segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A Estrada 47 & For All - O Trampolim da Vitória


A Estrada 47 (Estrada 47, Portugal / Itália / Brasil, 2013) – Nota 6,5
Direção – Vicente Ferraz
Elenco – Daniel de Oliveira, Francisco Gaspar, Júlio Andrade, Thogun, Ivo Canelas, Sergio Rubini, Richard Sammel, Milhem Cortaz.

No final de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, um pelotão de soldados brasileiros está no meio do combate em uma montanha em Monte Castelo na Itália, quando o avanço do inimigo resulta em um ataque de pânico coletivo. Dois soldados morrem, alguns voltam para o posto de comando, enquanto quatro outros fogem montanha abaixo. Após se acalmarem, o tenente Penha (Júlio Andrade), o sargento Laurindo (Thogun) e os soldados Guima (Daniel de Oliveira) e Piauí (Francisco Gaspar) precisam decidir qual caminho tomar. Voltar para a base correndo o perigo de serem acusados de covardia ou seguir em frente e tentar desarmar as minas na Estrada 47 para liberar o caminho para as tropas americanas. Quando entram em cena um desertor italiano (Sergio Rubini) e um oficial alemão (Richard Sammel), o grupo resolve enfrentar o desafio e encontrar a estrada. 

Esta co-produção recheada de atores brasileiros tem como ponto principal a impecável parte técnica, aproveitando dos cenários gelados de uma montanha coberta de neve na Itália. Por mais que a premissa também seja original, acredito que seja a primeira vez que uma produção enfoque a luta dos soldados brasileiros durante a Segunda Guerra, com exceção de alguns documentários, o longa deixa a desejar na lentidão da narrativa e na total falta de emoção. A única cena de ação é um rápido tiroteio contra soldados nazistas. Até mesmo na sequência do desarmamento das minas falta emoção. 

O elenco dá conta do recado, com destaque para Francisco Gaspar como Piauí, o soldado nordestino mal tratado pelo tenente, que cria um laço de amizade com o nazista vivido por Richard Sammel, vilão da série “The Strain”. O personagem assustado de Daniel de Oliveira, que também narra a história, é outro ponto forte do filme. 

A tentativa é válida, a base da história é comum aos filmes de Segunda Guerra, mas infelizmente faltou um diretor com maior afinidade para cenas de ação e agilidade na narrativa.

For All – O Trampolim da Vitória (For All, Brasil, 1997) – Nota 6
Direção – Luiz Carlos Lacerda & Buza Ferraz
Elenco – José Wilker, Betty Faria, Paulo Gorgulho, Caio Junqueira, Erik Svane, Alexandre Lippiani, Luiz Carlos Tourinho, Flávia Bonato, Daniela Gracindo, Edson Celulari, Claudio Mamberti, Buza Ferraz.

Pela sua posição estratégica, a cidade de Natal no Rio Grande do Norte foi escolhida para receber a maior base militar americana na América Latina durante a Segunda Guerra Mundial. Consta que mais de quinze mil soldados passaram pela base, causando curiosidade na população e influenciando os costumes da região. Esta história foi contada nesta comédia leve sobre as relações que foram criadas em brasileiros e americanos. 

São vários personagens que se cruzam em pequenas histórias, tendo como a mais importante a do casal interpretado por José Wilker e Betty Faria. Vale destacar ainda o engraçado Luiz Carlos Tourinho e o canastrão Edson Celulari como um agente nazista. 

Como curiosidade, o “For All” do título se refere as festas que ocorriam entre americanos e brasileiros. Como os segundos não sabiam falar inglês, traduziram o nome das festas para Forró, que de festa se transformou no conhecido gênero musical nordestino. 

Está longe de ser um grande filme, tendo alguns momentos divertidos e outros exagerados, mas é superior em comparação com as comédias atuais. 

O filme foi o grande vencedor do Festival de Gramado em 1997.  

5 comentários:

Pedrita disse...

adoro for all. beijos, pedrita

Jefferson C. Vendrame disse...

Como vai Hugo? Tudo certo? Eu queria muito ter visto ESTRADA 47 nos cinemas, no entanto, para a minha decepção, as duas vezes que fui ao cinema da minha cidade não teve sessão por falta de público. Fiquei extremamente chocado em ver o descaso e o desinteresse de parte do público brasileiro, que infelizmente ignorou o filme. E pelo que li. não foi só aqui na minha região, a bilheteria em um todo foi bem fraca. Ainda não assisti ao filme, mas quando for, não vou esperar por muita ação. Valeu pela dica! Grande Abraço!

Amanda Aouad disse...

Bons resgates. Preciso vê-los.

bjs

Hugo disse...

Jefferson - Este fato infelizmente é normal. Cada vez o espaço nos cinemas diminui para filmes que não grandes lançamentos. Até mesmo em SP onde a quantidade de salas é grande, filmes com sem apelo para o grande público ficou pouquíssimo tempo em cartaz.

Amanda - A Estrada 47 é o mais interessante.

Abraço

Pedrita disse...

eu gostei de estrada 47, é bom. beijos, pedrita