Ruy Castro escreveu a
biografia de Mané Garrincha, um dos maiores ícones da história do futebol
brasileiro e ao mesmo tempo uma figura controversa. O livro rendeu um processo
impetrado pelas filhas e também por uma ex-companheira de Garrincha que rolou
durante anos na justiça. Este péssimo filme é baseado no livro citado.
O equívoco
começa com o elenco encabeçado por André Gonçalves e Taís Araújo. A
interpretação de André Gonçalves é uma das piores já vistas no cinema
brasileiro. Sua composição beira o ridículo nos momentos em que o personagem
está bêbado e nas cenas durante o carnaval quando um letárgico Garrincha desfila
em uma escola de samba. Taís Araújo também cria uma exagerada Elza Soares, ao
estilo das interpretações novelescas.
O roteiro também é ruim, a maioria das
sequências dão ênfase as lendas criadas sobre a vida do jogador, como seu
apetite sexual e as frases de efeito inventadas por jornalistas.
A conturbada
vida de Garrincha (alcoolismo, analfabetismo, as amantes, a esposa e as filhas
abandonadas) tinha tudo para render um grande filme nas mãos de um diretor competente
e um roteiro bem escrito, diferente desta bomba que merece ser esquecida.
5 comentários:
Até hoje não tive coragem de ver esse filme de Garrincha, de tanto que falaram mal, rs. Talvez um dia confira.
Já Cazuza é isso mesmo, um filme com bons momentos, mas que poderia ser melhor. Agora, Daniel de Oliveira está incrível.
bjs
Oi Hugo!
Ótima analise de Cazuza. Você disse tudo! Quanto a Garrincha, ainda não assisti esse!
Grande Abraço!
Amanda e Jefferson - O filme sobre Garrincha é péssimo, não vale a pena perder tempo.
Abraço
Não assisti o filme sobre o Garrincha, mas vi o do Cazuza, é um filme mediano com uma ótima interpretação, também não considero Cazuza um gênio.
Marília - O filme sobre o Garrincha é uma perda de tempo.
Abraço
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