Bloodline (Bloodline, EUA, 2015)
Criadores - Glenn Kessler, Todd A. Kessler & Daniel Zelman
Elenco - Kyle Chandler, Ben Mendelsohn, Linda Cardellini, Norbert Leo Butz, Sissy Spacek, Sam Shepard, Jacinda Barrett, Jamie McShane, Enrique Murciono, Chloe Sevigny, Glenn Morshower, Katie Finneran.
Em Florida Keys, a família Rayburn é proprietária de uma tradicional pousada à beira a mar. Após décadas vivendo e trabalhando no local, o casal Robert (Sam Shepard) e Sally (Sissy Spacek) será homenageado pela prefeitura.
O casal tem três filhos que vivem próximos. John (Kyle Chandler) é um respeitado policial, casado com Diana (Jacinda Barrett), com quem tem um casal de filhos e que está sempre pronto para resolver os problemas da família. Kevin (Norbert Leo Butz) é o irmão do meio, dono de um pequeno estaleiro e que tem um temperamento forte. Ele é casado com Belle (Katie Finneran). A caçula é a advogada Meg (Linda Cardellini), que trabalha para os pais na pousada e está noiva do policial Marco (Enrique Murciano).
O que seria uma festa para a aparente família feliz, se transforma em preocupação quando o filho mais velho Danny (Ben Mendelsohn) retorna para casa. Considerado a ovelha negra da família e carregando um trauma que envolve os pais e os irmãos, Danny será o gatilho para desenterrar segredos, mentiras e criar um verdadeiro caos na família.
Esta ótima série de dez episódios produzida pelo Netflix surpreende por utilizar um tema batido como o drama familiar e misturar com uma violenta trama policial, resultando numa história de crescente tensão. Os cinco primeiros episódios focam nos conflitos familiares leves, com um narrativa lenta, onde aos poucos vamos conhecendo a fundo os personagens. Nos cinco últimos episódios a tensão aumenta e a violência explode,
Os produtores acertaram ao apresentar pílulas de situações futuras intercaladas com flashbacks, sem exagerar nos detalhes. Por sinal, a narração em off do personagem principal interpretado por Kyle Chandler deixa o espectador curioso até o complexo episódio final.
O ótimo elenco é outro ponto positivo da série. Kyle Chandler (das séries "Early Edition" e "Friday Night Lights") está perfeito como o irmão certinho que esconde seus sentimentos, o desconhecido Norbert Leo Butz acerta ao interpretar o irmão inseguro e de pavio curto, além da sempre ótima Sissy Spacek como a mãe que foge dos conflitos.
O grande destaque fica para o australiano Ben Mendelsohn como o complexo Danny. Como uma carreira quase toda voltada para vilões secundários, o ator tem aqui seu melhor papel. Ele cria um Danny calculista, que planeja cada passo de forma meticulosa, sempre se alimentando da mágoa que carrega da família.
Como opinião pessoal, acredito que a série seria perfeita para uma história fechada, porém os produtores deixaram algumas pontas em aberto para uma segunda temporada. Um destes ganchos eu vejo como um clichê. Fica a dúvida se a série conseguirá manter o ótimo nível.
2 comentários:
Netflix surpreende a cada dia, essa ainda não conferi, mas vai pra lista.
bjs
Amanda - É uma ótima série, apenas estou com um pé atrás quanto a sequência da história.
Bjos
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